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RESENHA CRITICA - PRATICA DE COMPRAS NO JAPÃO E NOS EUA

Por:   •  19/10/2019  •  Resenha  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  493 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E SERVIÇOS

Resenha Crítica de Caso

DIEGO DO CARMO SIMÕES

Trabalho da disciplina Gestão estratégica de compras e fornecedores

                                                         Tutor: Prof. Marilia de Sant’anna Faria

Niterói

2019

Práticas de compras no Japão e nos EUA

Referência:

   - FREELAND; J. R.; ASHBY; H. L. Algumas descobertas preliminares das práticas de compras no Japão e nos Estados Unidos. Darden Business Publising, n. UV 0653, Darden School Foundation, University of Virginia, VA, EUA, Março 2004

  O artigo “Algumas descobertas preliminares das práticas de compras no Japão e nos Estados Unidos” aborda a relação nas praticas de compras e relacionamento fabricante/fornecedor de 10 empresas Americanas e Japonesas. Durante o artigo, é discutido sobre alguns conceitos de gestão, como JIT (Just-in-time), kanban e diversificação de fornecimento, e como se correlacionam dentro da área de compras nas empresas japonesas e americanas,

Para uma fábrica aderir o just-in-time perfeitamente, o fluxo de recebimento de materiais deve estar condizente com o fluxo de saída de produtos acabado. Neste cenário teórico e ideal, o fornecedor se torna uma extensão integrada da operação do fabricante, atingindo a meta de zero inventário. No entanto, haveria um aumento extensivo no custo logístico e transporte, que por sua vez, poderia anular o beneficio do zero inventário.

Mesmo com vários estudos na literatura, ainda não há um critério que determine se uma empresa está trabalhando ou não com o just-in-time. Para isso, o critério utilizado para saber se a empresa está no padrão JIT é comparando as práticas de compra da empresa com as práticas convencionais.  O problema dessa comparação é que tendem a ser muito superficial, a abordagem de compra do JIT depende de como são as operações de fabricação e os modelos de negócios.

Durante o verão de 1986, foi realizado um estudo com gerentes de compras de 10 fabricantes dentre cinco japoneses e cinco americanos, analisando as praticas de compras e relacionamento entre vendedor/fabricante. Neste estudo foi possível verificar como foram adotados os princípios do just-in-time, e como os fabricantes definiam se adotavam JIT em compras.

No decorrer do estudo, diferentemente do que os autores pensavam, algumas empresas japonesas que são amplamente estudadas de JIT, não utilizavam JIT para todas as peças. Neste quesito, a peça era analisada por quesitos custo de armazenamento baixo e tamanho relativo, a tendência era de aumentar o fornecimento do tempo de inventário. Portanto, as peças pequenas e de baixo custo não eram entregues em just-in-time.

 Os gerentes americanos, ao serem entrevistados, compartilharam do mesmo senso comum, priorizando as peças para entrega em JIT. Portanto, tanto americanos quanto japoneses, utilizaram de critérios como tamanho físico e custo do item comprado são determinantes para a entrega em JIT, onde quanto maior a peça, maior seu custo de armazenamento e transporte, justificando a entrega em JIT. No entanto, pela diferença de extensão territorial, os fabricantes americanos consideram a proximidade geográfica como fator de decisão quanto à entrega em Just-in-time.

Além do JIT, o estudo analisou se os fabricantes usavam Kanban para programar e iniciar ordens de compras. Dentre os fabricantes japoneses, somente as empresas do ramo automobilístico aplicam o kanban. No estudo, apenas as a Toyota usava os cartões kanban. As demais fabricantes utilizaram métodos de cronograma e programação de MRP para passar para os fornecedores.

Já os fabricantes americanos também não utilizaram o kanban como inicio de ordem de compra. E, utilizaram diversos métodos para programar as ordens de compras com os fornecedores; e, não utilizaram o MRP para gerenciar as peças em JIT. Os autores exemplificam com o caso da IBM que faz a regeneração do MRP a cada seis meses, impossibilidade os ajustes oportunos dentro da cadeia. Para isso, as peças JIT eram controladas manualmente pelos gerentes de compras.

Outro ponto discutido pelos autores foi a analise da utilização de fonte única de fornecimento. Todos os gerentes de compras dos fabricantes americanos que utilizam peças em JIT defendem que a utilização do menor número possível de fornecedores facilita a implementação do JIT. Além disso, todos os gerentes demonstração alto nível de satisfação com o uso de fonte única, afirmando que facilitava a parceria com o fornecedor, com vantagens no poder de negociação de preços e devido ao alto volume concentrado. Também foi citado no caso de peças personalizadas, que através de fonte única, acaba sendo um artificio decisivo no investimento que o fornecedor se qualifica para atender esta demanda única do mercado.

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