ANÁLISE DO GOVERNO TRUMP SOB A PERSPECTIVA DE MAQUIAVEL
Por: JPavanBst • 9/3/2019 • Seminário • 838 Palavras (4 Páginas) • 424 Visualizações
ANÁLISE DO GOVERNO TRUMP SOB A PERSPECTIVA DE MAQUIAVEL
João Pedro Pavan Bastos
RESUMO
O presente estudo analisa o primeiro ano do governo de Donald Trump sob a perspectiva maquiavélica, levando em conta pronunciamentos, projetos políticos e ações que foram realizadas nesse período. O artigo pretende indicar as medidas adotadas pelo presidente norte americano que se encontram na filosofia politica de Maquiavel utilizadas para que este se mantenha no poder da nação mais poderosa do mundo.
Palavras Chave: Estados Unidos. Donald Trump. Maquiavel. Política. Discurso. Poder.
INTRODUÇÃO
Há praticamente um ano atrás, Donald Trump vencia a corrida eleitoral com Hilary Clinton e se tornava o 45º presidente dos Estados Unidos. Desbancando vários especialistas políticos, sua eleição trouxe muita surpresa e incertezas para o cenário internacional, uma vez que sua campanha era baseada principalmente em vertentes nacionalistas e xenofóbicas.
O discurso de reestabelecer a grandeza dos “americanos” e combater os imigrantes, principalmente os mexicanos e islâmicos, trouxe de volta o sentimento para o povo norte americano de que a “América” pode voltar a ser grande, fazendo com que a grande massa o apoiasse nas urnas.
Logo nos primeiros meses de governo algumas medidas puderam ser observadas, como por exemplo, na área da economia Trump congelou a contratação de funcionários públicos, anunciou o corte de bilhões de dólares no financiamento da ONU e criou mais 600 mil empregos. No campo político também houveram mudanças consideráveis, uma das mais comentadas foi a saída do acordo de Paris, que visava diminuir a emissão de gases poluentes.
Assim após esses dados pode-se notar que Trump tem como principais objetivos: Se manter no poder e manter seu Estado mais forte em relação aos outros. Primícias totalmente maquiavélicas que serão abordadas mais adiante.
DESENVOLVIMENTO
Agora, através dos pensamentos de Maquiavel, o governo de Donald Trump será analisado, e com isso a compreensão de seus atos será mais amplificada. Em um primeiro momento pode-se destacar a maneira como Trump vê o Estado (muito similar a maneira de Maquiavel). O Estado para ambos é a única entidade capaz de incitar todos os níveis da sociedade já que detém vários meios para isso (poder militar e ideológico, por exemplo).
Outra questão são os discursos de Trump. Na sua campanha ele prometeu ações que eram nitidamente impossíveis de se realizar, tanto por pressões internas quanto internacionais. Porém essa é uma estratégia que também é encontrada nos escritos de Maquiavel, uma vez que este defende que o “príncipe” deve de todas as maneiras lutar para se manter no poder sempre, mesmo que isso implique em conflitos bélicos, como no trecho:
“Os príncipes nunca devem permitir, portanto, que seus pensamentos se afastem dos exercícios bélicos; exercícios que devem praticar na paz mais ainda que na guerra, de duas formas, pela ação física e pelo Estado. Os príncipes que se interessam mais pelas coisas amenas de que pelas armas, perdem seus domínios”.
Por fim a última comparação que pode ser feita é em relação da dualidade entre o amor e o temor dos “súditos”. Donald Trump tem apoio fiel de seus eleitores, segundo pesquisa realizada pelo jorna norte americano Washington Post e divulgado no Brasil pelo portal “O Sul”, “apenas 2% dos eleitores estão arrependidos”. Enquanto o mundo sofre aflito com o temor de um conflito nuclear com a Coréia do Norte, Trump executa fielmente a estratégia de Maquiavel:
“Creio que seriam desejáveis ambas as coisas, mas, como é difícil reuni-las, é mais seguro ser temido do que amado”.
CONCLUSÃO
Por mais que a grande maioria das pessoas critique Donald Trump, um fato não pode ser negado: seu jogo político é praticamente perfeito. Mesmo tendo uma rejeição elevada, Trump se mantém fiel as perspectivas apresentadas anteriormente.
Ele é amado por seus eleitores e temido por seus adversários, por ser o líder da maior potência mundial, e se aproveita dessa posição com muita maestria. Sempre valorizando o poder do seu país e do seu povo, ele se assemelha a líderes como Mussolini, que mantém a população sobre seu controle e assim consegue governar como bem entendem.
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