A inserção feminista nos estudos de gênero das Relações Internacionais
Por: Caroline Lopes • 29/4/2022 • Trabalho acadêmico • 839 Palavras (4 Páginas) • 140 Visualizações
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Curso de Graduação em Relações Internacionais
Disciplina: Sociologia das Relações Internacionais
Prof. Henrique dos Santos Barros
Atividade 1 da N1
01/2021
Caroline Rodrigues Lopes¹
A inserção feminista nos estudos de gênero das Relações Internacionais
A visão de segurança no contexto da nova ordem mundial, pós Guerra Fria, eclodiu novas perspectivas de estudos políticos, econômicos, sociais e ecológicos. As relações de gêneros, como construção da nova perspectiva social, determinam papéis considerados masculinos e femininos pela legitimação do status quo. Essas relações como conceito estruturado em um papel social, contribuíram como uma barreira para os direitos de gênero das mulheres pelo enraizamento do complexo sistema de estereótipos suportados por estruturas de dominação nas relações individuais, familiares ou identitárias internacionalmente. Decorrente a este fato o estudo da teoria feminista surgiu como contribuição dos estudos de gênero para as Relações Internacionais.
O feminismo trouxe junto com sua luta de igualdade, uma nova visão do papel identitário sobre os espaços de atuação da mulher dentro da sociedade e ambiente de trabalho, incluindo sua participação política com direitos formais equivalentes aos do homem. Foi notório a evidência do feminismo como uma perspectiva epistêmica, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, quando comprovado o impacto direto causado às mulheres vítimas da guerra pelos prejuízos vividos como as perdas familiares, no qual muitas mulheres, com ou sem filhos, ficaram viúvas ou perderam parentes homens, assim como também, o crescimento do número de estupros durante este período.
Como forma de análise nas ciências sociais, assim como das relações
¹ Graduanda do 2° semestre do curso de Relações Internacionais no Centro Universitário Ritter dos Reis. Matrícula: 202022303
internacionais, o feminismo apresenta várias vertentes de instrumentos de estudo, obtidos de uma vasta análise sociopolítica. Portanto não há de fato um feminismo pois suas diferentes formas de estudo abordam perspectivas divergentes, como é o caso do feminismo pós-positivista que privilegia a análise das relações entre poder, conhecimento e a importância da linguagem, das regras e das identidades na conformação das relações internacionais. Já o feminismo construtivista se baseia na socialização, interação dos indivíduos e suas organizações nas condições espaço-tempo para formar sua identidade. Assim como essas análises também há o feminismo realista, crítico, pós-modernista, etc. Cada forma de análise se baseia nas diferentes escolas de pensamento, campo social em que se encontram e período relacionado a este assunto. Mas de fato, toda construção feminista se baseia dentro das relações de dominação da mulher.
Como abordado na obra de Afrodite a Melíade: o feminismo nos estudos de segurança, os autores demonstram como a teoria feminista abalou os fundamentos metodológicos, ontológicos e epistemológicos das Relações Internacionais, uma vez que a divisão advindos do Iluminismo, base da epistemologia objetivista, coloca-se em paralelo ao pensamento no qual o mundo social é um princípio de ideias, conceitos e linguagens, e que o conhecimento, não apenas o caracteriza, mas o estabelece. A construção da concepção de Estado a partir de uma perspectiva feminista, também é abordada pelos autores, no qual analisam o patriarcalismo e o anarquismo que o Estado impõem perante às mulheres, definindo-o como ator de incontestável proeminência. Sendo assim as feministas buscam de outras maneiras, a inclusão na esfera política internacional através de instituições, organizações internacionais e nacionais, as quais lhe oferecem a inserção e padronização de gênero dentro do sistema internacional.
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