PLANEJAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Por: Kakazinha1 • 3/6/2021 • Trabalho acadêmico • 533 Palavras (3 Páginas) • 139 Visualizações
N2- Antropologia Jurídica
- Sobre o que versa o documentário?
“Escutem nós que um dia recebemos vocês”. Esta frase, logo no início do documentário Índio, cidadão? De 2014, mostra a dificuldade que a população indígena brasileira teve de mostrar as suas necessidades de sobrevivência e ser ouvida pelo Congresso do Brasil. No vídeo, é possível ver e ouvir diversos índígenas bem como importantes líderes como o cacique Raoni Metuktire, Ailton Krenak, Sonia Guajajara, Davi Yanomami, Alvaro Tukano, entre outros, lutando para manterem seus direitos conquistados na Constituinte de 1987/88.
O documentário mostra a campanha de ocupação dos povos indígenas em Brasília contra os ataques legislativos do Congresso Nacional bem como a Mobilização Nacional Indígena e traz episódios históricos e atuais desta antiga luta que busca impedir o contínuo extermínio de lideranças e grupos indígenas. Uma batalha para garantir o direito e a dignidade do ser humano frente ao capitalismo que busca incansavelmente por terras e riquezas, se esquecendo que sem a preservação, o cuidado e o respeito, a terra e a vida se tornam insustentáveis.
- Quais os principais pontos abordados na entrevista?
- Qual a sensação de ver indígenas ocupando a arena pública para reivindicar direitos?
- Como é possível dialogar o documentário, a entrevista e o livro lido?
- Há diferentes formas de ver o mundo expressas no material. Como perceberam essas visões?
Material de análise:
- Documentário Índio, cidadão? https://www.youtube.com/watch?v=Ti1q9-eWtc8
- O livro Como adiar o fim do mundo estará disponível no moodle e drive da disciplina.
- Programa Roda Viva com Ailton Krenak 19/04/2021 - https://www.youtube.com/watch?v=BtpbCuPKTq4
De acordo com o autor do livro, Krenak, atualmente são 250 povos indígenas e mais de 900 mil pessoas, cidadãos brasileiros com direito à vida e à dignigade da pessoa humana , entre outros, reconhecidos na CF.
Os povos indígenas, exigem apenas o que lhes é assegurado na Constituição Federal de 88, no capítulo VIII, artigos 231 e 232, que é o reconhecimento dos últimos lugares onde a natureza é próspera, onde podem se alimentar e morar e, principalmente, onde sobrevivem os modos que essas comunidades tem de se manter e levar a sua história e cultura no tempo, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Também é direito a atuação do Ministério Público em seu favor, agindo para proteger esses bens e essa cultura que muito o “homem branco” faz para exterminar.
Ao assistir o documentário, a entrevista e ler o livro, me recordei de uma amiga de São Carlos, a antropóloga Dra. Aline Lubel, da UFSCAR. Minha filha mais velha estudava com o filho dela e eu fiquei realmente impactada ao ouvi-lo contando que quando bebê, nadava com as índias no Rio Negro, para mim, uma realidade absurdamente distante, que fez com que eu tivesse interesse em conhecer os seus pais, e com esta amizade, entendi o amor e dedicação da Antropologia às causas indígenas do Brasil como um todo, suas lutas por território e subsistência bem como a grande importância para que isto não seja abafado pelo Estado e pelos “homens civilizados”. O mundo pode ser visto de diversas formas, o que realmente importa é como olhamos o nosso próximo, com compaixão, buscando entender as suas dores e os seus amores.
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