Por que surgiu a disciplina de Relações Internacionais?

TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS I
FICHAMENTO – “20 ANOS DE CRISE 1919-1939” E.H. CARR
DISCENTE: NAHMAN OLIVEIRA

CAPÍTULO I

Por que surgiu a disciplina de Relações Internacionais?

Pelo desejo que não houvesse um conflito com capacidade tão destrutiva novamente como a Primeira Guerra Mundial.

“O aspecto teleológico da ciência da política internacional tem estado evidente desde o princípio. Surgiu de uma grande e desastrosa guerra; e o objetivo mestre que inspirou os pioneiros da nova ciência foi o de evitar a recidiva desta doença do corpo político internacional.” (Carr, E.H, 2001, p.11)

Por que um campo específico para se estudar a política Internacional?

Por consequência da incapacidade de outras áreas do conhecimento dialogarem com a realidade da política internacional. Há a necessidade da interdisciplinaridade. No decorrer do primeiro capítulo Carr apresenta como teorias econômicas, sociais e filosóficas foram aplicadas ao contexto internacional, e como falharam em compreendê-lo por seus princípios idealistas. (Carr, E.H, 2001, p.9-11)

 CAPÍTULO III

Como foi construído o conhecimento da política internacional até aquele momento?

Transplante de teorias iluministas, sociologia positivista e teorias econômicas ao cenário da política internacional, e fundamentadas em princípios utópicos.

“Quase todas as teorias populares sobre a política internacional entre as duas guerras foram reflexos, visto num espelho americano, do pensamento liberal do século dezenove.” (Carr, E.H, 2001, p.39).

Obs. Também é possível identificar uma crítica ao iluminismo. Pois a ideia de que o ser humano à medida que alcança uma intelectualidade é transformado em sua natureza é desconstruída, como observado na história a criação da Liga das Nações e as várias estratégias tomadas por esta organização baseando-se na racionalidade e moral universal de uma opinião pública, “se os líderes hesitassem, ele só teria de apelar para o povo. O povo queria as coisas altas, as coisas certas, as coisas verdadeiras.” (R.S. Baker, Woodrow Wilson: Life and Letters, III, p.173 apud Carr, E.H, 2001, p.46)

CAPÍTULO IV

Por que houve uma aceitação da teoria idealista como uma gênese da ciência política internacional?

Carr contextualiza a base da teoria utópica: a harmonia de interesses, para que entendamos como a mesma foi uma justificativa plausível para formular as políticas externas e para enxergar a política internacional. Era necessária uma fusão ético-política, isto é, princípios políticos que não ferissem a moral, e, foi encontrada na teoria econômica do laissez-faire de Adam Smith, onde “ao visar seu interesse próprio, o indivíduo visa o da comunidade e, promovendo o interesse da comunidade, promove o seu próprio interesse” (Carr, 2001, p.59) e com a expansão da prosperidade vista após a criação desta teoria e Revolução Industrial, consolidou-se este pensamento.

Qual o método usado por Carr para apresentar o conhecimento gerado até aquele momento e uma nova teoria?

Contraposição de conceitos.

UTÓPICOS	REALISTAS
QUEM SÃO? Liberais e sociólogos positivistas	QUEM SÃO? Sociólogos
CARACTERÍSTICAS: - cooperação - paz duradoura - harmonia de interesses - autodeterminação dos povos - liberdade – econômica e individual - concorrência - menor intervenção Estatal na Economia - instituição/normas - democracia - OI’s	CARACTERÍSTICAS: - conflito de interesses - concorrência - segurança - determinismo (?) - supremacia - imperialismo
ATORES: Estados, OI’s e Individuos	ATORES: Estados
OBJETIVO: Pluralidade de Objetivos	OBJETIVO: não definido
AGENDA: Paz/ Harmonia de Interesses	AGENDA:
CENÁRIO: Anarquia	CENÁRIO: Anarquia
ORDEM: Cooperação + Interdependência	ORDEM: Concorrência