A Psicologia da Educação
Por: Johnny Gomes • 14/4/2017 • Trabalho acadêmico • 1.828 Palavras (8 Páginas) • 305 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo trazer a definição do que é a psicologia da educação de acordo com os principais teóricos, bem como refletir sobre a importância desse tema no contexto brasileiro, além de abordar o papel fundamental do professor como educador e participante na formação do caráter do aluno enquanto indivíduo e enquanto cidadão que está inserido na sociedade.
A psicologia da educação amplia a concepção da relação ensino-aprendizagem. Aprender é ir além de passar e obter informações, mas sim transformá-las em conhecimento, com isso o professor deve assumir o seu papel de construtor onde irá promover e incentivar o desenvolvimento das habilidades e competências, considerando a individualidade de cada aluno, sobre isso Paulo Freire diz: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
A metodologia utilizada para o desenvolvimento do estudo foi baseada em revisão bibliográfica, usando como descritores os termos psicologia da educação, Jean Piaget, psicologia da educação, Paulo Freire, Lev Vygotsky e Freud.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 O que é Psicologia da Educação
Situa-se o surgimento da Psicologia da Educação por volta de 1903, quando foi lançado o livro de Thorndike, o qual nomeou, pela primeira vez, esta área de estudos e lhe deu corpo doutrinário. Na edição de 1913 e 1914, Thorndike concluiu que todo conhecimento da psicologia que tivesse a possibilidade de ser quantificado podia ser aplicado à educação (GOULART, 2000 apud MOURA, 2008).
Coll (2004) apud Moura (2008) faz saber que:
A existência da psicologia da educação como uma área de conhecimento e de saberes teóricos e práticos claramente identificáveis [...] tem sua origem na crença de que a educação e o ensino podem melhorar sensivelmente com a utilização adequada dos conhecimentos psicológicos.
E ainda diz que: “a psicologia da educação a ocupar-se de praticamente qualquer tema ou aspecto relacionado à educação e a procurar resolver qualquer problemática educacional” (MOURA, 2008).
A Psicologia da Educação, portanto é um braço da psicologia que tem por objeto de estudo toda a problemática da educação, sob um olhar da psicologia, analisando as relações que se estabelecem entre educação e seu contexto, o meio onde se dá, os seus atores, e os métodos de construção do conhecimento.
2.1 O que diz alguns dos Principais Teóricos
São vários os teóricos da Psicologia da Educação, entretanto no destacam-se: Jean Piaget, Paulo Freire, Lev Vygotsky, Noam Chomsky e Freud, dos quais abaixo segue o quadro com suas principais ideias:
Teórico | Principais ideias |
Jean Piaget | Piaget defende que a educação deve basear-se no “aprender a aprender”, a educação deve abrir-se para o cotidiano, onde o meio irá proporcionar o desenvolvimento do aluno, seja brincando ou trabalhando, o professor é um colaborador que leva o aluno a refletir sobre suas pesquisas e chegar as suas próprias conclusões (TREVISO; ALMEIDA, 2014) |
Paulo Freire | Problematizar a realidade em que se vive, fazer pensar e criticar, construir assim conhecimento – esta é a pedagogia proposta por Paulo Freire, que faz relação direta com uma proposta que levanta novas perspectivas da Psicologia da Educação, pois busca através da vivência do profissional e das necessidades do meio em que se encontra produzir conhecimento, refletir de forma crítica para criar e proporcionar novos saberes. Respeitar o tempo do aluno, conhecer sua classe, e é importante que o professor tenha consciência da realidade em que está trabalhando para que o mesmo possa desenvolver uma boa atividade de acordo com o local onde está (FREIRE, 1996). |
Lev Vygotsky | Vygotsky diz que o processo de aprendizagem ocorre nas relações entre os indivíduos, e a relação pessoal de cada indivíduo com o mundo é mediada por outro, para a mediação acontecer em alguns casos é necessário o uso de instrumentos. Vygotsky também considera que as mudanças que cada pessoa passa tem sua embasamento na sociedade e na cultura (COSTA, 2013). |
Sigmund Freud | Freud contribuiu com a Psicologia da Educação de diversas formas, quando divide em fases o desenvolvimento humano em sua teoria da Psicanálise, explica os diversos estágios ativos que a criança passa durante os seus primeis cinco anos de vida, após estes primeiros anos há um período de latências, que acaba ao entrar na adolescência, onde novos estágios ativos novamente se iniciam conforme o adolescente entra na vida adulta. Freud diz que cada estágio dos cinco primeiros anos da criança é definido a partir dos modos de reações de uma parte do corpo (HALL, 2000). |
2.3 A importância da Psicologia da Educação na formação do Professor
Ao tratar sobre este importante tema, que é a psicologia da educação, não se pode limitar a atuação do profissional de psicologia em ambientes escolares, mas sim ter a ciência de que esse assunto envolve questões psicológicas de diversos cunhos, tais como, sociais e pedagógicos, onde a relação educador/educando, dá-se para além do objetivo de passar/adquirir informações, mas sim possibilitar a construção de novos conhecimentos.
Segundo, Loemblein et al [200-], é primordial que o educador compreenda seu papel nesse contexto, sabendo que para que o educador tenha essa compreensão se faz necessário que em sua formação acadêmica haja uma abordagem construtiva da importância da psicologia da educação, indo além de uma simples disciplina acadêmica, mas sim ferramenta no desenvolver de sua profissão.
A Psicologia da Educação é uma disciplina que se baseia nos fundamentos da formação pedagógica, busca compreender e explicar o que se passa no seio da situação de educação, portanto, muito importante para aqueles que desejam ser professores [...] A relação professor-aluno, motivação à aprendizagem, domínios, princípios, fatores da aprendizagem humana e também as teorias da aprendizagem são questões fundamentais ao futuro professor, as quais são abordadas pela Psicologia da Educação. Compreender o que se encontra escondido na formação docente é mais do que urgente, é nesse momento que o imaginário social torna-se tão importante e, talvez, possa ser a resposta para muitas das falhas desse processo, que parece tão perfeito teoricamente [...] é imprescindível iniciar as investigações das questões relacionadas à Psicologia da Educação tendo como base um novo paradigma, que traz à análise o universo simbólico, o universo imaginário instituído socialmente. O entendimento do imaginário social poderá oportunizar o conhecimento das imagens instituídas e instituintes em relação à psicologia, aprofundando a compreensão dos aspectos que fazem parte do contexto dos acadêmicos. (LOEMBLEIN et al, [200-])
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