A AMÉRICA COLONIAL COMO FATOR PRIMORDIAL AO CAPITALISMO MODERNO
Por: Gabrielle Fernandes • 4/7/2018 • Trabalho acadêmico • 341 Palavras (2 Páginas) • 383 Visualizações
O processo de "descobrimento" da América trouxe por consequência um novo padrão
de poder mundial. A exploração das colônias baseada na supremacia europeia (autoridades
coloniais, comerciantes beneficiados pelo monopólio, comandantes militares, etc.) tinham um
poder de dominação empregado pela raça, que se dava pelo controle de trabalho, recursos, e a
produção em torno do capital em cima das matérias-primas aqui existentes. Essas
matérias-primas fez crescer um expansivo desenvolvimento na Europa e também uma certa
progressiva "sombra" inglesa devido ao contrabando, matérias que não passavam por
fiscalização, pirataria, e produção de consumo de luxo. Ou seja, a riqueza da colonização não foi
só para Portugal e Espanha mas para a Inglaterra, o que fez com que a mesma acumulasse
riquezas e possibilitasse a Primeira Revolução Industrial.
A movimentação desses produtos criou na Europa laços de dependência ecônomica
com a colônia, porém, mesmo a Espanha dinamizando mais a relação comercial entre metrópole
e colônia, não tinha a possibilidade de suprir com a mesma eficiência da Inglaterra a demanda de
bens manufaturados que havia nas colônias. Apesar de ter sido alcançado um relativo aumento
nas rendas coloniais por parte da Espanha, o contrabando com os ingleses persistia, ou mesmo
um mero comércio inter-regional. As colônias deixaram de ser apenas fornecedoras de metais
preciosos passando a produção regionalizada de artigos tropicais de alto preço no mercado
europeu, crescendo em importância na categoria de artigos exportáveis.
Numa realidade de uma imposição pré-capitalista configuradas por servidão indígena e
escravidão africana, o capitalismo está imposto na América Latina sob sangue negro e indígena.
A escravidão era tratada como um "modo de produção". De fato, o processo de independência
como a abolição da escravatura não se deu para melhores condições de vida e sim pela
possibilidade das colônias de um mercado consumidor, o que ampliou a possibilidade de lucros
para a metrópole. A economia colonial só apareceria no cenário internacional graças ao comércio,
quanto mais o homem produziria, mais ele consumiria; por isso a acumulação bens, mercadorias
e capitais se basearia em suas funções fundamentais.
Referências bibliográficas: GUAZZELLI, C. A crise do sistema colonial e o processo de
independência. In: SCHMIDT,
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