Fundamentos II
Casos: Fundamentos II. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: karyfagundes • 18/4/2014 • 3.664 Palavras (15 Páginas) • 332 Visualizações
NO CONTEXTO DO SERVIÇO SOCIAL, PARA UM PROFISSIONAL QUE ATUA NESTA ÁREA, O QUE É POLÍTICA?
Artigo Científico apresentado como desafio de aprendizagem da disciplina de FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III, no curso de Serviço Social da Universidade Anhanguera Uniderp, sob a orientação da Profa. Ms. Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes.
CRISTALINA-GO
NOVEMBRO - 2013
AS POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
RESUMO
Desde sempre o homem precisou de ações de solidariedade. De atitudes que fizessem com que eles se ajudassem mutuamente, ou que um grupo desse o apoio necessário a outro que sofre. Estas são características da humanidade desde que ela surgiu no planeta. Ser solidário, estar disposto a ajudar não é um aspecto ligado a todas as pessoas. Algumas se sobressaem e sentem a necessidade de, o tempo todo sentir que estão ajudando alguém. Assim é que o papel do Serviço Social foi se ampliando ao longo dos séculos através da atuação de seu principal divulgador e disseminador: o Assistente Social. Com atuações em vários setores, este profissional auxilia e muito, as pessoas, outros profissionais e a sociedade como um todo através de sua atuação. Cabe hoje ao Assistente Social uma parcela significativa dentro do contexto da melhoria da qualidade de vida das pessoas, seja nas comunidades, seja nos postos de saúde como é apresentado neste artigo. A filantropia se aliou de certa forma a Assistência Social por serem parceiras na busca pela melhoria de vida de muitas pessoas que sofrem por não terem condições de sobreviver, de se alimentar, de morar e ter outros direitos básicos, garantidos pela Constituição.
Palavras-Chave: Serviço Social. Assistente Social. Atuação. Saúde.
A importância do serviço social nos dias de hoje
Para que se compreenda a importância do serviço social nos dias atuais, é preciso um olhar mais aprofundado no passado desta prática que foi se tornando especial em meio a uma sociedade que foi se estabelecendo em meio a diferenças sociais, a oportunidades e assim, se tornou cada vez mais desigual fazendo com que se tornasse necessário a atuação de profissionais que levassem mais esperança e mais atenção a uma parcela dessa população que sofre e espera por dias melhores.
O Serviço Social no Brasil foi passando por transformações históricas significativas e elas se deram início nos meados dos anos 1930 quando esta prática surgiu como profissão quando a classe trabalhadora começa a reivindicar seus direitos e o Estado começa a compreender a questão social existente neste processo. O mundo começa a mudar e o capitalismo a produção em massa começa a achatar ainda mais a sociedade, tornando os ricos mais ricos e os pobres mais pobres, sendo as oportunidades de ascensão ainda muito restritas.
Como afirma Iamamoto e Carvalho (2003, p. 20) “A primeira Escola de Serviço Social foi criada em 1936 em São Paulo pelo Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), com forte influência da Doutrina Católica e europeia”. Estas primeiras iniciativas estavam totalmente ligadas às iniciativas da igreja que pretendia qualificar principalmente as mulheres para atender as camadas mais pobres da população com relação às necessidades existentes já naquela época em relação ao atendimento mais direcionado a esta população, oferecendo-lhes com mais urgência os primeiros recursos e socorros naquilo que mais necessitavam.
Com ascensão capitalista que se deu início naquele período, uma década depois a prática do Serviço Social estabelecido até então foi perdendo espaço, pois as situações problema existentes foram se modificando e com isso, conforme Yamamoto e Carvalho (2003, p. 24) “foram criadas e desenvolvidas as grandes instituições públicas e privadas onde o quadro dominante da sociedade requisitou o Serviço Social para participar e implementar as políticas sociais”.
Neste momento a profissionalização dentro do Serviço Social aconteceu e a divisão técnica do trabalho do agente social dando-lhe outras perspectivas e mesmo tendo sido regulamentado na época como uma profissão liberal, seu caráter nunca foi direcionado a este modelo, diante da grande parcela de responsabilidade e do vínculo que este profissional possui principalmente com a sociedade que o cerca.
Nos anos 1950 o papel do Serviço Social continua sendo importante, pois em um período de pós-guerra as ações voltadas à reestruturação da sociedade são grandes. Começam nesse momento histórico as expectativas de um desenvolvimento social bem mais amplo do que até então se viu. Conforme Faleiros (1997, p. 35) “no pós-guerra se assistiu a libertação do colonialismo, o combate ao comunismo e as iniciativas da implantação da expansão de um capitalismo internacional que já se instalava no país”. Com isso a categoria profissional ligada ao Serviço Social se ampliou e suas atribuições técnicas também, elevando ainda mais a atuação do profissional ligado a esta área.
Quando ocorreu o período da Ditadura Militar no Brasil a atuação do Serviço Social se direcionou para espaços burocráticos e burocráticos tanto em âmbito Estadual quanto nas instituições particulares. Conforme Netto (1996, p. 18) “Este Estado racionalizado para gerenciar o grande capital alterou substancialmente as políticas sociais setorizadas e se tornou o grande empregador dos assistentes sociais, condição que permanece até os dias atuais”.
Com isso, entende-se que a atuação do agente social, a partir desse momento, mesmo que com o tempo outras perspectivas foram sendo introduzidas em seu meio, passou a ser a partir desse momento, mais definida e voltada ao atendimento do Estado e de suas políticas públicas, essencialmente.
Após a Ditadura e com a Constituição de 1988 novos caminhos se tornaram reais tanto para a sociedade quanto para os profissionais envolvidos na Assistência Social. Os cursos de formação e os modelos de atuação deste profissional foram se ampliando,
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