O Vazamento de petróleo em Cubatão
Por: Giovana Filócomo • 18/4/2018 • Seminário • 644 Palavras (3 Páginas) • 380 Visualizações
Seminário – Eixo Ciências da Natureza
Vazamento de Petróleo em Cubatão
Onde e quando ocorreu:
Foi o vazamento de um oleoduto da Petrobrás que causou um trágico incêndio na Vila Socó, um bairro operário de Cubatão, mais conhecido como uma favela. Ocorreu no dia 24 de Fevereiro de 1984
- O município de Cubatão está localizado no Estado de São Paulo, está situado a 60 km de capital São Paulo, e a 20 Km da cidade portuária Santos.
- Essa favela era formada por barracos sustentados por palafitas no manguezal. A gasolina vazada se espalhou sobre a água e uma faísca de fogo incendiou as casas dessa vila. O incêndio ocorreu por volta de 1hora da manhã, num sábado, enquanto 1.200 famílias dormiam em seus barracos de madeira.
Número de mortes:
Apesar do número oficial de mortos registrados oficialmente na época da ditadura militar ser de 93, fontes extraoficiais divulgam um número total de 508 vítimas fatais. Esses números podem ser baseados no numero de alunos que deixaram de frequentar escolas, sendo que 300 crianças matriculadas apenas 60 voltaram a escola, e mortes de famílias inteiras, não sobrando ninguém para reclamar seus corpos. Foram dezenas de feridos e a destruição parcial da vila (mais de 500 barracos). Nem todos os corpos reclamados pelas famílias foram encontrados. Havia muitos pedaços espalhados pelo mangue. Contudo, acredita-se que o número de vítimas foi muito maior, podendo chegar a 700 pessoas.
Como ocorreu:
Um forte cheiro de gasolina assustou os moradores da Vila Socó, o que aconteceu foi que um duto de gasolina da Petrobrás que passa em baixo da Vila iniciou um grande vazamento, jorrando 700.000 litros de gasolina que se alastraram por toda área alagada. O vazamento ocorreu quando um operador alinhou inadequadamente e iniciou a transferência de gasolina para uma tubulação fechada, gerando uma sobre pressão e ruptura.
Ao misturar-se com a água, bastaria uma fagulha para que tudo ardesse em chamas. E foi o aconteceu combustível misturou-se com a água do mangue sob as casas de palafitas. Uma faísca provocada por fósforo ou curto circuito em fio elétrico pôs fogo à mistura de água com combustível. O fogo se alastrou rapidamente por toda a área chegando rapidamente ao oleoduto e provocaram a explosão.
Acidente ou natural?
Acidente. Ninguém foi responsabilizado criminalmente pelo desastre, porém um laudo técnico admitiu que a ruptura do duto foi resultado da corrosão de sua face exterior, cuja espessura ficou restrita a apenas meio milímetro, podendo ser considerada falta ou falha de inspeção.
A Petrobrás, por sua vez, assumiu a culpa pelo vazamento, mas retrucou que, quando construiu o Oleoduto Santos-São Paulo, não havia moradias ao lado das tubulações dentro do mangue.
Poderia ser evitado?
Segundo denúncia de pessoas que tentaram acionar os bombeiros, o excesso de burocracia e a negligencia dos funcionários logo quando foi constatado o vazamento, sem que o fogo ainda tivesse iniciado, foram as causas principais do número de vítimas. Em resposta, foi dito que um funcionário primeiro acionaria um engenheiro da empresa de Santos e caberia a ele fazer a avaliação e chamar os bombeiros, se julgasse necessário.
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