Resenha Projeto Experimente um Livro
Por: marcio.brito1 • 8/11/2015 • Resenha • 1.067 Palavras (5 Páginas) • 507 Visualizações
Campanha de incentivo à leitura – Projeto “Experimente um livro”
Resenha, por Matheus Ceratto.
Esta resenha tem como objetivo a análise, com base na comparação e busca de pontos críticos convergentes, entre cultura, comunicação e leitura, dentro da proposta do projeto experimental ‘’Experimente um Livro’’, além de referenciar ao material trabalhado por meio do conteúdo programático da disciplina em sala de aula, e sob a ótica de análise dos modos de conhecimento e percepção da sociedade, utilizando pesquisas relacionadas à publicidade e propaganda, marketing de experiência e marketing cultural, dentro do artigo – objeto de estudo, “Experimente um livro: uma análise do uso do marketing de experiência em campanha de incentivo à leitura”, de Amanda Carolina Ritter Pinto, orientanda da Profª. Nilse Maria Maldaner, da Unijuí – Univ. Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul.
Com o passar do tempo, a sociedade contemporânea criou a “cultura de consumo”, rodeada por anúncios e campanhas, emitidas pelos mais variados meios de comunicação. Desde a segunda metade do séc. XX, no período pós-guerra, os bens de consumo são comercializados carregando subjetivamente uma determinada significância; logo, o produto em questão não é mais o foco do consumidor, mas sim o que ele representa e a qual grupo social ele remete – ou seja, não se vendem mais televisores, máquinas de lavar ou carros, mas se vendem estilos de vida. Utilizando ferramentas midiáticas para disseminar informação e atingir o consumidor e o mercado, a publicidade visa a analisar de forma minuciosa o meio no qual atua, impactando receptores de forma eficaz em seu propósito.
É impossível falar sobre publicidade sem falar sobre consumo, e como citado anteriormente, é evidente a notória força que as campanhas publicitárias exercem em relação à sociedade. Analisa-se, por exemplo, a década de 50, onde o estilo de vida norte-americano percorria o mundo com grande abrangência, incluindo o Brasil, e as donas de casa foram rapidamente conquistadas por comerciais televisivos, que exibiam belos eletrodomésticos e faziam referência a mulheres comprometidas com seus lares, pelo simples fato de possuírem uma grande quantidade de produtos relacionados aos cuidados com a casa. Essa campanha e a ideologia que a acompanhava, sustentou a então recém-chegada televisão brasileira, por quase uma década.
Por esse e diversos outros exemplos, a publicidade ganhou o status de “objeto manipulador”, uma ferramenta capitalista que induz o indivíduo ao consumo desenfreado, contribuindo para a configuração de uma sociedade de massa. Mas, afinal, o consumo e a publicidade são tão lineares quanto interpreta a grande maioria? Primeiramente é preciso desconstruir a noção de consumo como algo inteiramente prejudicial; uma vez que, em sua maioria, a sociedade consome algum meio de serviço ou produto quase que diariamente. Seja uma música, filme, ou informação, os conteúdos disponíveis a nós constituem não apenas uma sociedade consumista, mas sim desenvolvida. A publicidade acompanha o desenvolvimento histórico-social, desde a revolução industrial, estimulando a competitividade e consequentemente, a qualidade nos produtos comercializados.
De certa forma, tanto a sociedade quanto a publicidade evoluíram de forma recíproca com o passar das décadas, tornando os meios de veiculação, e as mensagens por eles emitidas, parte da cultura de nações inteiras. Datas comemorativas, bordões festivos, referências a lugares ou produções audiovisuais são exemplos de como a publicidade contribuiu e continua a contribuir diretamente, compondo uma estrutura social com características próprias.
Outro campo utilizado no âmbito de pesquisa deste artigo e que segue esta mesma linha de produção, não obstante da publicidade, seria o marketing experiencial, que procura estabelecer relações diretas com o consumidor, a fim de satisfazer sua busca por algo em especial. Nesse caso, obtendo experiências
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