Vinte Anos de Crise (Edward H. Carr)
Por: Rebecca Barreto • 16/4/2017 • Resenha • 334 Palavras (2 Páginas) • 541 Visualizações
Rebecca Peres Barreto
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Vinte Anos de Crise (Edward H. Carr)
Edward H. Carr, autor do livro "Vinte Anos de Crise 1919-1939", é britânico, formou-se no curso Clássico em Cambridge e assistiu à Conferência pela Paz em Paris, ao fim da Grande Guerra, como empregado do Ministério do Exterior. No ano de 1936, Carr inicia como professor de Política Internacional e, em 1939, torna-se editor-assistente do jornal inglês The Times. Carr passa a pesquisar a história da União Soviética sobre a qual publica 14 trabalhos, demonstrando seu credo de que deveria existir cooperação com a URSS.
Carr, no começo de sua obra "Vinte Anos de Crise", admite que, como em outras ciências, a ciência da política internacional é muito nova e ainda se mostra em processo de amadurecimento. No âmbito do pós-guerra, em 1919, houveram as primeiras demandas para a popularização da política internacional, devido à reação das pessoas em relação aos tratados e acordos firmados entre as nações participantes da guerra. Desse modo, surgiu-se o interesse de promover relações entre os países, de buscar medidas pacíficas para resolver conflitos. Para o autor, as relações internacionais surgiram devido a demanda popular
A importância da utopia na área, que até mesmo é utilizada pelos realistas, é para fornecer teorias que sejam mais facilmente absorvidas pela sociedade. O autor reconhece, que: “[...] qualquer pensamento político lúcido deve basear-se em elementos tanto de utopia, quanto de realidade. Onde o pensamento utópico tornou se uma impostura vazia e intolerável, que serve simplesmente como um disfarce de para os interesses dos privilegiados, o realista desempenha um serviço indispensável ao desmascará-lo. privilegiados, o realista desempenha um serviço indispensável ao desmascará-lo. Mas o puro realismo não pode oferecer nada além de uma luta nua pelo poder, que torna qualquer tipo de sociedade internacional impossível.” (CARR, 2001, p. 122).
O fato de as ciências políticas nunca poderem se emancipar totalmente dessa utopia, o realismo é importante para desvincular uma visão que vem do desejo, podendo assim analisar a realidade concreta dos fatos, assumindo assim uma postura crítica.
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