Neocolonialismo na África

Neocolonialismo na África

O neocolonialismo, podendo ser chamado de Imperialismo também, foi uma política de expansão territorial e econômica praticada pelas potências européias a partir do século 19. Ocorreu intensamente na África e reflete a busca de novas fontes de matérias primas e mão de obra empreendida pelos europeus para dar suporte ao processo de desenvolvimento industrial vigente na Europa naquele momento. O domínio das potências européias não foi apenas econômico, mas militar, político e social, impondo à força um novo modelo de organização econômica e social do trabalho.

Para Frederich Ratzel, o território é visto como fonte de poder. Quanto maior o território, maior sua capacidade de poder. O Estado tenta maximizar seu poder através de novos territórios. Em resumo os 7 princípios de Ratzel: o tamanho o Estado aumenta seu nível cultural; o crescimento do Estado é conseqüência de outras manifestações de crescimento dos povos que precedem necessariamente o crescimento Estatal; o crescimento do Estado passa pela anexação de membros menores ao agregado inicial; a fronteira é órgão periférico do Estado; maior o Estado – maior  sua política; o estímulo do crescimento do Estado origina-se do exterior e quanto maior a integração do Estado, maior seu crescimento.

De acordo com a geopolítica, os Estados não pretendem ampliar apenas seu território geográfico, mas também suas riquezas, preocupando-se em ter amplo domínio sobre sua própria geografia, população e recursos naturais que se demonstrem favoráveis para alavancar seus desenvolvimentos e elaboração de estratégias de defesa de ataque.

O Imperialismo na África foi desigual, sendo a Inglaterra e a França as mais beneficiadas. A Inglaterra sempre teve seu interesse pragmático bem definido o que facilitou seu Imperialismo no século XIX e também seu desenvolvimento marítimo. Para o autor Mahan, a potência que optasse por desenvolver o poder marítimo teria o mar como aliado, pois este propicia a mobilidade de meios, desígnios e vontade contra os quais o ‘’poder terrestre’’ encontrava obstáculos geográficos, assim, quem dominasse o mar, dominaria o mundo. Um exemplo foi a corrida naval, em 1980, travada entre Inglaterra e Alemanha, encerrada com a Primeira Guerra Mundial.

A Europa neste século passava por uma progressiva centralização do poder político, afirmação do principio de territorialidade e da obrigação política. A consolidação da forma moderna do Estado como um projeto territorial e socialmente enraizado teve no nacionalismo um recurso ideológico necessário.O território tornou-se progressivamente um patrimônio que a população deve preservar como herança para as novas gerações, sendo a ordem estatal sua garantia.

Para outra autora, Iná Elias de Castro, contradizendo Ratzel, ela afirma que não basta apenas ter território, mas existe a necessidade de capacidade de organizar os recursos, isto é, capacidade de administrá-los e desenvolvê-los.Para ela, política é o modo de organizar os interesses, e os interesses s manifestam em um determinado território e são organizados pela política. E território, é o recorte do conteúdo de interesses e um território só é um território a partir das relações de poder que se estabelecem nele.

https://www.revistas.usp.br/sankofa/article/viewFile/88804/91687

https://prezi.com/tfrtnt8fc35d/neocolonialismo-e-imperialismo-africano/

https://historiandonanet07.wordpress.com/2011/11/17/neocolonialismo/