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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE DOCENTE, PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho Universitário: A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE DOCENTE, PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  29/6/2013  •  4.714 Palavras (19 Páginas)  •  2.026 Visualizações

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1.1- AFETIVIDADE NA ESCOLA

A escola, assim como a família, é uma instituição de caráter essencial na formação dos indivíduos de uma sociedade. Essa instituição exerce o papel de contribuir não só na aquisição de conhecimentos no campo cognitivo, mas também na construção da personalidade.

É primordial que a escola, espaço que mantém profunda relação com os discentes, esteja apta a desenvolver uma educação que leve a reflexão e ao surgimento do pensamento crítico e consciente. Compete à escola além de auxiliar no processo de absorção de conhecimentos intelectuais, proporcionar o desenvolvimento afetivo entre os indivíduos, visto que uma civilização composta por pessoas frigidas é um campo minado, propício a autodestruição. Neste contexto cabe citar o trabalho de Saltini (1997:15) que enfatiza que,

As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas . Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores.

O pensamento é uma característica atribuída exclusivamente aos seres dotados de cérebro, todavia, entre os seres humanos, ele pode ser utilizado como instrumento de construção do futuro. A formação do pensamento está vinculada às bases afetivas. É uma prática que se encontra atrelada à educação e cabe aos educadores favorecer ao aparecimento do mesmo. Sendo assim é indispensável que o ato de pensar seja algo que nos conduza por caminhos que permitem a evolução e liberdade de sonhar. É por meio do pensar que temos a oportunidade de conhecer, entender e melhorar a nossa realidade. O pensamento quando construído sobre bases afetivas, apresenta maiores chances de produzir reações favoráveis entre os grupos sociais. Nesse sentido vale destacar as contribuições de Saltini (Idem 1997:15) que afirma que, “o nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho.” Normalmente, passa-se um tempo considerável na escola e é lá que fazemos inúmeras descobertas ainda quando criança. A educação escolar deve transcender a transmissão de conteúdos, assim como deve exercer e insistir em oferecer mais de mil maneiras para que seu corpo discente faça parte de um processo de aprendizagem que envolve todas as funções humanas, tais como, física, intelectual e sentimental. Este aspecto também é comentado por Saltini (Ibidem 1997:31) que aponta que, “em primeiro lugar a educação não é uma transmissão do conhecimento, de um saber ou até mesmo de uma conduta, mas, sobretudo uma iniciação à vida.”

O ato de educar deve existir com princípios que regem a formação integral dos educandos. Deve possibilitar a eles alcançar o total conhecimento de si em relação ao mundo, ciente do seu poder de ser e fazer. A propósito Saltini (Ibidem 1997:33) assinala que “educar é um meio pelo qual o homem possa construir-se como pessoa em termos de ser e não de ter, ocupando o seu potencial do sentir e do pensar.”

Durante o processo de aprendizagem é preciso enfatizar a importância de aprender e ensinar a lutar. É indispensável que exista uma reflexão e questionamento constante quanto à existência humana, a fim de identificar e alcançar os objetivos mais serenos e preciosos do ato de educar. Ao referir-se a tal assunto Saltini (Ibidem 1997:48) considera que, “educar significa também, aprender e ensinar a lutar, aprender e ensinar a intensificar a existência e a cumpri-la com decisão e consciência.”

Inquestionavelmente a escola deve organizar-se com um grupo docente especializado, sabendo que as crianças para alcançarem o desenvolvimento pleno de suas potencialidades necessitam estabelecer relações com pessoas capazes de conhecer e compreender sua subjetividade e características próprias de cada faixa etária. Saltini (Ibidem 1997:73) afirma que,

O professor (educador) obviamente precisa conhecer a criança. Mas deve conhecê-la não apenas na sua estrutura biofisiologica e psicossocial, mas também na sua interioridade afetiva, na sua necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sofre e busca constantemente compreender o mundo que a cerca, bem como o que ela faz ali na escola.

Partindo desse pressuposto faz-se indispensável salientar que as crianças no ambiente escolar encontram-se abertas a receber e estabelecer relação intíma e afetiva com o professor.

Saltini (Ibidem1997:89) entende que, “a criança deseja e necessita ser amada, aceita, acolhida e ouvida para que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado.”

As emoções e os sentimentos das crianças certamente marcarão os níveis de

desempenho escolar da mesma. A relação articulada com o meio, desempenha papel indispensável na aprendizagem. Em uma criança com problemas emocionais é possível constatar na maioria dos casos, que elas apresentam dificuldades em alguma área do desenvolvimento infantil, quando comparada à outra sem os mesmos distúrbios emocionais.

Também Monteiro (2003:11) ao analisar a avaliação do desempenho, alude que,

Uma criança, com problemas emocionais, enfrentando dificuldades em suas interações com o meio físico e social, não deverão apresentar o mesmo nível operatório de outra, de mesma idade cronológica e sob condições de existência

mais favoráveis, pois a afetividade regula os processos e equilibração que se desenvolvem entre a assimilação e a acomodação.

A escola deve estar apta a receber , conviver e saber lhe dar com os variados tipos de alunos existentes. O papel do professor em sala de aula é primordial para entender e resolver alguns contratempos, todavia a escola também deve oferecer o suporte ao educador para que este possa atuar de forma decisiva.

O professor ao exercer sua prática, necessita realizá-la com amor e paixão ou ao contrário irá confirmar o que muitos atribuem ao ato educativo, a visão reduzida de mera transmissão de conteúdos. A respeito disso vale citar Cury (2003:109) que considera que, “os professores e os pais que não provocam a emoção dos jovens não educam, apenas informam.”

1.2- AFETIVIDADE DOCENTE

De inicio é interessante destacar que as pessoas constroem interações e criam laços de afetividade por intermédio de estímulos que recebem do ambiente a que estão inseridas. É importante ressaltar que a afetividade é um construto essencial para a aprendizagem infantil.

Isso

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