A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA
Exames: A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lodemarjh • 3/10/2013 • 4.548 Palavras (19 Páginas) • 554 Visualizações
RESUMO
Esse artigo teve por objetivo geral sensibilizar os profissionais da Educação Física Escolar para um olhar diferente com relação a seus alunos a fim de realizar um trabalho com afeto, compreensão e reciprocidade, e teve por metodologia a pesquisa bibliográfica, elaborada a partir de materiais já publicados, como livros. Foram pesquisados diferentes autores e através dos seus conceitos lógicos do processo educativo, realizou-se o estudo no sentido de se poder defender que o afeto é um forte aliado do professor em âmbito escolar. O trabalho, dentro de sua limitação temática, visou abordar a afetividade entre professores e alunos, resgatando as suas interações, a alegria, a felicidade e o prazer para, a partir destes, sustentar que onde se encontram, a cognição efetiva-se com maior facilidade. A conclusão a que se chegou com o trabalho é a de que, ao se exercer uma didática, aceitando e incentivando o afeto em sala de aula, cria-se um ambiente propício ao ensino-aprendizagem, e também que a prática do educador pode ser movida pelo desejo e vivida com alegria, sem abrir mão da seriedade e da simplicidade, juntos da competência.
Palavras-chave: Educação. Interação. Afetividade.
1 INTRODUÇÃO
Este tema surgiu por perceber, ao longo do tempo em que se trabalha na área educacional, que de alguma forma a aprendizagem está relacionada com a emoção. Mais diretamente ao vínculo afetivo estabelecido entre professor e aluno em sala de aula, pois o afeto é algo inato no ser humano, e precisa ser desenvolvido desde os primeiros anos de vida do indivíduo.
A maior parte dos alunos percebe aspectos cognitivos e afetivos envolvidos na relação ensino-aprendizagem. A afetividade apareceu como uma expressão simbólica de grande significado na vida escolar, ainda que não suficiente para garantir a aprendizagem, mas que constitui um componente que favorece as relações interpessoais e, em consequência, a construção de conhecimentos.
O questionamento que envolve a situação-problema do tema é o seguinte: Qual a importância da afetividade na relação entre profissionais da educação física escolar e alunos no processo de ensino-aprendizagem?
A hipótese que se apresenta é que não se aprende quando existe falta de afetividade entre professor e aluno. É preciso haver afeto e empatia nessa relação para que o processo ensino-aprendizagem aconteça com êxito e de forma prazerosa. A metodologia usada para o desenvolvimento deste artigo seguiu um modelo de revisão bibliográfica em livros.
Justifica-se a pesquisa para este artigo pelo fato de acreditar que o melhor caminho para atingir as metas e realizar-se no exercício da profissão, enquanto educadores, está no propósito de encontrar modos eficientes e práticos para poder educar os alunos com afetividade. Procura-se, dessa maneira, auxiliar com o resultado da pesquisa, não só aos educadores, mas também às instituições educacionais, lembrando que é bastante importante a relação afetiva para educar os alunos.
Na Educação Física, como em outras áreas do conhecimento, a teoria e a prática também se fazem presentes. Entretanto, pode-se observar, em trabalhos produzidos pelos profissionais da área, a preocupação de promover cada indivíduo em todas as suas potencialidades, respeitando suas individualidades e o contexto social em que está inserido.
A Educação Física envolve atividades lúdicas, como jogos, brincadeiras e divertimentos. Para as crianças e adolescentes, os jogos e brincadeiras praticamente se identificam com a vida. Na atividade lúdica eles imitam o que observam, aprendem sobre si mesmos e seu ambiente e expressam a intensidade de suas emoções.
Como educadora de atividades físicas, a preocupação é constante quando se trata do futuro das gerações em um mundo globalizado que, cada vez mais, cultiva o individualismo e a competição, e onde as pessoas estão mais agressivas e violentas. A criança, o adolescente e os adultos serão melhores e mais felizes se vivenciarem atitudes que correspondam aos valores humanos da cooperação, da solidariedade, do companheirismo. Assim, se o professor de Educação Física quiser compreender melhor o aluno, através do seu corpo e do movimento deste, é preciso ir além dos aspectos biológicos técnicos. É preciso ter claro que é por meio deles (corpo e movimento) que o ser humano se relaciona com o mundo. A isto significa entender que o ser humano é corporeidade, e sobretudo que o corpo, antes de ser fenômeno físico, é um comportamento, uma postura, uma presença, uma intencionalidade. E é através do movimento, das vivências e experiências que o indivíduo, em sua totalidade, realiza contato com o mundo material, social, afetivo, e consigo mesmo.
Entende-se que, quando se fala da importância do movimento e do afeto para o indivíduo, se está procurando conduzir a Educação Física na busca de um verdadeiro sentido de ser humano, que tenha como centro a pessoa humana integral, promovendo a mais autêntica educação, uma educação de corpo inteiro.
2 CONCEITOS SOBRE AFETIVIDADE
A afetividade sempre pareceu ligada à Educação, tanto que normalmente o papel do professor foi dado à mulher que, acreditava-se, era mais afeita à questão da afetividade. No dia-a-dia, professores, pais e educadores percebem a importância dos laços afetivos no processo de aprendizagem da criança. No campo científico muitas pesquisas caminham na direção de entender de que forma a afetividade se relaciona com a educação. Para Ranghetti (1999, p. 84), “é o pigmento que resulta das interações entre os sujeitos, propiciando o brilho, a intensidade e a aproximação nas relações que se estabelece”
Na escola vive-se o encontro, o diálogo, acredita-se na capacidade do aluno, fazendo com que ele perceba-se um sujeito capaz e atuante impregnado de afetividade. Ela aparece nas nuances das diferentes formas de comunicação: no gesto, no olhar, na fisionomia, na escuta, no sentir, no relacionar-se, enfim, na expressão que revela o ser na sua totalidade.
Freire (1985), diz que é a diferença que permite dialogar. É nesta diferença que residem forças para ser afetado e, necessariamente, provocar o desequilíbrio, isto é, entrar em conflito consigo mesmo para depois se reestruturar. A aceitação das diferenças, bem como o espaço para perceber o outro, é manifestação da afetividade.
Assim, afetividade é o acolhimento do outro, a valorização da expressão, do gesto, do olhar, da escuta, da sensibilidade em perceber o outro como um ser
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