A FORÇA, O PROCESSO E A JORNADA DE TRABALHO

RESUMO

O presente texto vem propor uma reflexão sobre teorias e pesquisas voltadas ao estudo das condições de desenvolvimento da consciência de classe de trabalhadores assalariados, subordinados a determinadas estratégias empresariais. O autor cita, se é verdade que o trabalho é conhecido como fonte de satisfação de muitas necessidades individuais, não se aceita com frequência a ideia de que os indivíduos possam ser interpretados, avaliados e mesmo julgados a partir do seu trabalho, e que afirmações como essas são feitas no cotidiano por aqueles que não tiveram a possibilidade de entender, precisamente, o papel do trabalho nas realizações das necessidades individuais, e mesmo de um grupo social, ou ainda, de toda sociedade já que o trabalho é, na verdade, o abrigo da humanidade e não a riqueza que ele gera. Esse é o fundamento de sua cidadania. O trabalho produtivo traz consigo a ideia do espaço de sua realização, o espaço se associa à ideia de tempo. Autor cita que fisiologicamente nós nos assemelhamos vulgarmente do macaco, e destaca a principal semelhança a este animal nossas mãos. A libertação das mãos foi um salto na historia da humanidade. Assim a divisão do trabalho a partir das atividades manuais foi a primeira representação social desse processo de libertação, considerando o exercício das mãos reações indispensáveis para o desenvolvimento do raciocínio humano. De acordo com autor o trabalho manual diferenciado, desenvolvido ao longo dos séculos, consolidou, nas sociedades modernas e contemporâneas, a divisão dos trabalhadores segundo necessidades do conjunto da sociedade e segundo necessidade operatória, o campo onde se realiza no cotidiano a divisão social do trabalho, divisão dos indivíduos segundo suas necessidades e segundo sua capacidade. Em nosso século ocorreu denominada revolução tecnocientífica, que se caracteriza por uma divisão do trabalho desencadeada a partir da incorporação de sofisticados recursos eletrônicos na administração da produção em geral e do processo cotidiano de trabalho em milhares de empresas. A humanidade gerou ao longo de sua historia uma determinada divisão do trabalho, não para enfraquecer-se, mas sim potencializar sua ação perante a natureza e o conjunto das necessidades que buscou satisfazer. Hoje a forca de trabalho, segundo o autor é um conceito tomado da economia politica, cujo significado passa a ser: todos os integrantes de uma sociedade em condições de realização de atividades produtivas. A forca de trabalho se distribui, no entanto, de forma desigual com referencia ao seu aproveitamento. Conforme o autor para a realização de qualquer processo de trabalho o trabalhador tem, diante de si, instrumentos que manipulará, objetos materiais a serem manipulados, meios de trabalho a que recorrerá para potencializar o seu trabalho ou deslocar o produto de um ponto a outro no espaço social de sua concretização, e assim por diante. Para o autor a jornada de trabalho é o tempo ocupado por um trabalhador para a realização de tarefas a ele atribuídas por ao longo de um dia. O tempo que corresponde aos interesses dos trabalhadores é denominado tempo de trabalho necessário. O necessário, aqui, diz respeito à sobrevivência do trabalhador e sua família. O tempo correspondente à realização dos objetivos da empresa é denominado tempo excedente. É o tempo que o trabalhador

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