Resenha Crítica - Cotidiano escolar e práticas interculturais

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        UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

               FACULDADE DE CIENCIAS INTEGRADAS DO PONTAL

               CURSO DE PEDAGODIA – DISCIPLINA: DIDÁTICA II

       DOCENTE: GLÁUCIA SIGNORELLI

       DISCENTE: CARLA BORGES

Resenha Crítica

Cotidiano escolar e práticas interculturais

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Cotidiano Escolar e Práticas Interculturais. In: Cadernos de Pesquisa, v.46, n.161, p.802-820 jul./set.2016

O texto elucida relações do cotidiano escolar e práticas interculturais, objetivando a vinculação do ponto de vista intercultural na escola.

A autora tenta assinalar ao leitor quanto a um conjunto de questões no cenário da busca de uma formação de professores que colabore para a construção de uma prática pedagógica transformadora, objetivado em 4 secções.

ESCOLA HOJE: CONTEXTO E DESAFIOS

Neste tópico a autora esclarece que a escola é pensada de uma única forma, usando o termo “engessada” tanto na homogeneidade e padrões de currículos e pessoas, o educar fica limitado a ensinar, “ensinar a instruir”, instruir fica limitado em apenas preparar as crianças para alcançarem boas notas nos testes padronizados pelo governo.

O desfio principal é “reinventar a escola”, mobilizando as comunidades educativas para a criação de novos projetos político-pedagógicos pensados em contextos específicos.

O QUE ENTENDEMOS POR EDUCAÇÃO INTERCULTURAL 

É necessário uma seria reflexão permanente sobre o multiculturalismo e a interculturalidade.

Na produção do artigo elas chegaram em três eixos que tiveram como ponto central na temática.

O primeiro é a relações entre as diferentes culturas e direitos humanos; segundo é a associação no âmbito da multiculturalidade e interculturalidade; já o terceiro eixo, menciona a educação escolar, afirmando que somos convocados a elaborar novos “formatos” escolares, pensando nos desafios sociais, culturais e educacionais enfrentados atualmente.

PESQUISA-AÇÃO: UMA REFERENCIA PROVOCADORA

Para a mudança acontecer é necessário a investigação dos fatos, a autora usa a pesquisa-ação como método para avaliar e considerar a construção de práticas inovadoras.

O foco destas pesquisas foram as práticas educativas na sala de aula. Alguns mestrandos, doutorandos e professores de diversas áreas de atuação colaborarão participando de grupos de estudos e atividades desenvolvidas na escola.

CONSTRUINDO PRÁTICAS EDUCATIVAS INTERCULTURAIS: UMA EXPERIÊNCIA

Eles perceberam que precisavam responder a alguns questionamentos tais como:

De que maneira a Interculturalidade pode se concretizar e /ou pode acontecer impactando currículo e a prática pedagógica no cotidiano da sala de aula?

Quais as dificuldades para que isso aconteça? Quais os elementos potencializadores?

Como destabilizar a questão da monoculturalidade que configura a escola e que afeta a própria visão que temos dos alunos/as e dos conhecimentos/saberes?

Como método praticaram exercícios diferentes levados a apurar a sensibilidade, buscando conhecer o contexto cultural dos alunos, identificando várias dimensões da rotina escolar em suas diferentes culturas reveladas ou não.

Selecionaram livros didáticos usados na escola, buscando identificar a diversidade através das imagens e texto, apuraram o nível de conhecimento apresentado, e desenvolveram práticas pedagógicas com viés intercultural.

Na escola foram encontradas práticas padronizadas, hierarquia das disciplinas, salas de aulas tradicionais com lousas, cadeiras enfileiradas, hegemônica e monocultural, protocolos de saída e entrada, uniformes, normatização, disciplinamento, avaliações, controle e ordem.

Todas estas características encontradas foram chamadas de “daltonismo pedagógico” que significa padronizar gênero e sexualidade independente da origem regional, fazendo da escola um espaço monocultural e homogênea e mudar esta concepção se torna intimidadora.