Nacionalismo

Resumo

Com base no estudo do séc. XIX, o nacionalismo é uma referência Histórica e Política, embora as suas expressões, sentimentos e ideias sejam diferentes nos nossos tempos contemporâneos, o desenlace e desenvolvimento ocorreram de diferentes formas, com diferentes visões.

Irei fazer uma análise sobre os caráteres de Movimentos Nacionalistas, as Duas Fontes de Movimento e a Evolução do Movimento entre 1815 e 1914, na Europa e no mundo.

O Nacionalismo torna-se importante na nossa história pela sua contemporaneidade e atualidade.

1.Caráteres de movimentos nacionalistas

Os caráteres de movimento de nacionalidades mereceu diversas abordagens por parte de historiadores sociólogos ou cientistas políticos. Para a fundamentação teórica deste trabalho, começamos por traçar o significado do conceito de nacionalismo analisando o autor René Rémond.

René Rémond carateriza a ideia nacional de «grupos linguísticos, étnicos, históricos, de natureza e origens semelhantes, que se concebem como nações.». Define caráteres de movimentos nacionalistas de ordem cultural; interesses económicos, caso da unificação Italiana e Alemã e faz uma comparação temporal entre correntes do Liberalismo, Democracia e socialismo, desde 1815 a 1914. Rémond estabelece uma relação temporal de contemporaneidade do nacionalismo ao longo do séc. XIX na europa, até à descolonização do séc. xx; refere os problemas de nacionalidades de diversos países, não só europeus, caraterizando como um fenómeno Universal histórico. Dá-nos ainda exemplos de alguns países nos quais ocorrem movimentos nacionalistas, como a França revolucionaria, Inglaterra, Alemanha e Itália os países da unidade, Estados Unidos, Japão e China. Rémond, indica-nos o domínio de dois nacionalismos «um de direita e outro de esquerda, um aristocrático e outro popular. O primeiro com inclinações conservadoras e tradicionalistas, escolhe os seus dirigentes e os seus quadros entre os notáveis tradicionais. O segundo investe na democratização da sociedade e recruta as camadas populares.»

O Autor evidencia a Revolução Francesa como fonte de movimento liberalista até à democracia apontando três aspetos. Primeiro, a influência das suas ideias, a independência, a unidade nacional, em 1789, de ordem interna com consequências de ordem externa. Segundo, resiste a Europa dos soberanos, com “La Marseilheise” o hino dos patriotas de toda a Europa. Terceiro, a revolução ativa, pelas razões que provoca, o sentimento nacional. Rémond define alguns exemplos históricos, Espanha, Áustria, Rússia em 1812-1813, Alemanha e França na Batalha das Nações: «a revolução suscitou um nacionalismo Democrático»

O Tradicionalismo ou Historicismo detêm o pensamento nacional, o pós revolução propõe aos povos olharem novamente para o passado em sua defesa particular, sob influência do romantismo, o principal meio para o nacionalismo. O ressurgimento da Língua passa a ser um método de Revolução Nacionalista, expulsando soberanos e religiões, à língua torna-se objetivo de batalhas políticas, como por exemplo, na Transleitania a luta entre Húngaros e nacionalidades Eslavas, na obtenção da língua mãe aplicada aos caminhos-de-ferro, estações ou na Prússia as crianças que fazem greve ao catecismo, são proibidas de aprender Polaco.

O Romantismo trás, na sua história, a religião e as nacionalidades, tornando-as semelhantes. Rémond explica a aproximação destes 2 conceitos. No séc. XIX, o Catolicismo é o símbolo da resistência nacional. São exemplos, da Bélgica Católica aos países básicos protestantes, as lutas dos cristãos Balcãs contra o Império Otomano, os Sérvios contra a Hungria Católica, Irlanda Católica contra Inglaterra protestante, a Polónia contra a Rússia Ortodoxa.

O Nacionalismo de Direita conserva a ordem social política do Antigo Regime. Apoiando-se na igreja, não pretende revoluções, apenas o retorno ao passado, a restauração da nacionalidade e dos direitos históricos do romantismo iniciado na Europa do leste.

3 A evolução do movimento entre 1815-1914

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