Resenha Crítica Livro: Introdução ao Novo Testamento

Denis Bruno Cunha dos Santos – 3ºB

Evangelhos

RESENHA CRÍTICA

D.A. CARSON. Introdução ao Novo Testamento, Cap. 2 -5.

        O livro tem por objetivo tratar de questões históricas em relação a autoria, data, fontes, propósitos e destinatários de cada um dos livros do Novo Testamento. E ao fazerem isso. os autores optaram por não dar tanta atenção a forma literária, crítica retórica e paralelos históricos. Esses assuntos foram introduzidos. mas não receberam a mesma atenção que em outros livros com essa temática.

Cap. 2 – Mateus

        O Autor mostra com clareza que o Livro de Mateus fora escrito pelo próprio e que desde os tempos de Papías já era reconhecido como tal. O mais interessante ao meu ver neste capítulo é observar que as próprias fontes internas de que Matheus fora autor do Livro vão de encontro com as evidências externas: Ele era cobrador de impostos, O nome dele é confirmado como Levi. Sobre a confusão que leva ao questionamento do nome ser Mateus ou Levi (eram a mesma pessoa), Albright e Mann sustentam que havia levitas em número bem superior ao necessário para fazer funcionar as instalações do templo e que, por isso, muitos deles tinham de procurar emprego em outros lugares. Ao aceitar esse trabalho, o levita Mateus abriu mão do respeito de sua tribo e de sua raça, dentre os quais os mais rígidos seguidores consideravam os coletores de impostos não apenas como traidores (visto que indiretamente estavam servindo o desprezado Herodes).

Cap. 3 – Marcos

        O Livro de Marcos relata menos os ensinos de Jesus, mas relata as ações do mesmo. Nota-se isso pois os relatos mostram Jesus em constante movimento: curando, expulsando demônios, enfrentado adversários, instruindo os discípulos, etc...

        A curiosidade que me chamou mais a atenção neste capítulo foi a especulação de que o Livro de Marcos teria sido escrito na Itália e isso é defendido segundo algumas evidências: (1) o grande número de latinismos no evangelho;21 (2) a menção casual de Alexandre e Rufo, filhos de Simão de Cirene, dos quais pelo menos um pode ter tido contato com Marcos em Roma (ao escrever à igreja em Roma, Paulo menciona certo Rufo [16.13]); (3) o público aparentemente gentílico do evangelho; (4) as muitas alusões ao sofrimento, que seriam apropriadas caso o evangelho tenha sido escrito sob a sombra de perseguições à igreja em Roma; (5) o fato de que 1 Pedro 5.13 localiza Marcos em Roma junto com Pedro no início dos anos sessenta; e (6) a associação com um centro importante do começo do cristianismo, o que explicaria a rápida aceitação do evangelho.

Cap. 4 – Lucas

        O Livro de Lucas é o maior dos 4 evangelhos. O Autor é o próprio Lucas e isso é confirmado devido às evidências externas. Ele era natural de Antioquia e era Médico. O Livro de Lucas não pode ser separado do Livro de Atos dos Apóstolos pois é de mesma autoria.

        O que mais me chamou atenção neste livro fora a questão do destinatário. Considerando que o Evangelho de Lucas e o Livro dos Atos dos Apóstolos são complementos um do outro, eles são dirigidos a um “Teófilo”, e que este adjetivo relaciona-se a uma posição. pode ser de cortesia, mas no Novo Testamento é aplicado a dois governadores, Félix (At 24.3), e Festo (At 26.25). Contudo, o nome em si significa "aquele que ama a Deus", e alguns têm imaginado que Lucas esteja empregando o nome de modo simbólico, dessa forma dirigindo seu livro a pessoas piedosas de todos os lugares.

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