O Teletrabalho

A invenção do computador trouxe uma grande automatização das tarefas internas consideras repetitivas nas empresas. Isso, pois, com o advento do computador pessoal, observou-se um maior acesso às tecnologias da informação, o que antes só era possível dentro das grandes corporações e, isso permitiu a inserção de um enorme contingente de trabalhadores no mundo computacional.

A partir dos anos 90, as ferramentas de tecnologia de informação e comunicação proporcionaram uma maior relação entre as organizações e as pessoas. De lá pra cá, observou-se a presença do “trabalhador do conhecimento”.

Dessa forma, o teletrabalho só pode ser viabilizado por meio da telecomutação. O termo em questão se refere à ideia de substituição dos meios de transporte que levam o trabalhador até a organização, por meios de comunicação que levem o trabalho ao trabalhador.

Isto significa que o teletrabalho é toda composição de trabalho, na qual os empregados executam uma parte ou todas as suas atividades distantes dos locais de trabalho, disponibilizados pela empresa. Combina a utilização de tecnologia computacional e telecomunicações com a flexibilidade do local de trabalho.

Para que o teletrabalho seja viabilizado, são necessárias ferramentas que possibilitam o trabalhador de estar em contato com a organização, sem necessariamente estar dentro dela. Portanto, o teletrabalho engloba duas vertentes, a realocação do local de trabalho e a utilização das ferramentas de tecnologia de informação e comunicação.

Cada vez mais empresas e trabalhadores estão aderindo a este método de trabalho, isso se deve por diversos fatores, como a portabilidade dos aparelhos eletrônicos, o barateamento dos computadores, o aumento do custo dos alugueis de áreas corporativas, a substituição do operário pelo trabalhador administrativo, a necessidade de ser flexível para acompanhar a competitividade, dentre outros.

Todos estes fatores mostram os benefícios do teletrabalho. Entretanto, há desvantagens ligadas a essa novidade, tais como a confusão entre os papeis “individuo ser humano” e o ‘’profissional trabalhador’’, incapacidade de uma boa gestão do teletrabalhador, isolamento profissional, falta de saúde e segurança no trabalho, etc.

Embora o teletrabalho tenha sido empregado inicialmente em tarefas repetitivas, atualmente este tem sido muito praticado em atividades mais estimulantes e relacionadas à produção de conhecimento.

Esta forma que o trabalhador tem para desenvolver suas atividades, associa-se diretamente com a produção de conhecimento. Isto porque, o ambiente de negócios exige uma geração de conhecimentos, de forma a gerar retornos crescentes e novas perspectivas para as organizações.

Assim, o conhecimento gerado é compartilhado dentro das organizações, de modo a influenciar a criação de produtos e o desenvolvimento dos serviços. Nesse sentido, Terra e Gordon (2002) enfatizam a vertente de recursos humanos, pois

a geração do conhecimento deve garantir que todos dentro da

organização tenham acesso ao conhecimento gerado, motivando assim sua socialização por todos os colaboradores da organização.

Além disso, o conhecimento gerado pelos funcionários de uma organização pode fazê-la alcançar vantagens competitivas frente aos