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A IMPORTÂNCIA DO PLANEAMENTO SOCIAL

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Por:   •  6/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  2.486 Palavras (10 Páginas)  •  300 Visualizações

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A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO SOCIAL

1 INTRODUÇÃO

Ao dar início a esse trabalho já planejamos como ele deveria ser, o que abordar sobre o tema "Planejamento". Nossa vida cotidiana é cercada de planejamento, o homem em sua essência planeja desde que toma consciência de sua importância e contribuição para o meio social. Assim, serão apresentadas neste trabalho as aproximações que compõe o processo de planejamento e que exige do planejador o movimento de reflexão-decisão-ação. O planejamento é um processo racional que precisa de uma sequência antecipada de tempo não se manifestando em um dado momento, mas sim realizando-se de foram contínua ao longo da história passando por vários estágios.

O planejamento social é um instrumento de fundamental importância para o desenvolvimento de trabalho do profissional de Serviço Social, pois este tem necessidades de conhecer e compreender a realidade do planejamento para que o profissional consiga realizar intervenções com qualidade. Também serão apresentado as etapas do planejamento, a divisão de conceitos e a importância do mesmo para a profissão e para o profissional.

2 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO SOCIAL

O presente texto se apropria das idéias de Marx para compreender seu método de interpretação da realidade social para, então, aplicá-lo no âmbito da profissão de serviço social. O modo como Marx compreende a práxis do planejamento, possibilita entender de maneira mais completa a totalidade social e todas as suas contradições. Marx compreende que o ato de planejar é de natureza do ser humano, o ser humano projeta em sua mente o ato para depois executar e antes de executar qualquer ato ele planeja. Isso é consciência teleológica.

O planejamento social busca utilizar de forma harmônica o planejamento estratégico, ampliando a participação dos vários níveis profissionais existentes dentro da sociedade. Nesse sentido, a tomada de decisão se torna elemento fundamental, pois corresponde com as diferentes escolhas dentro do processo. Um elemento importante no planejamento social é a operacionalização, onde relaciona as atividades necessárias para efetuar as decisões tomadas. Nessa fase o planejador social (o assistente social) deve acompanhar a implantação, o controle e a avaliação do planejamento do projeto social que o mesmo for implantar em determinada instituição pública ou privada. O planejamento é um processo contínuo e dinâmico, tendo o planejamento como uma decisão de planejar o movimento de reflexão-decisão-ação que o caracteriza vai se realizando de acordo com as seguintes aproximações. São elas:

1ª a 5ª aproximação: Reflexão

Delimitação do objeto/reconstrução do objeto; Estudo de situação; Construção de referenciais teórico-práticos; Levantamento de hipóteses preliminares e Coleta de dados.

6ª a 8ª aproximação: Decisão

Organização e análise; Identificação de prioridades de intervenção e Definição de objetivos e estabelecimento de metas.

9ª a 13ª aproximação: Ação

Planificação; Implementação; Implantação e execução e Definição de parâmetros de avaliação e Controle.

Estas aproximações são apresentadas nessa sequência, mas na prática esses processos muitas vezes alteram essa ordem. Compreende-se que as aproximações da 1ª a 5ª relacionam-se como fase de reflexão, as aproximações de 6ª a 8ª são reconhecidas como fase de decisão e as aproximações de 9ª a 13ª são reconhecidas como fase de ação. Podemos assim entender que o processo de planejamento faz parte de uma contínua análise, ou seja, se inicia com a reflexão de uma situação e simultaneamente o processo, devendo ser este contínuo, cíclico e reflexivo. Marx denomina este processo de união do pensamento e da ação como ?práxis social?. É neste cotidiano que estabelecemos a compreensão para que as decisões elaboradas no planejamento sejam concluídas.

A realidade social, ou seja, a práxis, é determinante das relações sociais, fato que engloba aspectos políticos e econômicos. Dessa maneira, entendemos que é dentro da realidade que o planejamento torna-se etapa indispensável para que se chegue a um resultado final dentro do processo. Para tanto, detalharemos todas as três fases do Planejamento outrora mencionado. São elas:

(Re)Construção do objeto

Essa aproximação é o primeiro passo para o processo de planejamento social. É necessário saber o que planejar e qual o segmento da realidade que será colocado em desafio, inicia-se assim essa etapa compreendida como processo de reflexão. Nesta etapa consideramos a realidade onde será formulado o conjunto de proposições para uma intervenção mais qualificada, e ao delimitarmos o objeto de intervenção, estaremos olhando de fora para dentro, confrontando as ações planejadas com as mudanças que ocorrem na realidade.

É importante ter em mente qual planejamento que será realizado em uma realidade, em qual conjuntura, em qual organização especifica e quais práticas que serão utilizadas, e assim têm-se a capacidade de formular mudanças.

A reconstrução do objeto é o movimento que traduz a relação, a ação e o conhecimento. Segundo Baptista, "o profissional precisa se preparar, [...] conhecer suas representações, seus sistemas e valores, suas noções e práticas [...]" (BAPTISTA, 2007, p. 34). A cada mudança que o planejador faz ele está construindo um novo conhecimento sobre novas situações e esse processo é cíclico e constante em todas as relações sociais.

Estudo de situação

Segundo Baptista (2007), o estudo de situação compõe-se da descrição interpretativa, da caracterização, da compreensão e da explicação de uma situação para o planejamento, determinando suas limitações. O estudo da situação é o conjunto de informações que provém em contribuição para tomar decisões, ampliando o conhecimento das realidades concretas. O objeto do planejamento não pode ser tratado separadamente, devem se levar em consideração as propostas que estejam abertas às modificações perante a sociedade. Alguns objetivos, segundo Mattelart podem ser considerados como estudo de situação:

"Configuração do marco de situações ou de antecedentes, acompanhada de análise compreensiva e explicativa de suas determinações; a Identificação sistemática e contínua

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