A Atividade Acadêmica-Resenha
Por: claa1209 • 22/9/2021 • Trabalho acadêmico • 651 Palavras (3 Páginas) • 184 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE SECRETARIADO EXECUTIVO
Resenhada por Cláudia Andrade
Silva, L. H. O. da. (2019). Interações, leituras e sentidos em tempos de fake news: desafios para a formação de leitores no contexto escolar. Estudos Semióticos, 15(2), 31-45. https://doi.org/10.11606/issn.19804016.esse.2019.161838
Luiza Helena Oliveira da Silva, desenvolve pesquisas em semiótica aplicada ao ensino Supervisores: Editora da Revista Entre Letras, Coordenadora do Profletras da UFT Universidade Federal do Tocantins, docente do curso de Letras da Universidade Federal do Tocantins (UFT), campus de Araguaína, TO, Brasil, discorre a respeito da produção e do consumo de notícias falsas intensificados pelo fenômeno contemporâneo do uso de redes sociais, que ampliam as fontes de informação e ao mesmo tempo comprometem a fidedignidade do que se enuncia como fato. A partir disso, são apresentadas reflexões acerca de implicações no campo da formação de leitores no contexto escolar. Em tempos de pós-verdade, a escola se vê diante do ensino de novas práticas de leitura, que incluem a formação de leitores críticos, capazes de ler o texto e seus entornos. Nessa direção, mobiliza-se a Semiótica Discursiva como teoria que tem muito a oferecer para as práticas didáticas, considerando a ampliação do horizonte de níveis de pertinência de análise que favorecem a compreensão dos processos implicados.
O artigo tem três capítulos relacionados com as práticas que envolvem a leitura vão se confirmando a novas demandas da sociedade mundializada, o que não significa que o sujeito seja sempre capaz de mesmo com diferentes estratégias postas em operação, identificar nas celebridades interações midiáticas, a confiabilidade do dizer. Um leitor distraído pode, então, tomar como verdade a ironia das notícias de um site como sensacionalista, que afirma de antemão ser um veículo sem compromisso com a verdade. Ali a irreverência e a subversão são recorrentes, assim como o emprego de estratégias comuns as notícias que favorecem a construção do efeito de verdade.
Deixar-se guiar e se submeter a um sistema de valores que não parece mais valer muita coisa em face de propósitos orientados mais pelas paixões do que pela razão, pelo bom senso ou mesmo pela boa fé.
Nesse contexto, educadores que investigam a escolarização da leitura, principalmente a dos textos literários, ressaltam que há um modo de ler na escola que é particular, distinto do modo como o fazemos em outros lugares. Assim, a escolarização, inicialmente pensada em termos disfóricos como uma prática que compromete os sentidos que movem o sujeito do prazer e do gosto, passa a ser compreendida sob um viés mais pragmático como algo inevitável, porque se orienta por diferentes objetivos que visam a formação do leitor e se institui por outros procedimentos que regulam os interesses pelo texto (Soares, 2011).
Portanto, as aulas de leitura são, antes de qualquer coisa, aulas em que se ensina a ler, considerando que cada gênero impõe ao leitor uma disposição diferente. São elas que vão imobilizar saberes sobre outros textos, convocado pela intertextualidade, sobre a temática evocada, sobre autores, sobre as condições de produção, sobre a articulação entre linguagens pelos procedimentos de sincretismo etc. Nesse contexto, as fake News, são mencionadas e as habilidades são definidas a partir de um código, as mídias desempenham um papel estratégico no contexto democracia e da pluralidade, contribuindo para sua afirmação ou derrocada. No contexto da pós-verdade, parecem contribuir para a indiferença quanto a verdade e uma cínica relativização dos fatos, o que põe em risco a continuidade do sistema democrático.
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