A MENSAGEM UNIVERSAL E PERPETUA DO LIVRO DE ECLESIASTES
Por: João Inácio • 16/11/2020 • Trabalho acadêmico • 1.070 Palavras (5 Páginas) • 250 Visualizações
A MENSAGEM UNIVERSAL E PERPETUA DO LIVRO DE ECLESIASTES
RESUMO
O presente trabalho proporciona uma breve analise do livro do Antigo Testamento de Eclesiastes que, para muitas pessoas e estudiosos consiste um livro de “enigma”. Um livro que continua, depois de pelo menos 2500 anos da sua composição, de excitar a fantasia e de provocar os círculos acadêmicos para a sua investigação demais. É um dos livros das Escrituras Sagradas que criou muitos questionamentos e perguntas em relação do seu conteúdo, da sua autoridade e inspiração, do seu autor e do seu propósito que foi escrito. Apesar de, que para muitos, o livro de Eclesiastes foi considerando como um livro que cria niilismo e pessimismo total, na época da pós-modernidade parece tão atual que, tem valor inestimável e pode responder nas questões do homem contemporâneo sobre o seu sentido da vida e da sua felicidade verdadeira. A pesquisa conta uma analise do livro de Eclesiastes, o seu panorama geral e seu contexto e a sua mensagem para os seus leitores. Finalmente a obra demonstra a sua importância e relevância, não só para o cristianismo, mas, para toda a humanidade, pois, a sua mensagem é diacrônica e universal.
INTRODUÇÃO
Eclesiastes é um livro pouco lido e menos pregado ainda na igreja e, isso tem a ver, não com sua complexidade e profundidade, a qual percorre em toda sabedoria, mas, por causa as suas idéias que em todo o livro aparecem pessimistas. A ênfase na vaidade das coisas e dos atos humanos, a inexistência de propósito e sentido da vida e a fraqueza do homem de dirigir o seu destino, fazem o livro de Eclesiastes muito “obscuro” e inadequado para o ensino da igreja. Todas as experiências que a vida proporciona ao ser humano são importantes. Todas as fases, todas as horas, todas as estações são oportunidades de desenvolvimento e de autoconhecimento. Ninguém possui a visão do todo sobre sua vida, pois só vemos o que está agora diante de nós. Perceber a conexão dos fatos e das estações na experiência pessoal e coletiva é o convite que faz o autor do livro. Eclesiastes é um livro muito diferente, porém seus temas são também dominantes sobre a estrutura ao transmitirem a teologia do livro e estão intimamente inter-relacionados. A autora sabe escolher a palavra certa, medida, constante e verdadeira para provocar no leitor a clareza que permitirá escolher o caminho a seguir e discernir as armadilhas que o cansaço pode nos levar. Um texto profundo, sábio e exigente, que sacode as certezas e questiona o sentido de tudo que vivemos.
Eclesiastes é um livro muito diferente, porém seus temas são também dominantes sobre a estrutura ao transmitirem a teologia do livro e estão intimamente inter-relacionados. Qohelet vê o homem como criação de Deus (Ec 12.1, 7) e como originalmente reto (7.29). O Pregador vê Deus como o doador de tudo o que é bom, inclusive da alegria, sabedoria, riquezas, honra e da vida em si (2.24, 26; 3.13; 5.18-19; 6.2; 8.15; 9.9); porém as obras de Deus são insondáveis (3.11; 7.13-14; 8.17; 11.5). Todavia, o pecado lançou a sombra da temporalidade sobre o mundo, enchendo-o de injustiça (3.16; 4.1; 5.8; 7.7; 8.11; 9.2) e morte (3.2; 7.2; 9.6, 10), transformando o trabalho em algo cansativo (1.13). Em um mundo assim, todo ganho é relativo, apesar da sabedoria ser vantajosa (2.13; 7.11-12). Deus espera que as pessoas o temam (3.14; 5.7; 7.18,26; 8.12-13; 12.13), que aceitem a parte delas (2.10; 3.22; 5.18-19; 9.9), e que desfrutem da vida (2.24-25; 3.12-13; 5.19-20; 8.15; 9.7-8; 11.8-10), enquanto conservam na mente o julgamento vindouro (3.15,17; 11.9; 12.14), pois no meio da temporalidade há também uma dimensão eterna (3.11, 14). De outra maneira, todos os esforços dos homens são meramente como “correr atrás do vento” (1.14, 17).
O CONTEXTO QUE FOI ESCRITO ECLESIASTES
Eclesiastes é o livro que foi discutido, sobre a sua autoria, aos ciclos acadêmicos, principalmente depois do século XVIΙ. A tradιção judaica e a igreja primitiva através dos seus escritores eclesiásticos concordam que, Salomão é o autor do livro. Isso demonstra desde começo o primeiro capitulo que, se apresenta como “Filho de Davi, rei em Jerusalém” e “eu Eclesiastes fui rei em Jerusalém” (Ec 1.1,12). Mas, essa afirmação não indica claramente que Salomão escreveu o livro. Como dizem HEATON e CARR (1989, p. 27), a frase “filho de Davi” poderia ser referida para qualquer descendente de Davi. Um certo Hatus, muitas gerações depois do rei, é descrito como “dos filhos de Davi” (Ed 8.2). Mas, nesse caso esse filho não é indicado como rei. A posição da autoria de Salomão, que era tão difundida no judaísmo como no cristianismo até o século XIX, hoje é rejeitada por muitos pesquisadores, estabelecendo-se quase um consenso de que não pode ter sido Salomão o autor do livro. Como escreveu CAMPOS (1991, p.99), atualmente todos os exegetas de certo renome concordam que se trata do recurso literário da "pseudo-epigrafia" e, a atribuição, à obra de um autor obscuro, do nome de uma personagem ilustre, seja para acrescentar mais peso e credibilidade, seja para seguir uma convenção em moda na época.
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