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A Política Externa Brasileira

Por:   •  27/9/2018  •  Resenha  •  1.307 Palavras (6 Páginas)  •  249 Visualizações

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Metodologia Cientifica

Resenha critica

Este tratado busca levantar uma crítica sobre a obra O Rosacrucionismo no Brasil.

                                                                            Prof. Carlo Alberto

Paulo Sérgio do Nascimento

CURITIBA

2007

RESENHA CRITICA

ALTEMANI, H. Política externa Brasileira. São Paulo: Saraiva, 2005.

  1. DADOS SOBRE O AUTOR

Henrique Altemani de Oliveira ossui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1970), mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1979) e doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1988). Atualmente é Professor de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

  1. DADOS SOBRE A OBRA

O livro "Política Externa Brasileira", de Henrique Altemani, apresenta uma visão genérica dos conceitos da política externa brasileira e a evolução até o dias atuais, desde o período Imperial. O autor utiliza-se de oito capítulos para trabalhar a sua visão crítica acerca do tema e de forma resumida, consegue abarcar uma série de informações relevantes ao analisar em paralelo as políticas interna e externa do Brasil, nos governos que sucederam o período Imperial.

A partir do segundo capítulo, se faz possível tomar conhecimento sobre a importante gestão do Barão do Rio Branco, que exercia a função de Ministro das Relações Exteriores, responsável por, trazer em sua administração uma instrumentalização e profissionalização do corpo diplomático, assim como também atuou na maior burocratização nos processos decisórios, no período compreendido entre a Primeira e Segunda Guerras Mundiais. O autor ainda destaca que, no que diz respeito à gestão do Barão do Rio Branco, ocorreu a americanização da política externa do Brasil, ou seja, uma aproximação vital com os Estados Unidos, com o intuito de assegurar um desenvolvimento econômico e também garantir a segurança do país. Além disso, ainda relativo a este período, o alinhamento com os ideais norte americanos, custou ao Brasil um papel de submissão de suas políticas internas. Portanto, no que diz respeito ao período após o governo de Rio Branco até meados da Segunda Guerra Mundial, o autor frisa a continuidade da política externa nos mesmos moldes dos Estados Unidos.

         Apesar das limitações, o Brasil conseguiu o amadurecimento de sua diplomacia entre a década de 30 e meados de 1945, conseguindo obter vantagens nas denominadas “áreas de influência” dos Estados Unidos e Alemanha.

        E desta forma, vai se desencadeando a obra do ilustre autor. Realizando uma análise de vários cenários políticos, desde os mais antigos até os mais atuais no momento atual do País.

  1. POSICIONAMENTO CRÍTICO

Do ponto de vista acadêmico, não poderia descartar a obra como fonte de conhecimento, todavia, um trecho específico, merece destaque e deve ser explorado de forma exclusiva:

 Da era Cardoso para Lula, o Brasil evoluiu de uma aliança estratégica com o Ocidente, feita de subserviência decisória e de ilusão kantiana, para o universalismo de ação, feito do jogo duro e realista das relações internacionais.” (CERVO in: ALTEMANI, 2005, p. 257)

Merece destaque o ponto de que o Brasil passava por um momento turbulento e necessitava de maior atenção para o seu cenário internacional. Para tal, era necessário aprofundar as relações econômicas e políticas com outros países, com o intuito de estabelecer alianças estratégicas e contribuir para uma maior ligação político-comercial do Brasil com o resto do mundo, seguindo a proposta do modelo neoliberal.

Ao ser eleito Presidente da República em 1994, Fernando Henrique Cardoso deu continuidade ao processo de universalização que fora praticado pelo governo Itamar Franco. Possuia o entenimento de que, o Estado deveria atuar de forma mínima na economia e que desta forma o mercado se responsabilizaria em fazer o papel regulador. De todo modo, com base no entendimento de Cervo, produziu tanto efeitos positivos, quanto negativos para as relações internacionais do Brasil.

Posteriormente, o processo de privatizações, como por exemplo, as importantes empresas Vale do Rio Doce e o Sistema Telebrás, foi a marca do governo. Do mesmo modo, teve a reação popular, que gozava do sentimento de insatisfação em função da pequena parecela de contribuição para a economia do país que esta medida obteve. Já na atuação internacional, o governo FHC buscou estreitar relações com países que compunham o MERCOSUL, além de países da América do Norte e Ásia.

Nas relações com os Estados Unidos, voltou-se para área econômica, mas com a implantação do Plano Real, uma moeda robusta que batia de frente com a moeda norte americana. No que diz respeito à União Européia, buscou estabelecer uma área de livre comércio entre os países integrantes do MERCOSUL e União Européia, todavia deparou-se com o protecionismo por parte da União Européia, principalmente no setor agroexportador, dificultando a concretização do plano ora traçado. Desta forma, pode-se dizer que tanto a política externa, quanto a econômica realizada pelo governo FHC foi considerada discreta no cenário internacional, porém contribuiu para a evolução do modelo brasileiro de inserção internacional.

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