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A inter, a Multi e Transdisciplinaridade do Ensino da Educação Socioambiental

Por:   •  8/4/2019  •  Artigo  •  7.952 Palavras (32 Páginas)  •  253 Visualizações

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A Inter, a Trans e Multidisciplinaridade da Educação Socioambiental: Uma discussão pedagógica sobre a ótica das Ciências Biológicas e o Pensamento Geográfico.

Inter, the Trans and Multidisciplinary of Environmental Education: A Discussion About pedagogical perspective of Biological Sciences and Geographical Thought

Glaciene Januário Hottis Lyra[1] 

Hudson Giovanni Nunes Soares[2]

RESUMO

Está em evidência discutir ações que possam trazer soluções para problemas com a adaptação do homem no meio ambiente. Norteando-se com os ensinamentos da Geografia Crítica, com suas novas visões acadêmicas e filosóficas, que adquiriu ares analíticos e não somente descritivos, o presente artigo busca compreender esta demanda social do alunato sobre suas visões de meio ambiente. O profissional da educação precisa estar preparado para esse novo perfil do aluno, que busca a compreensão de como se dá a adaptação do homem em seu próprio impacto, e principalmente compreender quais os impactos ecológicos e sociais que esta adaptação pode trazer. Sobre esse olhar, esse trabalho, vê na Educação Socioambiental através de sua Inter, Trans e Multidisciplinaridade podem acrescentar e enriquecer o ensino de Geografia e de ciências no Ensino Fundamental II.

Palavras-chave: Geografia, Ciências, Interdisciplinaridade, Transdisciplinaridade, Multidisciplinaridade.

ABSTRACT

Is evidence discuss actions that can bring solutions to problems with the adaptation of man on the environment. Guiding it with the teachings of Critical Geography, with its new academic and philosophical views, which acquired analytical and not merely descriptive airs, this article seeks to understand this demand the new teacher who needs a holistic perception. This professional education need to be prepared for the new social demand, which seeks to understand how is the adaptation of man in his own impact, and mostly understand which ecological and social impacts that this adaptation can bring. From this viewpoint the present study, drawn from the experience of a Graduate Degree in Geography who serves as professor and graduate in BSc in Biological Sciences, aims to understand how the formation of the Environmental Educator using interdisciplinary teaching of Geography and science as the guiding element of this research.

Keywords: Environmental Education, Geography, Sciences, Interdisciplinary.

  1. Introdução

O Educador Socioambiental não é somente o fomentador da preservação ambiental e ecológica do espaço natural, mas também um profissional que busca incentivar o desenvolvimento sustentável regional para assim garantir o desenvolvimento humano, econômico, social, cultural e infraestrutural de uma região. Assim, este é um profissional que viabiliza meios que possamos compreender o espaço a fim de buscar diminuição do impacto ambiental causado pelas ações antrópicas no solo, à água e ao ar, e assim fomentar o desenvolvimento econômico e o resgate sociocultural dos atores deste espaço.

O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica embasada na experiência de um professor de Geografia do Ensino Fundamental e Médio de redes publicas e privada, matriculado na segunda graduação em Ciências Biológicas, a fim de compreender a dinâmica da ecologia em concordância com os conceitos de ambientalismo.

Para tal, é necessário hoje em dia que se haja uma cooperação entre as disciplinas, para que a sala de aula torne-se um mecanismo na busca de mobilizar o alunato na sensibilização da educação ambiental como meio de fomentar o equilíbrio ecológico e ambiental.

De acordo com as Orientações Curriculares (2007) O diálogo entre áreas de conhecimento pode ser feito por meio de modalidades como os projetos interdisciplinares.

  1. O surgimento do movimento ambientalista

A década de 1970 foi marcada no cenário político por uma série de movimentos sociais, dentre os quais o ecológico. Percebemos que o movimento operário ganhou certo destaque uma vez que este constituía o eixo em torno do qual se fazia critica teórica e prática da ordem instituída, e o capitalismo que aos olhos dos trabalhadores, seria a causa de todos os males e divisões sociais entre os homens,

“No Brasil o movimento ecológico emerge na década de 1970 em um contexto muito especifico. Vivia-se sob uma ditadura que se abateu de maneira cruel sobre diversos movimentos como o sindical e o estudantil”. (GONÇALVES, 2011, p. 13)

Durante os anos de 1970 tivemos um momento político no Brasil e na América Latina, marcado pela luta pela democracia e contra os governos autoritários. A influência da nova esquerda e da contracultura entrar em destaque nesse cenário, em momentos diferentes.  

Interpretando o cenário político da época, vemos que nesse período de redemocratização da política nacional, movimentos e grupos aparecem no cenário sociopolítico nacional, onde reivindicavam leis que garantissem a manutenção e preservação do meio ambiente, uma vez que nossas leis se encontravam não cumpridas e/ou defasadas.

No entanto, muitos dos participantes desses movimentos não tinham como foco a preservação ambiental ou a proteção à natureza. No calor desses movimentos sindicais e sociais, muitos estavam apenas apoiando a redemocratização do Brasil, sem especificar diretamente sua causa foco. Gonçalves afirma isso ao dizer que No entanto, nem sempre as pessoas que se mobilizam em torno dessas questões o fazem enquanto movimento ecológico. (2011, p. 13).

Compreendemos então que os movimentos ecológicos e ambientalistas, tanto como os demais movimentos sociais, surgem na busca de atender as demandas sindicais da sociedade que se cansa de não perceber sua participação ativa e direta nas decisões tomadas pelos governos e sistemas econômicos impostos ao povo, onde o meio, social, cultural e natural é lesado sem que o povo seja questionado se isso seria permitido ou não.

O espaço materializa são diferentes dos espaço/tempo sociais; sua gênese e evolução constituem o objeto da geografia. A natureza é histórica enquanto discurso(s), enquanto percepção pelo conhecimento humano, que logicamente varia no tempo e no espaço. (VESENTINI, 1995, p. 1).

Sobre o ensino de ecologia, nas aulas de ciências é preciso cientificar a metodologia, a fim de fazer com que o aluno do Ensino Fundamental II perceba que a ciência e a sala de aula são parceiras. O uso da Ecologia, principalmente no ensino de ciências do 6º ao 9º anos, deve ser uma discussão constante entre os professores. Como afirma Simões & Simões, ao nos expor que,

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