A ATIVIDADE DA ENZIMA CATALASE
Por: Thatiane Sousa • 26/2/2022 • Ensaio • 1.681 Palavras (7 Páginas) • 508 Visualizações
Universidade Federal do Agreste de Pernambuco[pic 1][pic 2]
Bacharelado em Engenharia de Alimentos
Disciplina: Bioquímica Geral
Aluna: Thatiane Maria Soares de Sousa
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
ATIVIDADE DA ENZIMA CATALASE
INTRODUÇÃO
As enzimas são moléculas orgânicas, normalmente proteínas, que são responsáveis por catalisar reações químicas. Elas irão acelerar a velocidade das reações, sem elas muitas reações seriam extremamente lentas.
Alguns fatores podem alterar a velocidade das reações, exemplo deles são: temperatura, pH, concentração dos reagentes e o uso de catalisadores. Temperaturas elevadas podem alterar estruturas proteicas, tal processo é chamado de desnaturação. Quando a desnaturação ocorre, a atividade enzimática se torna inativa.
Uma enzima que é produzida por praticamente quase todos os seres vivos é a catalase. Essa enzima tem o objetivo de decompor o peróxido de hidrogênio (água oxigenada). É uma enzima localizada na organela do peroxissomos.
A reação química que descreve a ação da catalase está apresentada abaixo:
2 H2O2 + CATALASE → 2 H2O + O2
O peróxido de hidrogênio é uma substância tóxica para a célula, como forma de “proteção”, a enzima catalase irá transformar essa substância em água e oxigênio, substâncias que não causam prejuízos ao organismo.
O presente trabalho irá descrever observações realizadas durante um experimento que mostra a atividade da catalase em diferentes materiais biológicos e em diferentes formas (pedaços inteiros, picados e submetidos ao aquecimento).
OBJETIVOS
- Observar e constatar a atividade de uma enzima;
- Realizar a comparação da atividade enzimática em diferentes materiais biológicos;
- Verificar o efeito da desnaturação da enzima por ação do calor;
- Aprendizado prático do estudante a cerca de um determinado assunto.
METODOLOGIA
O experimento foi realizado de forma bem simples com alguns materiais improvisados, devido a pandemia, os estudantes ficaram impossibilitados de realizar tal atividade em laboratório.
O fígado e o músculo foram comprados em um supermercado. As folhas eram de amora e foram coletadas nas proximidades da residência da estudante. O peroxido de hidrogênio (água oxigenada 10V) e a seringa foram comprados facilmente em uma farmácia. Para realiza o experimento, foram utilizados pires de xícaras, e infelizmente, não foi possível analisar a temperatura em cada uma das amostras.
Na Figura 01 é possível visualizar todos os materiais citados acima e outros que foram utilizados para auxiliar toda a atividade.
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Figura 01: Materiais utilizados no experimento
Com todos os materiais separados e com o roteiro em mãos, o primeiro passo foi fracionar as amostras. A divisão dos materiais biológicos se deu da seguinte forma: para as folhas foram cortados pedaços inteiros maiores com tamanhos semelhantes, e em seguida, uma quantidade em tamanhos bem menores, ou seja, picados. Foi realizado o mesmo processo tanto no fígado, como no músculo.
Com todo o material separado, foi iniciado o experimento em cada material na seguinte ordem: folhas, fígado e músculo.
Em todos os experimentos com o material inteiro o processo em todos os materiais obedecia às seguintes etapas:
- Uma amostra controle com dois pedaços de tamanhos próximos;
- Uma outra amostra com dois pedaços de tamanhos próximos;
- Adição de 2mL de água oxigenada nas duas amostras;
- Adição de mais um pedaço na amostra que não era de controle;
- Aguardar 5 min e em seguida adicionar mais 2mL de água oxigenada;
O experimento com o material picado obedeceu às mesmas etapas, porém, os pedaços eram picadinhos.
Outro experimento realizado com o fígado e o músculo foi o de observar as diferenças quando os mesmos passam pelo processo de aquecimento. Nessa atividade não foi adicionado nenhum pedaço, as observações feitas foram apenas com ele cru e ele aquecido.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na Figura 02 é possível observar a experiencia com as folhas em pedaços maiores. Na primeira adição de água oxigenada, observou-se que na amostra controle a formação de bolhas era mais rápida e em maior quantidade, quando comparada com a outra amostra com maior quantidade. Porém, quando foi adicionado mais substrato, foi visível mais bolhas sendo formadas em ambas as amostras, porém na de controle foi bem mais lento quando comparada com a outra.
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Figura 02: Reação da folha inteira com 2mL de substrato
Na figura 03 está representada a experiencia com o material cortado e com a adição de mais 2mL de água oxigenada, ou seja, 4mL no total. É possível notar que a quantidade de espumas nessa amostra é bem maior quando comparada ao experimento anterior. Nesse caso, a formação de bolhas foi bem mais rápida comparado ao inteiro. Na Figura 04 é possível ver a diferença na quantidade de bolhas entre as duas amostras.
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Figura 03: Experimento com folhas picadas
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Figura 04: diferença entre as amostras
Dando continuidade aos resultados, na Figura 05 é possível ver o que aconteceu com o fígado inteiro quando adicionada a água oxigenada. A formação de bolhas é imediata e em grande quantidade. No controle é bem maior quando comparada com a outra.
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Figura 05: Fígado inteiro
A Figura 06 mostra o que aconteceu quando foi adicionado mais 2mL de substrato. É notório a quantidade de espuma formada, especialmente na amostra que não foi a controle (pires direito). Em relação ao material picado, a reação observada foi muito semelhante, a maior diferença foi que as bolhas se formaram em maiores quantidades e mais rápido.
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