A Queda Livre
Por: Barbara Saraiva • 12/5/2021 • Relatório de pesquisa • 1.196 Palavras (5 Páginas) • 196 Visualizações
[pic 1]
[pic 2]
Resumo
Neste trabalho prático determinou-se e verificou-se experimentalmente a validade da lei da queda dos graves e o valor local da aceleração da gravidade utilizando-se um relógio eletrónico associado a um prato interruptor com um disparador mecânico.
Fundamento Teórico
Dos diversos movimentos que podemos observar na natureza, sempre houve interesse no estudo do movimento de queda livre dos corpos próximos à superfície terrestre. Ao largarmos um corpo de uma certa altura () podemos notar que a sua velocidade aumenta em função do tempo, a partir de uma velocidade inicial igual a zero, sendo, portanto, um movimento acelerado.[pic 3]
Desprezando a resistência do ar, os corpos caem com a mesma aceleração independentemente da sua massa. O movimento de queda livre dos corpos próximos à superfície da Terra pode ser descrito pela equação para um movimento uniformemente acelerado (aceleração constante) dada por:[pic 4]
(1)[pic 5]
onde e são a posição e velocidade iniciais (t = 0) do movimento e escrevemos tomando um referencial vertical com sentido positivo para baixo. Com essa convenção para a aceleração tem sentido positivo, o que resulta no sinal positivo no termo quadrático em t.[pic 6][pic 7][pic 8][pic 9][pic 10]
As características desse movimento foram objeto de estudo desde os tempos remotos.
Considere-se uma esfera metálica de massa que é largada na vertical de uma altura inicial . Quando se despreza o efeito da resistência do ar e da impulsão no movimento de queda da esfera, a única força que sobre ela atua é o seu peso. As leis de Newton do movimento permitem escrever a equação diferencial que relaciona a distância percorrida a partir do ponto de largada, , com o tempo necessário para a queda, t. [pic 11][pic 12][pic 13]
Sendo a queda livre um movimento vertical, a distância, , vai coincidir com o comprimento da queda, , e, por isso, pode deduzir-se a equação em função da altura:[pic 14][pic 15]
(2)[pic 16]
cuja solução, quando a esfera parte sem velocidade inicial, é: [pic 17]
(3)[pic 18]
Na equação, representa a aceleração gravítica, ou seja, a aceleração com que se dá o movimento de queda de um corpo sujeito unicamente à ação do campo gravítico. O valor de é uma característica do campo gravítico, não depende do corpo que se movimenta, variando de ponto para ponto sobre a superfície terrestre. O valor aceite para 45o de latitude e ao nível do mar é de[pic 19][pic 20]
= 9.80665 ms−2.[pic 21]
Neste procedimento experimental foi verificada a validade da equação (3) e determinada a aceleração gravitacional () local. [pic 22]
Foi estabelecido um percurso para uma esfera metálica e monitorizados os tempos de queda. Para isso usou-se a montagem experimental mostrada na figura 2. [pic 23]
Foi utilizado um relógio eletrónico associado a um prato interruptor com um disparador mecânico para acionar o cronómetro. A localização inicial da esfera foi ajustada através de uma régua milimétrica (= ±0,5mm). A monitorização do tempo de queda teve início quando o disparador mecânico, o qual prende a esfera, foi acionado.[pic 24]
Para calcular o valor médio do tempo, a forma de expressão da grandeza faz-se por meio da média dos valores mensurados num conjunto de medidas, e é dada por: [pic 25][pic 26][pic 27]
[pic 28]
[pic 29]
[pic 30][pic 31]
Material utilizado
- Esfera metálica, relógio eletrónico, régua graduada, craveira, disparador mecânico, prato-interruptor, bases e suportes e fios de ligação.
Procedimento
1. Determinou-se a altura de queda mínima, que é a menor altura onde a esfera ainda faz atuar o prato interruptor;
2. Determinou-se a altura de queda máxima, afastando o suporte de largada da esfera do prato-interruptor;
3. Deixou-se cair a esfera 10 vezes. De cada vez o relógio mediu automaticamente o tempo associado ao movimento de queda. Repetiu-se o procedimento anterior até obter um total de 10 alturas diferentes igualmente espaçadas entre a altura máxima e a mínima;
Altura(m) | t4(s) | t5(s) | t6(s) | t7(s) |
0,095 | 0,139556 | 0,139762 | 0,139643 | 0,139766 |
0,195 | 0,199526 | 0,199579 | 0,19941 | 0,199534 |
0,297 | 0,246372 | 0,246175 | 0,246071 | 0,246071 |
0,391 | 0,282764 | 0,282703 | 0,282673 | 0,282489 |
0,502 | 0,319895 | 0,32013 | 0,320153 | 0,320006 |
0,594 | 0,348283 | 0,348179 | 0,348313 | 0,347973 |
0,703 | 0,378855 | 0,378953 | 0,378653 | 0,378764 |
0,805 | 0,405482 | 0,405236 | 0,405415 | 0,405313 |
0,902 | 0,428979 | 0,429236 | 0,429235 | 0,428963 |
0,99 | 0,449397 | 0,44962 | 0,449708 | 0,44941 |
4. Construiu-se uma folha de cálculo com entradas para os valores de , para o valor médio de t e para t2, este último necessário à linearização do gráfico. Indicou-se também as incertezas associadas a cada uma destas grandezas; [pic 32]
...