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Ficha De Leitura Até Que Ponto Nos Comunicamos

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Por:   •  1/10/2014  •  1.983 Palavras (8 Páginas)  •  724 Visualizações

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7 “’Não dá pra não comunicar.’ Viver é estar comunicando, emitindo sinais, demonstrando participar do mundo.”

8 “Em verdade, a sociedade da comunicação é uma sociedade em que a comunicação real vai ficando cada vez mais rara, remota, difícil e vive-se na ilusão da comunicação, na encenação de uma comunicação que, de fato, jamais se realiza em plenitude”

10 (a intenção desse livro é defender a tese de que) “não nos comunicamos ou de que nos comunicamos, em verdade, muito pouco e em raras ocasiões”

10 “a comunicação é uma farsa, um equívoco, um jogo que mais ilude do que realiza aquilo a que se pretende”

12 “o amor evidencia o desespero da incomunicabilidade e, quando a dualidade se transforma em unidade, quando o outro não está em outro lugar a não ser aqui onde estou, quando ele não excede mais minha compreensão, então não há mais comunicação no amor.”

15 “Comunicação é antes um processo, um acontecimento, um encontro feliz, o momento mágico entre duas intencionalidades, que se produz no ‘atrito dos corpos’; ela vem da criação de um ambiente comum em que os dois lados participam e extraem de sua participação algo novo, inesperado, que não estava em nenhum deles, e que altera o estatuto anterior de ambos, apesar de as diferenças individuais se manterem.”

16 “Comunicação tampouco é instrumento, mas, acima de tudo, uma relação entre mim e o outro ou os demais. Por isso, ela não se reduz à linguagem, menos ainda à linguagem estruturada e codificada numa língua.”

19 “(1) não há critério absoluto para determinar o ser e o não-ser, o verdadeiro e o falso; o único critério é o próprio homem: “tal como cada coisa aparece para mim, tal ela é para mim” (Protágoras); (2) o ser não existe, se existisse não poderia ser conhecido, se o fosse não seria comunicável (Górgias); (3) a verdade é o que está de acordo com a natureza, e a opinião é aquilo que concorda com a lei positiva; a primeira é a base da ética e do igualitarismo, e segunda, das discriminações entre os homens (Hípias, Antifonte).”

20-21 “No epicurismo, o homem, com suas emoções e dores, toma o lugar do cidadão, atuante na esfera da política e da vida civil. Ele tem sensações e opiniões. As primeiras são sempre verdadeiras, surgem do impacto de fluxos provenientes dos objetos sobre nossos sentidos, que são, em princípio, passivos. As sensações criam imagens que podem adaptar-se a objetos semelhantes e, assim, antecipar a característica das coisas antes que elas aconteçam, ou representá-las quando elas não estão lá; já as segundas não são “evidências imediatas”, mas produto do raciocínio, portanto, passíveis de erro. (Epicuro).”

24-25 “Unívoco, é um ser ainda como ‘recipiente’, sem que nada lhe tenha sido acrescentado. Homem e Deus são unívocos, mas a diferença é que o modo de um é finito, do outro, infinito. (...) Revaloriza-se, assim, o conceito de pessoa, que não pode ser subordinada ao universal da espécie, pois sua unicidade não é apenas ‘parte de um todo’, mas um todo”.

25 “O nominalismo, que surge daí, será base para as ciências modernas. Segundo ele, o mundo não é uno, é contingente e se constitui por um ‘conjunto de indivíduos’, exigindo, então, múltiplas hipóteses explicativas.”

29 “Suas regras do método para se chegar à verdade prescreviam, antes de

mais nada, destruir as certezas provisórias, e a dúvida radical ordenava, para que se chegasse ao sujeito e à sua liberdade, que se pusesse abaixo todo o conhecimento adquirido. Mas isso o faz pressentir que tudo começa a trepidar: a realidade do mundo externo é duvidosa, nossos sentidos nos enganam, ‘e o único de que ainda tenho certeza é que estou pensando nesse

momento’. [...] Duvidar é a única prova de sua existência [do homem]: duvido, logo existo; mesmo sendo enganado, se sou enganado, isso prova exatamente que existo. A certeza, portanto, já não está mais em Deus, mas no homem, é a autonomia do eu que se inicia aqui.”

30 “Leibniz advoga, diferente de Descartes, que as coisas não estão no mundo simplesmente como ‘coisas extensas’, mas entre elas há a ação de forças. Cada ser vivo tem em seu interior uma força que o faz agir”.

33 “Kant, diante da crise da metafísica, busca um novo caminho para romper a finitude e encontrar novamente o absoluto, agora pelo lado da moral”.

35 “A preocupação de Hegel em sua época é que Deus parece ter morrido, a Igreja e as religiões, fracasso, no sentido de ‘realizar’ o Espírito Absoluto, cabendo, então, ao Estado realizar na terra o Absoluto, ou, como ele diz, oferecer a ‘identidade do real com o racional’, a unidade essência/existência, interior/exterior”

37 “Nietzsche empreende a crítica mais radical a toda a filosofia que o precedeu desde Platão. [...] em seu momento atual (final do século XIX), exclui-se a idéia de verdade e, com ela, a das aparências. É o ponto mais alto da humanidade, diz ele. Fim da metafísica (da pesquisa das verdades últimas), tudo não passa de interpretação”.

38 “O homem não é nada, não possui nada, o móvel de suas ações é apenas a vontade de poder.”

38 “Se a religião em Nietzsche era danosa ao homem, em Freud provocava todo o mal-estar na cultura. Freud busca dar cientificidade ao projeto intelectual, encarando o corpo como um sistema energético, que opera conforme a 1ª lei da termodinâmica (num sistema não há perda de energia) tendo o homem como energia a libido.”

41 “as idéias verdadeiras são aquelas cujos efeitos são comprovados pela ocorrência prática, pelo êxito, que, contudo, nunca é definitivo.”

41 “as tendências da filosofia da linguagem procuraram “depurar” a linguagem de todos os atributos históricos, culturais e sociais, vendo-a como uma coisa. Bertrand Russell tenta com isso retomar o elo perdido do empirismo inglês ignorando todo o desenvolvimento do idealismo de Descartes a Kant”

43 “há pouca liberdade de ação efetiva das pessoas. O homem descobre seus condicionamentos e dos seus intransponíveis obstáculos, pois se encontram no plano coletivo do inconsciente. Os seres não mais existem, apenas relações entre eles.”

47 “os sentidos humanos e também as opiniões dos homens detêm-se na aparência das coisas e que para se chegar à verdade seria preciso captar, além dos sentidos, a inteligência que governa todas as coisas”

48 “Em relação à comunicação, Heráclito dizia que os sentidos humanos

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