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A Analise Crash-No Limite

Por:   •  9/6/2021  •  Resenha  •  335 Palavras (2 Páginas)  •  216 Visualizações

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Crash - No Limite

A obra cinematográfica “Crash – No limite”, dirigida e roteirizada por Paul Haggis, apresenta ao telespectador uma trama ambientada em Los Angeles, nos Estados Unidos, cidade esta que abrange uma alta gama de diversidade cultural e étnica.

O filme gira em torno, basicamente, da história de sete personagens pertencentes a diferentes etnias e padrões sociais, que em diversos momentos têm as suas histórias entrelaçadas, gerando muitas vezes um contexto de preconceito exacerbante.

Partindo desta perspectiva, pode-se observar diversas temáticas relacionadas à cultura. Um tópico que pode ser citado, é a questão do etnocentrismo. Em um determinado momento do filme, o policial John Ryan, interpretado por Matt Dillon, dirige-se a um escritório para solicitar melhorias no tratamento de seu pai, que não está apresentando eficácia. A recepcionista que o atende é negra, e o policial aproveita da situação para insultá-la, mencionando que ela está ocupando o lugar de brancos, e que estes estariam executando o trabalho com maior eficiência.

Neste momento, o etnocentrismo encontra-se no fato de que John, utilizando como parâmetros o seu grupo social, atribui incapacidade à recepcionista em decorrência de ela possuir características étnicas diferentes das suas.

Outro quesito a ser pontuado refere-se ao relativismo cultural. Essa questão é evidenciada, por exemplo, no momento em que Anthony (um ladrão de carros interpretado pelo ator e rapper Christopher Brian) apesar de possuir grande preconceito com pessoas brancas e de outras etnias, ao roubar uma van com chineses traficados presos em seu interior, opta por libertá-los ao invés de vender os indivíduos para seu chefe, praticando desta maneira, um ato de solidariedade social.

O filme “Crash - No Limite” possibilita que realizemos uma grande reflexão acerca das relações sociais citadas. O realismo que o longa apresenta em diversos momentos faz com que o espectador sinta os acontecimentos fictícios como se fossem reais. Esse poder que o cinema possui de fazer "vivenciar" diferentes situações, promovendo o ato de refletir, reafirma a importância que as obras cinematográficas possuem em relação ao engajamento e preocupação social.

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