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ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO E IMPACTO NA POLÍTICA DA SAÚDE CONTRA UM SISTEMA DE SAÚDE

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Por:   •  2/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.314 Palavras (6 Páginas)  •  422 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E O IMPACTO NA POLÍTCA DE SAÚDE FRENTE AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS 4

3 CONCLUSÃO 7

4 REFERÊNCIAS 8

1 INTRODUÇÃO

A sociedade brasileira reconhece atualmente um rápido processo de envelhecimento. Avanços na área científica e tecnológica têm garantido uma maior expectativa e qualidade de vida para a população. Mas, infelizmente, diversas condições e/ou aspectos comprovam que o Brasil não está devidamente preparado para o desafio de atender as necessidades cada vez maiores desse segmento da população que tem seus direitos legalmente construídos.

Tal realidade é visivelmente clara no campo da saúde, onde o Sistema Único de Saúde – SUS, não consegue atender a todas as necessidades dos idosos quanto a um atendimento de qualidade com profissionais qualificados.

Reconhecendo essa agravante realidade, o portfólio tem como objetivo fazer reflexão sobre o processo de envelhecimento e seus impactos sobre a política de saúde frente ao Sistema Único de Saúde – SUS para subsidiar futuras propostas de intervenção junto a essa problemática.

2 O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E O IMPACTO NA POLÍTCA DE SAÚDE FRENTE AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

Embora, de maneira superficial, possa se presumir que o conceito de envelhecimento seja simples e direto, visto as diversas características físicas marcantes que fazem parte da velhice, como pele enrugada, cabelos brancos, fraqueza, entre outras, ou se possa delimitá-la a partir de uma idade específica, estudos comprovam que o processo de envelhecimento não é um assunto tão simples assim.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) o idoso é a pessoa com idade igual ou superior a 65 anos nos países desenvolvidos e com 60 anos ou mais nos países em desenvolvimento (LIMA, 2011). O Brasil segue essa disposição a título de Lei.

Vale destacar que a velhice é uma etapa da vida do ser humano que não se pode marcar de forma estritamente cronológica, dado seus diversos aspectos como biológicos, psicológicas, culturais, econômicos, sociais, entre muitos outros que merecem ser considerados para se caracterizar uma pessoa de idosa.

Assim, concordamos com Pelegrino (2009) ao conceituar a fase de envelhecimento como sendo:

um processo contínuo, individual, universal e irreversível. Assim como a infância, a adolescência e a maturidade, é marcado por mudanças biopsicossociais específicas, associadas à passagem do tempo, que se manifestam em graus e momentos diversos, o que lhe dá uma característica heterogênea, dinâmica e de grande variabilidade tanto inter como intraindividual. (PELEGRINO, 2009, p. 13)

Para complementar esse conceito, podemos enfatizar o caráter individual do processo de envelhecimento “em decorrência do estilo de vida ao longo dos ciclos vitais, dos cuidados com a saúde e de fatores biológicos (genéticos e hereditários), entre outros aspectos” (PELEGRINO, 2009, p. 14).

No Brasil e no mundo todo, seja em países desenvolvidos ou de terceiro mundo, o envelhecimento da população constitui-se de um fenômeno cada vez mais visível, acontecendo de forma rápida e em larga escala. De acordo com Veras (2009, p. 549) “o número de idosos no Brasil passou de 3 milhões, em 1960, para 7 milhões, em 1975, e 20 milhões em 2008 – um aumento de quase 700% em menos de 50 anos”.

Sem dúvidas alguma, esse espantoso aumento na população dos idosos no Brasil tem uma repercussão em todas as políticas públicas sociais, especialmente no campo da saúde e previdência, podendo acentuar a desigualdade social, a pobreza e a fragilidade das instituições.

No setor da saúde, de acordo com Saad (2005, p. 156)

as consequências deste fenômeno se fazem sentir de forma mais clara e imediata. O impacto de uma crescente massa de população idosa não somente sugere a necessidade de desenvolvimento de técnicas e metodologias de atendimento diferenciado, mas passa também pela questão fundamental da utilização mais intensiva dos serviços e equipamentos de saúde por parte da população em idades mais avançadas.

O envelhecimento da população tem cobrado uma posição do SUS frente aos diversos desafios trazidos por este fenômeno. As doenças próprias do envelhecimento, como as doenças crônicas não transmissíveis, passaram a ganhar maior expressão no conjunto da sociedade.

A falta de maiores investimentos na saúde, assim como a falta de profissionais qualificados e condições e espaços apropriados nos hospitais para essa crescente população, que exigem tratamentos mais específicos e de custo mais elevado que a parcela jovem da população vem agravar ainda mais esse quadro.

Embora os direitos dos idosos a uma saúde de qualidade seja garantido por Lei, ainda falta muito para que estes se materializem no plano prático. Pode-se dizer, portanto, que existe um profundo abismo entre as leis que garantem os direitos sociais e sua materialização a partir das políticas públicas. É o que acontece, por exemplo, no campo da saúde.

Recentemente, o termo “envelhecimento ativo”, expressando a ideia de uma vida longa acompanhada por oportunidades contínuas de saúde, participação e segurança, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (SAAD, 2005) vem se apresentando como uma das estratégias de solução viável para a problemática trazida

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