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Mulheres E Tráfico De Drogas

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Por:   •  1/9/2014  •  354 Palavras (2 Páginas)  •  329 Visualizações

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O presente artigo tem como objetivo abordar temas relacionados com as mulheres no tráfico de drogas. Atualmente a estatística revela que cada vez mais, o percentual de mulheres no tráfico de drogas aumenta no Brasil, assim, neste sentido, analisaremos quais são os fatores determinantes para estas mudanças. Fatores estes, relacionados à educação e sistema penitenciário no Brasil. Verificando também, quais são os meios eficazes de prevenção e o que facilita a participação da mulher em delitos que envolvem o tráfico de drogas.

Palavras-chave: mulher – drogas – prisão – educação.

A questão da participação feminina no tráfico de drogas traz vários aspectos e questionamentos, pois envolve diversos fatores. O mais evidente é que a mulher entra neste meio, através do seu namorado, marido ou “parceiro”, nos quais os mesmos impulsionam elas ao tráfico. A cada ano o percentual das mulheres no tráfico aumenta, dados oficiais demonstram que o tráfico é o crime em que as mulheres têm mais condenação, seguido por roubo e furto. De acordo com dados do Departamento Nacional Penitenciário (DEPEN-MJ), em 2010 o Brasil apresentava 21.770 presas (sendo 11.867 no regime fechado e 9.903 em prisão provisória). Já em 2011 o número passou para 23.045 (sendo 12.945 presas em regime fechado e 10.100 em prisão provisória). As principais condenações das mulheres nesse período foram por tráfico. Além destas pesquisas, as funções no tráfico desempenhadas pelas mulheres normalmente se dividem em várias atividades, algumas podendo ser distribuidora, cúmplice, “mula”, caixa, entre outras. Ressalta-se que este tipo de crime é reconhecido como uma atividade masculina, assim, participar dele dá às mulheres traficantes a possibilidade de se distinguir de outras mulheres. Segundo autoras como Barcinski (2009a; 2009b), Faria (2008) e Moura (2007):

A maioria dos discursos de gestores da segurança pública e assim como das pesquisas acadêmicas, ainda restringem o envolvimento de mulheres no tráfico de drogas a posições marginais e secundárias, associadas à expressão de insanidade, “desvio” de comportamento (claramente associado a atribuições masculinas), desespero, prostituição e, principalmente, vínculos afetivo-conjugais com parceiros que cometem crimes, sendo esses, geralmente, os líderes da transação e elas apenas “mulas”, “burros de carga”, “vapor”, meios de transporte (mula) de drogas.

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