Teoria Estruturalista Contemporanea / Modelos de Administração GEX

Teoria Estruturalista Contemporânea

A teoria estruturalista foi concebida através da junção da teoria da burocracia e  ciências estruturais sociais, vemos em diversas corporações suas diferentes formas de aplicação abstrata da mesma.

Recentemente tivemos a aprovação da PL 4330, a Lei da terceirização ou “mexicanização” trabalhista brasileira, isso me fez lembrar as diversas empresas de terceirização, sendo mais especifico as empresas de Call Center.

A base da teoria estruturalista é a interação da corporação com outras corporações, seus funcionários  e a sociedade.

Uma empresa de call center por exemplo que preste serviços para uma empresa de tv por assinatura exemplifica bem essa situação, onde a empresa de tv por assinatura é cliente, tem clientes, é contratante e contratada, ratificando como assertiva a precisa a teoria estruturalista.

Nessas empresas de call center a rotatividade de seus colaboradores é enorme, tanto do nível mais baixo da hierarquia, quanto níveis de gerência e diretoria, entretanto mesmo com a interminável dança de cadeiras a corporação se mantém inalterável estruturalmente, conforme é defendido na teoria estruturalista.

  Os incentivos financeiros e sociais dados como recompensa pela corporação, como comissões, descontos em faculdades e cursos específicos, ressaltam ainda mais a clara disseminação da teoria estruturalista nas corporações atuais, sempre mantendo em menor ou maior grau vestígios das teorias antigas utilizadas como base, ressaltando a burocracia em diversos procedimentos que muitas vezes não fazem o menor sentido mais são impostos dentro das corporações aos seus colaborados e clientes.

Amitai Etzioni, autor de Organizações complexas, discorda e traz uma nova visão particular, discordante de Weber, onde Amitai acredita que as corporações são divididas em 3 tipologias: Coercivo, Manipulativo e Normativo.  A principal característica defendida por Amitai é a remuneração para controle dos colaboradores, atualmente vivemos uma crise econômica e por consequência uma crise imobiliária, os colaboradores ou associados, vulgo corretores são movidos unicamente por altas comissões e premiações provando assim o acerto parcial desta teoria de Amitai.

Peter Blau e Richard Scott publicaram Organizações Formais, em 1962, onde o modelo defendido é a uma série de metas e planejamentos para beneficiar o principal grupo da organização. Em tempos de globalização, não precisamos ir longe para temos um exemplo perfeito a Cervejaria Ambev que por sua vez incorpora diversas empresas menores dentro do segmento cerveja, recentemente absorveu a Walts, uma empresa de cerveja artesanal mineira, eleita em anos anteriores uma das melhores cervejas artesanais, feito isso a Ambev consolida ainda mais seu marketing share nacional de vendas de cerveja.

Em 1970 foi publicado Análise Organizacional: Uma visão sociológica por Charles Perrow, o autor crítica da teoria de Weber por não abranger as imperfeições humanas dentro da teoria estruturalista.

Perrow defende que dentro de uma corporação as pessoas pensam em si mesmas apenas e tem dificuldades nas tomadas de decisões quanto maior torna-se a corporação. Baseado nas afirmações podemos citar os partidos políticos no estudo de Perrow onde as “panelinhas” e interesses pessoais influenciam nas tomadas de decisões todo tempo.

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