Historia das Relações Públicas no Brasil
Por: Fernanda Prott • 19/10/2018 • Dissertação • 1.905 Palavras (8 Páginas) • 251 Visualizações
Desde a Grécia antiga as escolhas de governantes (senadores) eram feitas com deposição de cascas de ostras em urnas por cidadãos, ouvindo a opinião publica, o próprio Poncio Pilatos, como é escrito na bíblia, ao mandar a multidão optar por jesus e Barrabas, procurou ouvir a opinião popular, as duas numa ação primitiva de relações públicas, o presidente americano Abraham lincnlm (1809 – 1865) chegou a dizer: “ ninguém consegue triunfar se a opinião publica está em seu desfavor. Com a opinião publica a seu lado, ninguém é derrotado”.
As origens das relações públicas no Brasil remontam ao início do século XX (M. Kunsch, 1997; W. Kunsch, 2009)
Sendo neste ano de 2018, celebra-se os 104 anos da profissão no brasil.
1914
Mais precisamente, o marco fundador pode ser definido como o dia 30 de janeiro de 1914 em são Paulo, quando foi criado o Departamento de Relações Públicas da empresa canadense, Light and Power Company Limited a concessionaria da iluminação publica e do transporte coletivo da cidade, atual Eletropaulo, vendo que tinham necessidade de um setor preparado para lidar com o relacionamento com os órgãos de imprensa e com o governo, e foi criado o departamento de relações públicas, tendo como seu primeiro engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo, sob o comando do canadense Alexander Mackenzie.
Sua missão ao criar tal departamento era mediar o relacionamento conflituoso entre a organização e os clientes de energia elétrica, visto que nessa época o serviço apresentava sérios problemas no fornecimento de energia por conta de uma crise de água na cidade e consequentemente muitas reclamações.
1950
Os departamentos começaram realmente a se desenvolver apenas em 1950, quando as empresas multinacionais começaram a criar os departamentos de relações públicas para fortalecer suas atividades no pais.
1951
A primeira empresa brasileira a criar um departamento de Relações Públicas foi a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 1951 (M. Kunsch, 1997), com o objetivo de promover a indústria siderúrgica e sua importância simbólica.
Essa empresa surgiu por iniciativa do então presidente do país, Getúlio Vargas (1882-1954), como resultado do chamado Acordo de Washington, assinado pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos. Essa iniciativa político-militar incluía a construção de uma usina de laminação de aço que forneceria a matéria para os aliados durante a Segunda Guerra Mundial e simbolizaria o desenvolvimento e o crescimento do Brasil.
1953
Em 1953 foi ministrado o primeiro curso de formação, organizado pelas instituições Fundação Getúlio Vargas (FGV), Instituto de Administração da Universidade de São Paulo, Instituto de Organização Racional do Trabalho (Idort) e Organização das Nações Unidas. Ele foi conduzido pelo professor norte-americano Eric Carlson. E mais tarde, em 1955 o professor Harwood Childs, da Universidade de Princeton, apresentou em São Paulo um curso para adentrar a teoria contemporânea das Relações públicas.
1954
1954 surgia a ABRP - Associação Brasileira de Relações Públicas. A profissão de RP foi devidamente disciplinada, pela Lei n° 5377, de 11 de dezembro de 1967 e aprovada pelo Decreto-Lei n° 63 283, de 26 de setembro de 1968. A Lei restringia o exercício da atividade a graduados em comunicação Social com habilitação em Relações Publicas. No dia 04 de maio de 1972, pelo decreto Federal no 68.582 é regulamentada a profissão , criando-se o Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas - CONRERP
1962
O primeiro livro sobre relações públicas, no Brasil e na América Latina, foi “Para entender relações públicas,” de Cândido Teobaldo de Souza Andrade, em 1962 (W. Kunsch, 2009). Com isso, Andrade foi o primeiro autor brasileiro na área, sendo ele considerado por muitos como o verdadeiro pioneiro e “pai” das relações públicas no Brasil.
1964 a 1985
Relações públicas foram amplamente utilizadas pelos governantes militares que mantiveram o poder no Brasil de 1964 a 1985. Em 1968, foi criada a Assessoria Especial de Relações Públicas (Aerp)
Durante o governo do general Ernesto Geisel (1974-1979), a Aerp, que tinha operado na primeira metade da década na promoção de ações governamentais, encerrou suas operações e foi fechada. Em 1975 foi substituída pela Assessoria de Imprensa e Relações Públicas (AIRP), que, mais tarde, se dividiu em duas, dando origem à Assessoria de Relações Públicas (ARP)
1967
Em 1967 se criou o primeiro curso de graduação em Relações Públicas, na então Escola de Comunicações Culturais da Universidade de São Paulo. No mesmo ano, nascia a Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresas (Aberje), por iniciativa do jornalista Nilo Luchetti, gerente de relações públicas da Pirelli. Anos depois, a Aberje, mantendo esse acrônimo, passaria a chamar-se de Associação
Brasileira de Comunicação Empresarial. As grandes corporações nacionais e multinacionais que possuíam departamentos de comunicação e relações públicas associaram-se à Aberje, beneficiando-se de sua variada oferta de programas educacionais, pesquisas, conferências, reuniões, publicações (Caldas Junior, 2005)
Luchetti também criou o Prêmio Aberje, que desde então distingue, anualmente, trabalhos de excelência na área da comunicação empresarial.
1967
A profissão de relações públicas foi regulamentada nesse interim, através da Lei nº 5.377, de 11 de dezembro de 1967, e legalizada pelo Decreto-Lei nº 63.283, de 26 de setembro de 1968. A lei restringia o exercício da atividade a graduados em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas.
Brasil foi o primeiro país do mundo a regulamentar a profissão de relações públicas. No entanto, o licenciamento da profissão era prematuro, porque naquela época as atividades de relações públicas não foram reconhecidas nem pela academia, nem pela sociedade, apesar dos esforços feitos nesse sentido, por exemplo, pela ABRP (M. Kunsch, 1997 p. 22).
Embora tenha sido uma profissão regulamentada desde 1967, a licença não garante o exercício da
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