A 2ª Exercitação de Metodologia de Ensino e Pesquisa
Por: Aldo Nogueira de Freitas • 28/4/2021 • Trabalho acadêmico • 1.876 Palavras (8 Páginas) • 299 Visualizações
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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Instituto de Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa
Aldo Nogueira de Freitas
Teologia 1º Período
METODOLOGIA DE ENSINO E PESQUISA
Belo Horizonte
2021
LIVRO: FOME DE DEUS/ FÉ E ESPIRITUALIDADE.
AUTOR: FREI BETTO
1 INTRODUÇÃO:
O objetivo desse resumo é trazer conhecimentos e fundamentos à cerca das questões de espiritualidade, onde o autor nos direciona a dois tópicos abordados que em meu entendimento são essenciais para uma profunda reflexão, compreensão e analise no contexto espiritual.
2 RESUMO:
Entre a cruz e o pão
O símbolo do catolicismo apresentado no interior do cristianismo é a cruz, porém o autor faz uma comparação onde celebra a vida como um dom maior de Deus, ao memo tempo adota a cruz como símbolo de morte. Porém relata que não é o caso de Jesus, colocando como fato central não a sua morte e sim a sua ressureição. ¨Como diz Paulo, não houvesse Jesus ressuscitado, a nossa fé seria vã (1ª Coríntios 15,14) ¨. O pão como alimento diário que faz parte de nossa alimentação no dia a dia, é um alimento universal encontrado em quase todas as nações no decorrer da história. O pão é citado pelo autor como a melhor simbologia para representar a ressureição de Cristo, ¨Eu sou o pão da vida, disse Jesus (João 6,48) ¨. A vida depende da comida e da bebida para sobreviver. Na Eucaristia Jesus se faz a partilha do pão e do vinho, instaurando esse sacramento central entre seus discípulos, ensinando que repartir o pão é partilhar Deus. Jesus Cristo ao se posicionar em favor dos pobres e mais necessitados, promoveu a partilha dos bens essências a vida destacando o pão como o princípio dessa partilha. ¨Uma das maiores características de Jesus era partilhar o pão, e foi assim que os discípulos de Emaús passaram a identificá-lo (Lucas 24,30-1). Daí a ceia se tornou o sacramento da presença e memória de Cristo (Marcos 14,22-4; 1ª Coríntios 11,23-5) ¨. Jesus ao pressentir a aproximação de sua morte, ele quis antecipar sua ressureição ao partilhar com aqueles que o acompanhavam o pão e o vinho, ele se deu a nós repartindo o pão e nós nos damos a ele concretizando o verdadeiro sentido da comunhão. O pão se torna um bem essencial a nossa existência, imenso dom de Deus que se fez carne e se fez pão. ¨Em uma de suas afirmativas Jesus disse: ¨O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo, (João 6,51) ¨.
O que é espiritualidade
É uma pergunta que o próprio autor se faz, trazendo-lhe certa incerteza e inquietação, dúvidas, enumerados adjetivos que possam defini-la. Porém ao comparar com Deus em sua totalidade ao se apresentar através de nomes pronunciados demonstra-se dúvidas ao referi-lo como: ¨Javé, Eloim, Adonai, Alá, Senhor? ¨ E ao conhecer uma pessoa, sente a necessidade de conhecer fatores básicos como nome, o que faz, interesses pessoais, aspirações, para poder compreender melhor essa determinada pessoa. Em ¨ (Êxodo 3,1-15) Deus também chamado ¨Javé¨, foi ao encontro de Moisés por própria iniciativa. Deus preferiu se identificar primeiro através de suas obras, acontecimentos que já se baseava em seu currículo e de conhecimento de seu povo como, ¨Eu sou o Deus te teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó¨. Posteriormente Javé revelou seu nome, ¨Eu sou aquele que é¨. Em uma possível definição de espiritualidade, porém duvidosa, o autor nos remete o seguinte: ¨O cerne do nosso ser, ser o que se é, para que fique gravado na lápide de nossos túmulos o terrível aforismo cunhado por Fernando Pessoa: Fui o que não sou¨. Criando-nos a expectativa de conhecer esse rosto. Vontade única de Moisés, ver a face de Deus, ¨Farei passar diante de ti toda minha beleza, (Êxodo 33,19). Mas Deus recusa mostrar-lhe a face. Nesse aspecto o autor crê que aqui está a chave da espiritualidade. Conhecer a face de Deus é deixar que Deus seja você mesmo. É abrir o coração e deixar que Deus penetre nele inteiramente, não como um diálogo entre duas pessoas, mas em uma linguagem representativa, simbólica, ou seja através do silêncio. A base principal da espiritualidade é o nosso mais íntimo, nosso interior, nossa vida pessoal. Ela é o nosso verdadeiro ser, porém deixamos muitas vezes de vivencia-la, ¨Esse eu, na verdade é um outro eu que está sempre a apontar o rumo certo de nossas vidas¨. Santo Tomás de Aquino dizia que ¨ quanto mais penetro na minha interioridade em busca de mim mesmo, mais encontro um outro que não sou eu, mas é ele quem revela o meu verdadeiro eu¨. Entre várias tradições religiosa existentes como: muçulmanas, judaicas, budistas, africanas, indígenas etc. O autor questiona qual deve ser nossa espiritualidade. Porém cada um deve se identificar com aquela que está dentro de sua tradição. Destaca que no universo cristão entre inúmeras espiritualidades, retrata em sua opinião que a melhor é ficar com Jesus. E ao mesmo tempo em que se pergunta qual era a espiritualidade de Jesus, demonstrando incerteza nesse aspecto, ele ousa a arriscar uma resposta. Que Jesus tinha fé como nós. ¨Prova de que Jesus tinha fé e que ele teve crise de fé: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? (Mateus 27,46). Essa comprovação da fé de Jesus veio através de suas orações diárias dedicadas por ele longas horas por dia. O Evangelista Lucas trás em seus registros históricos vários momentos de Jesus em Oração. ¨Ele, porém, permanecia retirado em lugares desertos e orava, (Lucas 5,6); Naqueles dias, ele foi à montanha para orar e passou a noite inteira em oração a Deus, (Lucas 6,2); Certo dia, ele orava em particular, (Lucas 9,18); Ele subiu a montanha para orar, (Lucas 9,28) ¨. O grande desafio da espiritualidade na vida é determinar um tempo no dia a dia para se dedicar a oração, conversar com Deus, sentir de perto o amor que ele tem por nós. As revelações feitas através da mística de cada religião e correntes espirituais, remetem que a oração é como uma relação entre duas pessoas que amam. A fé transmite que Deus nos ama profundamente cada um de nós. Se Deus não nos amasse, deixaria de ser Deus. É sugerido por mestres e místicos, podermos aprofundar nos ensinamentos da meditação que poderá nos direcionar como esvaziar nossa mente de ideias, fantasias e pensamentos. E como efeito nesse exercício nos entregamos ao Espírito Santo de Deus no silêncio do coração. Num contexto de espaço e tempo reservado como Jesus fazia. O habito de orar nos faz deixar que o amor de Deus penetre em nosso ser, o silêncio de Deus ressoa em nosso espírito, ele se faz morada em cada um de nós. ¨Orar é subverter a si próprio. Parafraseando Jó, antes de orar se conhece a Deus, por ouvir falar. Depois por experimentar. O que levou Jung a exclamar: Eu não creio. Eu sei.¨.
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