JESUS E A MULHER

JESUS E A MULHER

BATISTA, PAULO ALVARO - RU 1403979

MOGI DAS CRUZES

No Antigo Testamento há vários relatos de mulheres exercendo forte liderança. No tempo de Jesus, a situação das mulheres era um pouco diferente. Para Luciano Gomes dos Santos, professor de cultura religiosa da Faculdade de Direito Padre Arnaldo Janssen, existe uma diferença quanto ao modo como a mulher é vista no Antigo e no Novo Testamento. “No contexto dos livros do Novo Testamento, o patriarcado sobressai, porém, no Antigo Testamento, a mulher exerce papéis fundamentais na caminhada do povo de Deus: esposa, mãe, profetisa e etc”, comenta Luciano. Na sociedade judaica do primeiro século a mulher era marginalizada pelo simples fato de ser mulher. A mulher vivia no silêncio e na obscuridade. Não era elencada como partícipe da sociedade. Ela só estava sujeita aos mandamentos da Lei. Dentro de uma cultura patriarcal machista, os Evangelhos, ao mesmo tempo em que denunciam situações de violência e opressão contra as mulheres, retratam em Jesus uma prática profundamente transformadora e corajosa, carregada de esperança, respeito e amor com as mulheres. No livro do discípulo João, capítulo 8 e versículos 3 e 4, vemos Jesus intervindo no julgamento da mulher Cananéia, apanhada em adultério pelos escribas e fariseus. Neste fato narrado, vemos que somente a mulher adúltera é trazida ao mestre para ser julgada. A lei exigia que o casal flagrado em adultério fossem apresentados e mortos. "Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera." (Lv 20:10). A pergunta é: “onde estava o homem que com ela cometeu tal pecado”. Contrariando as expectativas da época, Jesus interfere na ordem da sociedade patriarcal, restaura a dignidade da mulher e desperta a sua potencialidade. Várias mulheres como: Maria mãe de Jesus, Marta e Maria, irmãs de Lazaro e Maria Madalena, protagonizaram passagens que definiram o cristianismo, estiveram com Jesus nas pregações e não o abandonaram no calvário. As mulheres no tempo de Jesus e das primeiras comunidades cristãs já sofriam com a violência. Ainda hoje, um dos maiores problemas percebidos no âmbito das relações de gênero é a questão da violência contra a mulher, em especial a violência doméstica em suas várias formas. Em 1993, a ONU publicou a Declaração sobre a eliminação da violência contra as mulheres, que continha a seguinte definição sobre a violência contra a mulher: “qualquer ação ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado” (ONU, 1993, p. 3). A violência contra a mulher é assunto corrente e desenvolvem-se muitas teorias a respeito de sua origem. A Lei n.º 11.340, de 2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, é uma lei que visa proteger a mulher da violência doméstica e familiar. A lei ganhou este nome devido à luta da farmacêutica Maria da Penha para ver seu agressor condenado. Hoje em dia vemos as mulheres mais respeitadas e tratadas com igualdade perante o homem. A mulher está mais consciente, vai à luta, dá opinião e age com segurança frente as mais diversas situações.

REFERÊNCIAS

AS MULHERES DA VIDA DE JESUS. Disponível em <https://istoe.com.br/116637_AS+MULHERES+DA+VIDA+DE+JESUS+PARTE+1/>. Acesso em 10 mai. 18.

BÍBLIA DE ESTUDO THOMPSON. Almeida Edição Contemporânea Revisada, Editora Vida, 2ª edição, 2011.

JESUS E AS MULHERES: A MULHER NOS EVANGELHOS SINÓTICOS.

Disponível em <>. Acesso em 15 mai.18.

MULHER VISTA NO NOVO TESTAMENTO. Disponível em <https://www.altoastral.com.br/mulher-vista-novo-testamento/>. Acesso em: 20 mai. 18.

O PAPEL DAS MULHERES NO PRIMEIRO SÉCULO. Disponível em <http://prjoaquim.blogspot.com.br/2013/01/o-papel-das-mulheres-no-primeiro-seculo.html>. Acesso em: 22 mai.18.

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