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Ética e bioética

Por:   •  15/12/2015  •  Seminário  •  1.834 Palavras (8 Páginas)  •  318 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNICEUB

EnfeRmagem

ETICA PROFISSIONAL E BIOÉTICA

Brasília

2015


ÉTICA PROFISSIONAL E BIOÉTICA

Trabalho apresentado ao Curso de Enfermagem  da UniCEUB– Centro Universitário de Brasília, para a disciplina  Ética Profissional e Bioética.

Profª. Ma . Flávia Fialho

Brasília

2015


                        O QUE É ABORTO?

É a interrupção de uma gravidez. É a expulsão de um embrião ou de um feto antes do seu desenvolvimento e viabilidade em condições extra-uterinas.                         O aborto pode ser espontâneo ou induzido. São varias as causas e os motivos que podem levar a que uma gravidez seja interrompida, quer espontaneamente ou por indução. O aborto pode ser induzido medicamente com o recurso de um agente farmacológico , ou realizado por técnicas cirurgicas como a aspiração, dilatação ou curetagem. (BRASIL, 2008).

 

Abortamento Espontâneo: A gestação anembrionada, o abortamento inevitável, o abortamento incompleto e o abortamento completo são tipos de abortamentos no primeiro trimestre. Cerca de 15% a 20% das gestações conhecidas terminam em abortamento espontâneo. Com o uso de medidas seriadas de gonadotrofina coriônica humana (HCG) para detectar abortamentos subclínicos precoces, a porcentagem aumenta para 30%, aproximadamente 80% dos abortamentos espontâneos ocorrem no primeiro trimestre; a incidência diminui a cada semana gestacional. As causas deste distúrbio são variadas e, na maioria das vezes, desconhecidas. As pacientes devem ser asseguradas de que, na maioria dos casos, o abortamento espontâneo não se repetirá. (BEREK, 2005).

Ameaça de abortamento : É definida como sangramento vaginal antes de 20 semanas de gestação. Ocorre em cerca de 30 a 40% das gestações. O sangramento geralmente é pequeno e pode estar associado a leve dor abdominal baixa ou cólica. Com frequência, não é possível diferenciar clinicamente entre ameaça de abortamento, abortamento completo e gravidez ectópica em uma tuba não-rota. O diagnóstico diferencial nessas pacientes inclui considerar a possibilidade de pólipos cervicais, vaginite, carcinoma cervical, doença trofoblástica gestacional, gravidez ectópica , traumatismo e corpo estranho. No exame fisico não há dor à palpação do abdome e o colo está fechado. Pode-se observar saída de sangue pelo óstio cervical, e não há dor à mobilização cervical, nem a palpação dos anexos. Embora a maioria das pacientes apresente sangramento com 8 a 10 semanas de gestação, geralmente o abortamento real ocorre antes de oito semanas de gestação. Apenas 3,2% das pacientes sofrem abortamento após oito semanas de gestação. (BEREK, 2005).

        A avaliação de uma ameaça de abortamento deve incluir medidas seriadas de hCG, exceto se a paciente tiver uma gravidez intra-uterina documentada por ultra-sonografia, eliminando a possibilidade de gravidez ectópica. A ultra-sonografia intravaginal pode detectar um saco gestacional com um nível de hCG de 1.000 a 2.000 Mui/ml. Por volta de 7 semanas pode-se ver um pólo fetal com atividade cardíaca. Quando se vizualiza um saco gestacional, o aborto subsequente ocorre em 11,5% das pacientes. Se já houve um saco vitelino, a taxa de abortamento é 8,5%. (BEREK,2005).

        A medida transvaginal do tamanho do saco gestacional é útil para diferenciar entre gestações intra-uterinas viáveis e inviáveis. Um saco gestacional com tamanho médio maior que 13 mm , sem saco vitelino visível, ou um saco de diâmetro maior que 17 mm, sem um embrião, são fatores prognósticos de inviabilidade em todos os casos. (BEREK,2005).

        Não há tratamento efetivo para a ameaça a uma gravidez intra-uterina.O repouso no leito, embora defendido, não é efetivo. Não se deve usar progesterona ou sedativos. Todas as pacientes devem ser aconselhadas e tranquilizadas para que compreendam a situação. Qualquer infecção vaginal deve ser tratada. (BEREK,2005).

Abortamento inevitável: O volume de sangramento frequentemente é maior, e o óstio cervical está aberto e apagado, mas não houve eliminação do tecido. A maioria das pacientes sente dor abdominal baixa tipo cólica, e algumas têm dor à mobilização cervical ou dor à palpação dos anexos.  Quando há certeza de que a gravidez é inviável, seja porque o óstio cervical está dilatado ou porque a hemorragia é excessiva, deve ser realizada curetagem por sucção. Deve-se determinar o tipo sanguineo e o Rh e realizar um hemograma completo se houver alguma preocupação com o volume da hemorragia. Se o sangue da paciente for Rh-negativo, deve-se administrar imunoglobulina Rho (D) (RhoGAM) antes ou após a evacuação do útero.(BEREK, 2005).

Aborto incompleto: É a expulsão parcial do tecido na gravidez. Antes de seis semanas de gestação, a placenta e o feto em geral são eliminados juntos, mas após este período, frequentemente são eliminados separamente. Embora a maioria das pacientes tenha sangramento vaginal, apenas algumas terão eliminado tecido. Invariavelmente há cólica abdominal baixa,e a dor pode ser descrita semelhante a do trabalho de parto. Ao exame físico , o colo está dilatado e apagado, e há sangramento. Frequentemente há coágulos misturados aos produtos de concepção. Se a hemorragia for abundante, a paciente deve ser examinada imediatamente para verificar se há protusão de tecido do óstio cervical; a remoção deste tecido com uma pinça em anel reduz o sangramento. Todas as pacientes com abortamento incompleto devem ser submetidas a curetagem por sucção  o mais rapidamente possível. Devem ser realizados hemograma completo, tipo sanguíneo materno e determinação do Rh; as pacientes Rh-negativas devem receber imunoglobulina Rh0 (D). (BEREK,2005).

        Se a paciente estiver febril, deve ser administrada antibioticoterapia de amplo aspectro antes da curetagem por sucção, para reduzir a incidência de endometrite pós-aborto e doença inflamatória pélvica,diminuindo assim os possíveis efeitos prejudiciais sobre a fertilidade. O esquema antibiótico deve ser semelhante aos esquemas usados para tratamento da doença inflamatória pélvica (DIP). Em pacientes com sinais clinicos de infecção , deve ser instituida antibioticoterapia profilática. Os esquemas sugeridos incluem doxiciclina ( 100 mg, via oral duas vezes por dia ) , tetraciclina (250 mg via oral quatro vezes ao dia, durante 5 a 7 dias) ou outro antibiótico de espectro semelhante. (BEREK,2005).

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