Os Clássicos da Política – “Hobbes: o medo e a esperança”
Por: Lorena Furioso • 6/3/2019 • Resenha • 727 Palavras (3 Páginas) • 289 Visualizações
Os Clássicos da Política – “Hobbes: o medo e a esperança”
O presente texto é uma resenha do primeiro volume do livro “Os Clássicos da Política” (2006), organizado por Francisco C. Weffort, cientista político brasileiro, na qual chamou vários professores para contribuir com o mesmo.
A obra resenhada se divide em sete partes, que irá explicar e apresentar a teoria de vários autores sobre a política, o Estado moderno, a nação, o estado de natureza, entre outros. A parte três desta obra: “Hobbes: o medo e a esperança”, principal tema desta resenha, foi escrita no decorrer de vinte e cinco páginas por Renato Janine Ribeiro. O autor que Ribeiro irá demonstrar é Thomas Hobbes (1588-1679), um filósofo e teórico político.
O tema inicia com o pensamento de Thomas Hobbes, um contratualista que afirma que o ínicio do Estado e da sociedade se deu a partir de um contrato de subordinação política, e que antes, as pessoas viviam em seu estado de natureza, sem nenhum poder acima deles. Contudo, muitas pessoas com um pensamento errôneo acham que o homem natural que Hobbes diz, é uma pessoa selvagem, mas este é o mesmo que vive em sociedade.
O homem natural é levado por suas próprias razões e paixões, ou seja, ele faz aquilo que lhe convém de melhor no momento, podendo causar uma “guerra” entre as pessoas, ou por competição, desconfiança ou até mesmo por reputação e glória. Se não existisse o Estado para reprimir e controlar os tais que isso fazem de modo explícito, o respeito entre os indivíduos não seria mantido. Por isso, existe a “lei de natureza”, que proíbe o homem de destruir a sua vida, e ordena todos a buscarem a paz entre si, para que não haja guerra.
Hobbes também fala sobre a igualdade e a liberdade, sendo a primeira, motivo de guerra por conta de competições, pois os homens podem desejar a mesma coisa, e a segunda, a ausência de oposições e a capacidade que um sujeito tem de fazer o que bem quiser. Portanto, os dois podem gerar muitos conflitos, sendo utilizado a partir daí as leis que o Estado constitui, para obrigarem os indivíduos a se respeitarem mutuamente.
O medo no Estado em que Hobbes cita, não está necessariamente no Estado, e sim no estado de natureza do homem, já que em qualquer momento alguém, por não saber como o outro irá agir a determinada ocasião, pode matá-lo por
“antecipação”. O temor que há no Estado faz com que as pessoas sejam controladas, para que haja maior paz e colaboração entre quem vive próximo, transformando em um lugar mais organizado.
Por estas coisas, Hobbes é considerado como um dos “pensadores malditos” no século XVII. Não apenas por considerar o Estado como algo “monstruoso”, mas também por dizer que o próprio homem é quem faz e cria o seu destino, e que ele pode ser capaz de conhecer a sua miséria, e a partir disso, procurar alcançar a paz entre todos.
Concordo com Thomas Hobbes quando ele diz que, sem o Estado, há mais chances de guerras e conflitos entre as pessoas, pois mesmo o Estado agindo através do medo e da violência, pode se imaginar que o homem, em seu estado natural, iria utilizar a igualdade e a liberdade que tem para coisas más, como por exemplo, a morte de outra pessoa. Com o Estado, há regras que se não forem cumpridas serão aplicadas
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