TEORIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
Por: bruh96 • 27/11/2020 • Dissertação • 602 Palavras (3 Páginas) • 243 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO RECIFE
BACHARELADO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
TEORIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
Aluna: Jessica Roberta Santana de França, 201703320352
- Explique, com base nas teorias e conceitos que relacionam a internacionalização de empresas, o caso que acontece no momento no Brasil, onde empresas travam a primeira guerra fria do século XXI com o cobiçado "leilão para ocupar a nova frequência celular a ser aberta no país, o 5G". A disputa por uma nova banda de comunicação no mercado tecnológico tem as duas nações mais ricas do mundo em posições de confronto: os Estados Unidos e a China.
Em um cenário onde o desenvolvimento tecnológico impõe as regras entre os atores no sistema internacional, o avanço nas comunicações e velocidade de banda larga tem se tornado tema de disputa politica entre os grandes Estados, principalmente no que concernem as relações entre EUA e China e seus respectivos aliados. A disputa entre a empresa chinesa Huawei e outras empresas de comunicação não americanas tem representado fortemente esta concorrência que envolve também a questão da soberania, como se pode ver atualmente que dentre as empresas não americanas, os EUA tem demonstrado apoio através do presidente Trump, em alguns casos até financeiramente, para que estas possam sobressair sobre a empresa de origem chinesa que hoje cresce de forma espantosa, tal situação tem representado o que pode ser interpretado como Guerra Fria Tecnológica. Com um histórico de concorrência com as empresas fornecedoras de tecnologia na comunicação dentro da própria China, a Huawei desde a última década tem tentado se expandir como empresa internacionalmente, buscando investimentos no exterior, o que o fez crescer como vemos nos dias de hoje, através da inovação, a empresa tem se mantido na liderança entre as concorrentes. Partindo do pressuposto teórico do processo de internacionalização de empresas, vemos que a empresa citada tem representado uma ameaça para o mercado internacional ocidental, que tem se unido de acordo com seus interesses nesta disputa, como podemos ver através das restrições que são aplicadas pelo governo americano, impedindo a distribuição da empresa em seu território, ao mesmo tempo em que ameaça seus aliados ao não compartilhamento de informações de segurança, como foi o caso da Espanha ou se impondo contra medidas no mercado internacional, pressionando seus aliados a fazer o mesmo, como ocorreu com o Reino Unido e suas restrições. No Brasil, vemos a disputa acirrada entre as empresas de comunicações internacionais para o leilão a ser realizado para a implantação do 5G em território brasileiro, onde a Huawei é uma das fortes concorrentes. O advento da banda larga 5G promete ser mais veloz em até 20 vezes mais que a já existente em território brasileiro, o que poderá beneficiar diretamente diversos setores, como a medicina e a educação, por exemplo. Seus investimentos e a modernização que o 5G traz prometem alavancar a economia brasileira. Entretanto, como vemos no atual governo, cuja política e interesses nas relações mercadológicas e empresariais têm-se mantido diretamente alinhadas aos Estados Unidos, é plausível imaginar que, por questões que envolvem até mesmo a segurança internacional, a empresa chinesa estará de fora do leilão. Apesar disto, o Brasil ainda assim possui um histórico de boas relações comerciais com a China, principalmente antes do governo Bolsonaro. A criação de tais barreiras tecnológicas deixa claro do quão relacionado os interesses dos Estados são com o mercado internacional e o desenvolvimento das empresas dentro de seu território para o mundo. Na América Latina, vemos que a implantação da tecnologia 5G se atrasa também devido a esta guerra, e que depende do Brasil e seu posicionamento entre os EUA e China para que esse progresso aconteça, apesar dos impasses.
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