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A EXTENÇÃO RURAL

Por:   •  7/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  933 Palavras (4 Páginas)  •  324 Visualizações

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Agroecologia e extensão rural: do difusionismo tecnológico à agroecologia.

As questões agrarias no brasil e o conceito de desenvolvimento são confundidos  com a história da extensão rural brasileira que foi utilizada para difundir as tecnologias dos pacotes vindos da revolução verde.

No Brasil, pode-se dizer que a extensão, de forma institucionalizada, chegou por volta de 1930 com a Semana do Fazendeiro, realizada pela Escola Superior de Agricultura de Viçosa – ESAV, atualmente Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais.  Na década de 1940, teve sequencia com a Semana dos Ruralistas, que teve o apoio da cooperação entre o Ministério da Agricultura e as Secretarias Estaduais de Agricultura. No entanto foi em 1948 em Santa Rita de Passo a Quatro, interior de São Paulo, a primeira experiência extensionista de campo válida. O serviço abrangia assuntos de agropecuária e economia doméstica e tinha por objetivo aumentar a produção, a produtividade e a renda das famílias rurais, garantindo-lhes um melhor nível de vida.

O modelo implantado no Brasil, a exemplo do que aconteceu na matriz (Estados Unidos da América), que lhe deu origem, surge no pós-guerra, como resposta do Estado a uma exigência da expansão inicial do capitalismo no campo. A indústria brasileira, que foi implantada em de 1930, necessitava expandir o  setor rural, mas encontrava um obstáculo no que era considerado a fazenda tradicional.

A dinâmica dos processos dos modelos clássicos e difusionistas da extensão rural que Foi implantado aqui não foi fruto de reivindicações dos agricultores, mas do consentimento por parte das classes detentoras do poder, que interessadas em tirar maiores lucros do setor agrícola e incentivou a elaboração de esquemas mais sofisticados em termos de difusão, através dos líderes das comunidades rurais onde tomava corpo junto aos médios produtores e já começava excluir o pequeno.

Com a crise econômica dar-se um novo direcionamento a extensão, que passa a enfrentar uma crise interna. Paulo Freire fez uma critica ao acontecido em seu Livro Comunicação ou Extensão? , o livro de Freire (2001) diz que a extensão pretende substituir uma forma de conhecimento por outra, realizando assim uma “invasão cultural”. Como outras práticas educativas, a prática da extensão era “bancária”, ou seja, buscava depositar conhecimento de forma vertical e “antidialógica”.

A partir dai passasse a discutir a atuação da extensão. Observa-se que ela só tornou-se eficaz para uma minoria de produtores com base na monocultura, no uso intensivo de insumos e máquinas, e voltada para um mercado de exportação, para a maioria da população camponesa, entretanto, permanecia à margem dos benefícios propagados pelas políticas de extensão e cada vez mais vulneráveis ao assalariamento.

Obviamente que o repensar da extensão rural leva um embate entre os que estão Convencidos  nas suas convicções difusionistas e aqueles que têm a percepção da necessidade de mudanças para garantir uma prática mais democrática de extensão. Agora, o apoio dos extensionistas vem não para trazer novos saberes nem para iluminar os caminhos como era praxe, “mas para ajudar na construção das condições de auto-reflexão que permitirá a retomada da consciência de si e a construção coletiva”

O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA constrói o Plano Nacional de Assistência Técnica e  Extensão Rural (PNATER), no qual os serviços públicos de ATER devem ser executados mediante o uso de metodologias participativas. O PNATER nasce a partir da análise crítica dos resultados negativos da Revolução Verde e dos problemas já evidenciados pelos estudos dos modelos convencionais de ATER baseados no difusionismo.

O plano nacional de ATER, é uma politica que consiste em contribuir para uma ação institucional capaz de fundar estratégias de desenvolvimento rural sustentável, estimulando a criação de renda e de novos postos de trabalho, desenvolvendo  atividades agrícolas produtivas voltadas á oferta de alimentos sadios, apoiando estratégias de comercialização, estimulo a agroindustrialização e outras formas de agregação de renda a produção do pequeno agricultor, pretende que seja estabelecida de forma sistêmica, articulando recursos humanos e financeiros a partir de parcerias eficazes e comprometidas com o desenvolvimento da agricultura familiar.

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