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Resenha Teorias de RI

Por:   •  28/8/2019  •  Resenha  •  1.032 Palavras (5 Páginas)  •  262 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

Disciplina: Teoria Clássica das Relações Internacionais

Docente Responsável: Prof. Me. Guilherme Ferreira

Discente: Gabriela Rodrigues Pereira.

Texto resenhado: One World, Many Theories. - Stephen Walt

A obra One World, Many Theories de Stephen Walt promove uma breve explicação do que será discorrido pelo próprio título. O que está em debate é apenas um mundo, e este irá levar a criação de milhares de teorias. Por mais que muitos sejam de fato contra teorias, no mundo das Relações Internacionais não há muito como negar a conexão entre o mundo abstrato da teoria com o mundo real da política, já que é difícil construir teorias sem saber do mundo real.

Stephen Walt é um professor americano e pertence a escola realista das Relações Internacionais. Ele também foi autor de teorias e consequentemente trás nessa obra alguns exemplos onde teorias são usadas. O primeiro passo é entender que teorias são necessárias pela quantidade de informação que há sobre o internacional.

Um dos primeiros exemplos citado na obra é a questão da China. Há diferentes teorias sobre as forças que moldam os resultados internacionais. Alguns entendem que a China é um país ambicioso que coloca em risco a balança de poder com seu crescimento. Outros, porém olham para esse país de outra perspectiva e se questionam se a China irá mudar seu comportamento e finalmente irá fazer parte do mercado mundial. Portanto, é claro perceber que há várias teorias sobre um assunto só, que são observadas de perspectivas distintas. Ter essa variedade é importante pois é possível comparar qual teoria está se mantendo mais forte.

Há três paradigmas que vem em mente como característica dos estudos das RI. Os três são: realismo, liberalismo e radicalismo. O primeiro foca em uma propensão duradoura de conflitos entre Estados, o segundo identifica maneiras de atenuar esses conflitos e o último fala em como o sistema pode ser de fato transformado. É importante ressaltar que mesmo dentro de um paradigma, há controvérsias e nem todos concordam com todas as teorias realistas apesar de fazerem parte desse grupo.

O Realismo foi muito dominante na Guerra Fria e tem como característica em ser geralmente pessimista nas questões que discutem sobre como eliminar uma guerra. Há realistas clássicos como Morgenthau que acredita que os Estados têm uma vontade de dominar os outros, levando-os a guerra, enquanto neorrealistas como Waltz, ignoram a natureza humana e preferem focar nos efeitos que o Sistema Internacional tem. Para Waltz, os Estados estão tentando sobreviver nessa anarquia já que cada um é por si só. Ainda no campo do realismo, há, portanto, aqueles que dizem que quando a defesa de um Estado for maior, a segurança deles seria mais abundante, levando aos mesmos escolherem suas formas de defesa e garantirem sua sobrevivência.

Já no Liberalismo, o foco é por muito tempo, inclusive depois da Guerra Fria, na ideia de que a democracia é a chave da paz. Alguns liberais dizem que a independência economia fazia com que os Estados não usassem a força um contra os outros, pois assim estariam ameaçando suas próprias propriedades. Há um forte pensamento de cooperação aqui, inclusive com a crença de que Instituições Internacionais poderiam ajudar os Estados serem menos egoístas.

Os Radicais por sua vez, focam muito no Marxismo, dizendo que o problema de fato é o capitalismo, algo que foi comprovado ao fim da Guerra Fria como falso – o capitalismo nesse caso, não levou ao conflito. Para os radicais, nem sempre o socialismo propaga a paz.

Apesar de haver três paradigmas que diz muito sobre os estudos das Relações Internacionais, nem todos se encaixam nesses modelos e, portanto, estudam características isoladas de certo assunto. Isso é um ponto muito explícito na obra, pois é possível perceber que uma teoria de fato é um estudo focado a partir de uma perspectiva desejada do autor. Por conta disso, há muitos quem discordam de teorias que foram construídas em seu paradigma escolhido – como por exemplo realistas que discordam de outros realistas clássicos.

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