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Resenha Retratos do Brasil

Por:   •  27/6/2018  •  Resenha  •  1.017 Palavras (5 Páginas)  •  546 Visualizações

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RESUMO: RETRATOS DO BRASIL

Leonardo Agostinho Tomé Junior

 Retratos do Brasil é um livro escrito por Paulo Prado em 1928 pela editora Oficinas Gráficas Duprat, sendo muito controverso quando lançado e contra todos os preceitos da sociedade, mostrando um Brasil estagnado na história devido questões históricas. O livro expõe de forma realista nossos problemas, nos fazendo refletir sobre os defeitos de nossa formação e a tendência para a retórica na política, que desde sempre viemos adiando o enfrentamento das questões sociais.

O livro é dividido em quatro pilares, sendo o primeiro deles A Luxúria, seguido por A Cobiça, A Tristeza e O Romantismo. Nesses quatro capítulos Prado (1928) correlaciona as causas históricas que formarão um Brasil subdesenvolvido, sem se importar de serem indiretamente explorados.

Assim que inicia seu trabalho, Padro (1928) retrata que a melancolia do povo brasileiro que é resultado da herança dos descobridores que tinham um desejo incontrolável por ouro e um grande prazer que encontravam estímulos nas terras aqui encontradas. Logo em seus primeiros parágrafos o autor demonstra como os colonizadores viam as terras latinas, uma região para enriquecimento rápido. Dessa forma se criaram os nomes das cidades por aqui encontrada, sempre as correlacionando como forma de fortuna, o Rio da Prata, Rio do Ouro, Castela do Ouro, Costa Rica, Porto Rico e assim por diante.

Os colonizadores apesar de ficarem extasiados com tanta beleza aqui encontrada, não souberam apreciá-las como algo além de um estoque de minerais, especiarias e matéria prima. Porém nos anos que se seguiram após o “descobrimento”, aventureiros que vieram da Europa, abandonavam seus serviços e aproximavam-se dos povos nativos, seguindo seus hábitos, e relacionando-se uns com os outros, criando assim a mestiçagem dos povos.

Em seu segundo capítulo reafirma que não existia um interesse pelo Brasil, de não havia lutas como em outras colônias, apenas uma guerra incessante contra povos nativos e a natureza. No inicio da colonização, o Brasil não detinha de um governo para reger os interesses da colônia, deixando assim seu território suscetível a ataques externos como ocorreu contra os franceses em 1572, mostrando que era necessário povoar o país para proteger os interesses da coroa.

O cultivo da terra teve inicio em meados de 1511, com a plantação de açúcar e pau-brasil que serviam para a exportação para a metrópole. Além disso o avanço para o interior do país em busca de metais preciosos, servirá também como forma de catequisar os povos nativos, bem como gerar escravos que serviriam posteriormente como objeto de comércio. Foi quando a busca por minérios chegou até Minas Gerais que a metrópole se apressou em criar um sistema de tributação, agora que o sonho de enriquecimento dos desbravadores tinha se tornado real.

A busca de ouro no Brasil gerou guerra civil, abusos dos governantes e do clero, e epidemias de fome. A agricultura e o cultivo de cana se tornaram insignificantes, o que fez com que a colônia tivesse que negociar com a Inglaterra e a França. Foi quando em 1794 quando iniciou-se a revolução francesa e Portugal uniu-se a Inglaterra, o Brasil já não tinha mais riquezas. Prado (1928) criticava a falta de estimulantes que fizessem com que o Brasil prosperasse.

Em seu tópico A Tristeza, o autor reafirma que os colonizadores aqui criaram uma identidade nova, se desvinculando de toda sua raiz europeia. Para Prado, os vícios adquiridos por sexo destas novas entidades, marcaram o caráter brasileiro que integraria sua inteligência e seus sentimentos. Sem um ideal religioso e estético, ou preocupações políticas em seu território, criou-se com o decorrer do tempo um povo triste, advindos de abusos e do descontentamento dos que viviam com a ideia do enriquecimento.

A base da economia brasileira em seu período colonial era o tráfico negreiro. Os portugueses em nosso território preocupavam-se com a coroa portuguesa, a Colônia aqui instaurada visava apenas os lucros obtidos pela metrópole, não havendo dessa forma ainda um povo que pudesse ser considerado brasileiro.

Seu último tópico O Romantismo, o autor traz o nascimento da República brasileira, isso após a independência dos Estados Unidos e inspirado na Revolução Francesa. O novo país nascente endeusava o liberalismo, e vinha acompanhado das incertezas sociais e políticas do movimento histórico. O nascimento da nova república era apenas um prolongamento da metrópole. Foi executada em acordo com Dom Pedro II e manteve um governo oligárquico, deixando o povo brasileiro mais uma vez a mercê de seu destino.

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