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A Análise dos Valores

Por:   •  22/5/2020  •  Abstract  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  278 Visualizações

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Igor Henrique Torres Sady Costa

Os maiores desafios na construção de valores humanos, na atualidade.

“No mundo contemporâneo o estilo de vida entrou em crise. Os valores da modernidade, as tradições, as crenças e as formas de conduta se relativizaram. Essa relativização aconteceu por causa do avanço do progresso do pensamento e do conhecimento técnico e científico. Vivemos numa época onde as instituições e os códigos sociais e morais não podem mais determinar os modos de vida”. (Michel Aires de Souza).

Hoje, enfrentamos dificuldades que nos bloqueiam do que realmente significa a palavra valores na concepção filosófica. As belas palavras do Michel mostram que ao decorre do avanço do ser humano, e da sua ciência, onde vemos a maior dificuldade para restaurar os valores, vamos perdendo os valores básicos da vida do homem. Mas quais valores seriam esses, primeiro teremos que identificar o que realmente significa essa palavra em tal concepção, onde, valores são os determinantes das escolhas que fazemos e dos objetivos pelos quais vivemos.

“O que consideramos bom ou mal (para nós), o que é importante ou sem importância, desejável ou repugnante, belo ou feio, irá depender dos nossos valores, residam eles no campo da ética, da estética, da economia, da política ou do mundo das ideias. Embora sejam elementos centrais na dinâmica e na organização de nossa percepção e orientação subjetiva”. (Edênio Valle).

Por entender de valores, primeiramente pode se dizer que é: “o que eu não quero para mim (de mal) eu não quero para o próximo” e muito além disso, os valores bem estruturados na vida de cada um precisam ser partilhados em comunidade, valores humanos tem uma visão social, uma visão de união familiar e do próximo onde cada um depende da ação do outro, para que haja uma forte valorização da vida nesse meio. Orientando nossas ações para alinhas nossas ideias.

A sociedade contemporânea tem um estilo de vida mais autônomo, aberto e reflexivo. A responsabilidade por nossa vida, cada vez mais, cabe a nós. Como diz Giddens: “ Ali onde a tradição declina e a escolha do estilo de vida prevalece, a individualidade não pode ficar isenta. O senso de identidade tem que ser criado e recriado de forma mais ativa que antes. Cada gesto vai determinando o que nós somos ou podemos ser. No mundo das incertezas em que vivemos não há uma fórmula para a melhor forma de viver que não a coerência com nossas próprias convicções.

Todas as culturas e sociedades desenvolvem valores. Na sociedade capitalista, os bens materiais tendem a se tornar valores supremos em torno dos quais giram nossas escolhas e decisões. Porque o valor está no capital e no acúmulo de riquezas apequenam-se a honestidade, a solidariedade, a liberdade, entre outros que ao longo dos séculos se sedimentaram como valores universais inquestionáveis. Não se percebe que não houve a eliminação de um valor, mas sua substituição por outro: o interesse público deu lugar aos interesses pessoais que se deixam quase sempre levar pelo egoísmo. Invertem-se os valores e instala-se a crise!

CONCLUSÃO

A dificuldade está em quebrar o que foi aprendido com o capitalismo e mostrar que todos somos iguais, que temos objetivos diferentes, mas caminhos com dificuldades iguais. A este ponto, fica-nos um gosto amargo de desânimo. E o que fazer? A maior solução para a ascensão dos valores está na família, numa futura nação onde as pessoas de hoje devem quebrar o que está sendo priorizado como resolução da vida humana, do que se precisa para ser uma pessoa de sucesso e ter uma vida bem estruturada e ensinar a seus filhos o que realmente constrói uma nação, governo, uma politica onde todos possam viver em comunhão, ensinando a estabelecer critérios válidos para o acerto de suas decisões. A família deve lutar para ensinar que crise tem também o sentido da purificação. E é lá, na família, que pode começar o caminho de volta ao cultivo dos valores fundamentais. Ensinar que vale a pena ser honesto, que é saudável o sentimento de revolta contra o esbanjamento da coisa pública, da mentira de promessas hipócritas e, muitas vezes, criminosas. É inadiável ensinar com palavras e, sobretudo, exemplos que urge construir um mundo melhor, passando de uma ética relativista para uma ética comunitária e solidária. Podemos e devemos iniciar a marcha para um momento fecundo de renovação humanitária.

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