O Grilo de Pinóquio Entra em Cena
Por: deborap_06 • 13/11/2020 • Ensaio • 1.148 Palavras (5 Páginas) • 489 Visualizações
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A Consciência
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Disciplina: Filosofia Trabalho realizado por:
Professor: José Manuel Nunes Débora Pombo-Nº4/10ºB
Introdução
Este ensaio filosófico trata-se de uma apreciação crítica do capítulo VI, denominado de “O Grilo de Pinóquio Entra em Cena”, da obra “Ética para um Jovem” de Fernando Savater, no âmbito da disciplina de filosofia.
Fernando Savater é um escritor e professor de filosofia espanhol, nascido a 1 de junho em 1947 que, em 1993 publicou a obra “Ética para um Jovem”. Este livro explica através de uma linguagem clara, profunda e divertida, do que se trata a Ética e de como a podemos aplicar ao nosso dia-a-dia, com o objetivo de vivermos a vida da melhor maneira possível connosco e com os outros.
Neste trabalho vão ser abordados vários assuntos como a imbecilidade moral, o egoísmo, os remorsos, a responsabilidade, a liberdade (de escolha) e as suas consequências, e a consciência.
“Sabes qual é a única obrigação que temos nesta vida?”. Esta questão inicia o capítulo, sendo a resposta, não sermos imbecis. Mas o que é isto de ser imbecil?
Segundo Fernando Savater, um imbecil é uma pessoa que precisa de um bastão ou de uma bengala para andar, não por coxear dos pés como um idoso, mas sim por coxear do espírito: um imbecil é alguém que é fraco de espírito.
Fernando Savater diz que há vários tipos de imbecis:
- o que acredita que não quer nada, e que para ele é tudo igual;
- o que acredita que quer tudo, que quer a primeira coisa que lhe aparece e ao mesmo tempo quer o contrário dessa mesma coisa (ex: quer dormir mas também quer ficar acordado, quer dançar e quer ficar sentado, etc);
- o que não sabe o que quer e que nem se dá ao trabalho de averiguar, ou seja, faz por fazer, não faz porque sim…;
- o que sabe que quer e sabe o que quer, mas quer pouco, com medo ou sem força. Acaba por fazer o que não quer e deixar o que quer para amanhã;
- e por fim, o que quer com força e ferocidade, mas que se enganou a si próprio sobre o que é a realidade.
O autor avisa-nos que todos nós temos sinais de imbecilidade. No entanto, ele não se refere à imbecilidade de ser imbecil (ser tonto, saber poucas coisas, etc), mas sim à imbecilidade moral. “Uma pessoa pode ser imbecil para as matemáticas e não o ser para a moral”.
O oposto de ser-se moralmente imbecil é ter-se consciência. Mas o que é a consciência?
A consciência é a capacidade que temos de julgar os nossos atos, o que é certo e errado do ponto de vista moral.
Na minha opinião, ter consciência é saber que se é livre e consequentemente que somos responsáveis. É, em vez de fugirmos, aceitarmos e tomarmos responsabilidade pelas consequências das nossas ações, das nossas decisões. Pois se não queremos ser imbecis morais temos que optar pela consciência.
Fernando Savater relaciona a imbecilidade moral com o egoísmo. Coloca-nos a questão se é possível ser egoísta sem se ser imbecil. A resposta é: sim. Aquele que é egoísta sem ser imbecil é aquele que quer a melhor parte para si.
Deveríamos chamar egoísta apenas àquele que sabe o que é melhor para ele e se esforça para adquiri-lo, ao contrário daquele que se entrega a tudo o que lhe causa mal e que pensa ser egoísta mas não o é. Esse sim, é imbecil.
Chamamos egoísta a quem só pensa em si próprio e não se preocupa com os outros e com o que lhes acontece. Apesar do egoísmo ter este significado negativo, penso que também poderá ter outro significado, um significado positivo, que podemos atribuir quando somos egoístas com nós próprios. Exemplo: eu sou egoísta comigo mesma quando me esforço ao máximo para conseguir o que quero, como quando quero ter uma vida boa e para isso tenho que me esforçar para tirar boas notas.
Com o egoísmo pode vir a culpa, o arrependimento e os remorsos.
Temos remorsos quando agimos mal e estamos conscientes disso, e por isso sentimos arrependimento e sentimo-nos mal com nós próprios.
A meu ver, só um “egoísta positivo” ou um egoísta com consciência pode sentir remorsos. Por vezes não pensamos antes de agirmos e temos certas atitudes que podem magoar os outros, mas depois de refletirmos sobre como agimos, temos remorsos, pois não era nossa intenção magoar os outros.
Os remorsos são uma consequência da nossa liberdade, pois se somos livres, somos nós que decidimos como agimos e por isso, somos responsáveis. Por sua vez, se somos responsáveis, temos que acartar com as consequências dos nossos atos e, consequentemente sentir remorsos.
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