Teoria das RI - Liberalismo
Por: Jorge Soares • 9/5/2016 • Resenha • 809 Palavras (4 Páginas) • 310 Visualizações
Teoria das Relações Internacionais II
Semestre 2016.1
Profa. Mónica Salomón
2º controle de leituras, 4 de maio de 2016
- O que é interdependência complexa? Quais são suas características? Quais processos políticos se derivam dessas características?
R: O QUE É? Interdependência Complexa é o resultado da multiplicação das interconexões globais e da aceleração dos fluxos financeiros, demográficos, de bens, serviços e de informações. A interdependência complexa pode ser considerada uma reação proveniente do período de globalização, por qual passa a sociedade internacional desde meados do século XX. CARACTERÍSTICAS: O aumento significativo de relações internacionais entre atores não estatais, cada qual buscando defender seus próprios interesses, reflete uma nova realidade ao Estado que agora não é o único a influenciar o sistema internacional. Esse aumento de relações se deve ao progresso nas áreas de comunicação e transporte, que facilitou a aproximação entre os países. Pode ser pautada em duas dimensões, a da sensibilidade e da vulnerabilidade. A sensibilidade diz sobre a noção de dependências diversas, relacionada a ações de outro Estado, enquanto a vulnerabilidade diz respeito à fragilidade de um Estado impossibilitado de uma ação eficaz para neutralizar essa dependência. PROCESSOS POLÍTICOS: Estados com menor poder bélico, influencia política e não considerados importantes segundo a tradição realista passam a possuir recursos de estimo aos demais, e consequentemente ocupar espaços de maior relevância no SI. Após a divisão bipolar com o fim da guerra fria e a improbabilidade de um confronto nuclear, outras questões tomaram o topo da lista de preocupação, principalmente econômica. Nesta seara, os Estados com menor força bélica ganharam oportunidade de pressionar as potências militares através da economia, como por exemplo, a crise do petróleo em 1970. Há também o surgimento de instituições internacionais responsáveis por certo controle de conduta desses novos atores, para se reduzam as incertezas e aumente a eficácia dessas ações. Essa institucionalidade acaba reforçando ainda mais esse processo de interdependência.
- Como a cooperação é definida em After Hegemony? Como esse conceito se relaciona com os de “harmonia” e “discórdia”?
R: A necessidade de cooperação pressupõe uma realidade anárquica assim como a teoria realista, e de não conformidade entre a política entre os diferentes Estados relacionados a um determinado assunto. Ainda que não exista uma autoridade supranacional com poderes para forçar o cumprimento de normas, os Estados podem coordenar suas ações de modo a obter resultados mutuamente benéficos por meio da cooperação tácita, de negociações formais e da criação de regimes internacionais. Dessa forma, harmonia refere-se a uma realidade onde a política dos Estados não interfere de maneira coercitiva a busca dos objetivos de outro Estado. Nessa situação, não haveria estimulo a cooperação. Quando essa realidade é de discórdia, os atores devem buscar diferentes políticas que se não reprimidas, geraram cooperação entre os Estados para o alcance dos resultados desejados. Os regimes internacionais, definidos com um conjunto de normas, princípios, regras e procedimentos ao redor dos quais as expectativas dos atores convergem em uma determinada área, facilitam a cooperação por meio das funções que desempenham para os Estados: eles diminuem os efeitos ad anarquia no sistema internacional, auxiliando n garantia descentralizada dos acordos; fornecem informações sobre o comportamento dos demais atores, principalmente sobre sua propensão a cooperar; reduzem os custos transnacionais da cooperação ao diminuírem os incentivos para a quebra das regras do regime.
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