Politica externa brasileira no Prata
Por: Douglas Vinicius • 17/11/2016 • Dissertação • 1.231 Palavras (5 Páginas) • 469 Visualizações
UNICEUB
Relações Internacionais
Douglas Vinicius Silva de Vasconcelos – RA: 21554820
Gabriel Fonteles – PEB
Política externa do Brasil no Prata - 2º Reinado
A política externa brasileira quando se refere aos países da região platina, ocorre desde 1822 se “encerra” em 1889 e pode ser dividida em sete fases:
- Tentativa de Cooperação (1822-1824);
- Guerra da cisplatina (1825-1828);
- Política de neutralidade (1828-1843);
- De neutralidade à intervenção (1844-1852);
- Atuação brasileira (1851-1864);
- Volta da política intervencionista (1864-1876);
- Retraimento vigilante (1877-1889);
Apesar de se caracterizarem em sete fases, a política externa brasileira obteve consideráveis mudanças a partir do ano de 1844 com o crescimento de sua política o que acarretou a implementação do Estado-Império brasileiro como potência periférica perdurou até o ano de 1876 com o seu declínio que foi guiado por objetivos próprios com os quais se “justificavam” os fins e os meios. Com a dispersão das forças em todo o cenário internacional possibilitou que o Brasil pudesse agir na região platina e se consolidar como Estado nacional.
A política externa brasileira passou por um período de instabilidade estratégica e tática por causa de metas e alternativas que foram adotadas precipitadamente com falta de clareza, para isso o Brasil adotou mais uma série de alternativas nos meios políticos que orientavam de forma decisiva a política, são elas:
- Reaproximação com Rosas;
- Virada contra Rosas, devido á aliança feita com o Paraguai;
- Aliança com França e Inglaterra;
- Confronto a Rosas;
E para que isso ocorresse o Brasil estipulou condições para um “entendimento duradouro”, eram exigências:
- A garantia da independência do Uruguai;
- Reconhecimento da independência do Paraguai;
- Livre navegação;
- Neutralização da ilha de Martín García;
- Reconhecimento dos limites sulino;
- Estabelecimento do comercio regular regional;
- Aproveitamento das pastagens uruguaias para o abastecimento do charque;
O Brasil possuía interesses tanto político como econômico na região do Prata, mas na atual conjuntura o Brasil concentrava o foco na questão de Rosas e Oribe, o Brasil resolveu intervir para garantir seus interesses. Aliou-se ao Rivera e conseguiu derrotar Oribe o que acabou pressionando Rosas e apoiar o Oribe e com isso anexar o Uruguai ao seu território mas logo em seguida as províncias argentinas se revoltaram contra Rosas sendo apoiado pelo Brasil, levando Urquiza ao poder da Argentina e fortalecendo as alianças com o Brasil.
Mas com todas as tomadas de decisões do Brasil, não houve a previsão que existiriam complicadores que iriam vir para identificar condições objetivas e/ou elementos de confusão.
Com todo o histórico das decisões e táticas adotadas pelo Brasil podemos dizer que o Brasil passou três fases curtas em sua política externa, definidas como:
- Desejo de mudança e as iniciativas de 1844;
- O recuo de 1850 à 1849-50;
- Solução dos problemas pela força e as operações levadas em termo em 1851-52;
Outro envolvimento do Brasil foi o contencioso contra o Paraguai, ainda envolvido em um conflito com o Uruguai em 1864, porém o “ditador” do Paraguai se opôs a invasão do Brasil no território uruguaio, pois contrariavam seus interesses.
Esse fato gerou uma retaliação do Paraguai para o Brasil, o que foi o ponto alto para o estouro da guerra. Com Lopez estava determinado a implementar sua ideologia de “equilíbrio dos Estados” onde os visava a proteção dos menores (Uruguai e Paraguai) contra a intervenção dos grandes (Argentina e Brasil), mas a realidade é que pretendiam criar um terceiro Estado para que tivessem uma proporção parecida aos grandes.
A pretensão do Brasil permanecia as mesmas desde 1860, e as estratégias também, a guerra entre os pequenos vieram sucedidas de uma intensa movimentação diplomática em dois eixos que se cruzam:
ASSUNÇÃO RIO DE JANEIRO[pic 1][pic 2]
BUENOS AIRES MONTEVIDÉL
O Brasil e a Argentina acreditavam que o Paraguai não faria a guerra e também não parou para observar a facilidade em que o Brasil, Argentina e Uruguai se uniriam pra efetivar a Tríplice Aliança , a guerra não vinha de bons olhos do cenário interno do Brasil, eles sustentaram a guerra baseado em seus interesses. Para o cumprimento da vontade externa o Brasil fez o uso de uma ação diplomática como uma Potência Periférica.
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