O INÍCIO DA ASCENSÃO DOS ESTADOS UNIDOS PÓS PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Por: Vitor Emediato • 27/9/2018 • Projeto de pesquisa • 2.915 Palavras (12 Páginas) • 661 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS[pic 1]
Curso de Relações Internacionais
Bruno Silva Barbosa
Carlos Eduardo Lamêgo Noce
Giovanna Souza Silva Lana Franco
Mariana de Oliveira Marciano Martins Gomes
Pedro Henrique de Oliveira Salvo
Ronan Vieira de Andrada Couto
Vitor Gama Emediato
O INÍCIO DA ASCENSÃO DOS ESTADOS UNIDOS
PÓS PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Belo Horizonte
2018
Bruno Silva Barbosa[pic 2]
Carlos Eduardo Lamêgo Noce
Giovanna Souza Silva Lana Franco
Mariana de Oliveira Marciano Martins Gomes
Pedro Henrique de Oliveira Salvo
Ronan Vieira de Andrada Couto
Vitor Gama Emediato
O INÍCIO DA ASCENSÃO DOS ESTADOS UNIDOS
PÓS PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Trabalho Interdisciplinar apresentado ao Curso de Graduação em Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Orientadora: Profª. Marina Scotelaro
Coorientadora: Profª Chyara Sales Pereira
Coorientadora: Profª Daniela Secches
Belo Horizonte
2018
1 INTRODUÇÃO
A Primeira Guerra Mundial configurou-se como um grande marco histórico, iniciada em 28 de julho de 1914 e se extendeu até 11 de novembro de 1918. Foi uma guerra de caráter imperialista, travada entre as principais potências da época, divididas em duas grandes coalizões: de um lado os aliados (Reino Unido, França e Império Russo), do outro, a Tríplice Aliança (Impérios Centrais, Império Alemão e Áustria Hungria). Com o passar do tempo, estas alianças foram se expandindo, com novos tratados de cooperação, que culminou na entrada de outros países, e então, a um estado de guerra generalizada (SONDHAUS, 2011).
Até então o centro de poder do mundo era a velha Europa, que dominava grande área mundial com suas possessões coloniais. Porém os Estados Europeus foram devastados pela guerra, tanto físico quanto economicamente, portanto, seus poderes foram modificados frente ao cenário internacional (SONDHAUS, 2011).
A mudança na distribuição de poderes entre os Estados, agregou imensa importância para o campo de pesquisa das Relações Internacionais, tendo em vista que a guerra anunciou o fim da dominação europeia, e uma nova configuração mundial foi estabelecida.
Neste trabalho, estudaremos através da perspectiva de Mearsheimer (2001), como a situação em que os países Europeus se encontravam, não conformados com a quantidade de poder que possuíam, os fizeram tomar atitudes que levou ao desencadeamento da guerra e constituiu uma revolução global. Diante disso, houveram condições para que os Estados Unidos (EUA) adotassem posturas estratégicas, subsidiando a guerra através do comércio bélico e a exportação de alimentos e roupas para o continente europeu. As nações europeias entraram em dívida para com os EUA (KHARLAMOV, 2014). Como consequência, os EUA maximizaram seu poder, sua influência política e econômica, o que possibilitou a começar a se ascender como uma nova hegemonia mundial.
Tendo em vista o escopo literário, os autores buscam responder a seguinte pergunta: como a Primeira Guerra Mundial criou condições para o início da ascensão dos EUA como hegemônica?
Para tanto, delineou-se o presente estudo com o objetivo geral de compreender a influência contextual da Primeira Guerra Mundial na ascensão hegemônica dos EUA no pós-guerra, sob a perspectiva de Mearsheimer (2001). Como objetivos específicos têm-se: i) descrever a distribuição da balança de poder no pré-guerra; ii) entender como a balança de poder sofreu modificações durante a guerra, iii) compreender a hegemonia dos EUA de acordo com o teórico Mearsheimer (2001).
O estudo de tal conjectura representa um esforço de grande valia para o campo das Relações Internacionais, pois estudar a repercussão das atitudes dos EUA, durante e após a Primeira Guerra Mundial, no novo balanço de poder, nos leva a um aprofundamento da compreensão das relações causais, que por sua vez, possibilita aos profissionais da área fazerem previsões com uma maior acurácia. Devido aos horrores vivenciados em tal período, novas demandas surgiram para compor o arcabouço científico a fim de conhecer, e mais do que isso, sistematizar, a compreensão do comportamento de indivíduos enquanto representantes de um grande contingente de pessoas, uma nação por exemplo.
2 DISCUSSÃO TEÓRICA E CONCEITUAL
No cenário que antecede à Primeira Grande Guerra, os países europeus, como França e Inglaterra, eram as grandes potências do continente, possuindo um alto poderio militar, econômico e político. Esses dois países já sustentavam o status de potência do continente europeu e do mundo por um bom tempo. No entanto, a modernização e crescimento do estado alemão despertou um clima de insegurança entre as duas potências, que temiam perder o status que haviam conquistado.
Dentre os diversos motivos que contribuíram para a emersão da Primeira Grande Guerra, o descontentamento do estado alemão em relação a posição que ocupava no cenário internacional está entre os principais fatores. Para Mearsheimer (2001), as grandes potências estariam sempre em competição pelo poder e a busca de uma hegemonia. Dentre as estratégias, o estado pode optar em conquistar poder, guerra, pois “(...) a guerra pode alterar o equilíbrio de poder a favor do vencedor ao eliminar o estado vencido da hierarquia das grandes potências” (MEARSHEIMER, 2001, p. 151).
Antes da Primeira Guerra Mundial se iniciar, a Europa era o centro do mundo com a Inglaterra como uma grande potência financeira. A Alemanha bem sucedida com suas indústrias, a Rússia com seu largo território e produção agrícola e a França mantinha seu império (HASTINGS, 2014).
A grande guerra desmontou esse cenário, trazendo para a Europa instabilidade e destruição, além de alterar o equilíbrio de poder que era encontrado anteriormente. Durante e após a Primeira Guerra, as duas potências do continente precisaram de contar com ajuda externa, que era enviada principalmente pelos EUA, para que pudessem dar continuidade a guerra e se reerguer após o término da guerra.
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