Filme "Crash - no limite"

RESENHA FILME – CRASH NO LIMITE

O filme tem como assunto principal o preconceito e a discriminação. É contada a história de personagens de diferentes nacionalidades, culturas e etnias que formam a sociedade estadunidense. Num determinado momento as histórias acabam se entrelaçando, daí vem o nome Crash, o som que se dá ao choque/baque entre as diferentes culturas.  

Logo no início, o filme exibiu a discussão de uma asiática com uma mexicana onde começaram a se ofender insultando as origens uma da outra. Seguidamente aparece o caso em que um casal bem sucedido é assaltado por dois negros, que até então acharam que só pela mulher ter dado o braço ao seu esposo ela estava se sentindo afrontada com a presença deles. Sendo assim eles reagem ao preconceito com o próprio crime.

Com uma cena bastante perturbadora, ao buscarem pelo carro furtado do casal bem sucedido, a polícia acaba abordando um casal de negros, onde o policial chefe utilizou da sua soberania para aproveitar-se da mulher e desmerecer o casal por terem uma renda “igualada” aos brancos. Num outro momento este mesmo policial não deixou que sua ética individual interferisse no seu papel de cidadão ao salvar a vida da mulher na qual ele tinha abusado e demonstrado preconceito anteriormente.  

Havia outro policial no qual não aceitava como seus colegas de trabalho tratavam os negros, porém houve uma situação na qual afetou a sua ética individual. Ao dar carona para um dos assaltantes do casal bem sucedido, ele teve uma interpretação errada de um gesto, quando o negro tenta retirar algo de dentro da sua blusa, o policial atira em legítima defesa e livra-se do corpo, moralmente condenável.

Voltando ao casal bem sucedido, depois do assalto decidiram trocar as fechaduras da sua residência, quando a mulher se depara com o mexicano tatuado, careca, de calças largas fazendo o serviço da troca de fechaduras, ela o discrimina. Num momento de nervoso, acaba por ofender também sua empregada. No final do filme ela cai das escadas e a única pessoa que a ajuda é a empregada. O filme mostra exatamente a realidade do cotidiano do mundo globalizado. Independente de cor, religião, nacionalidade, entre outras tantas diferenças, na hora do socorro somos todos iguais e capazes de ajudar uns aos outros.  

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