A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS DAS INFECÇÕES COMUNITÁRIAS ADQUIRIDAS
Dissertações: A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS DAS INFECÇÕES COMUNITÁRIAS ADQUIRIDAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Anapaula2706 • 28/10/2014 • 724 Palavras (3 Páginas) • 601 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Foi na Idade Média que se iniciaram as suspeitas de que alguma coisa "sólida" pudesse transmitir doenças de um indivíduo a outro. Francastorius, médico italiano de Verona, no seu livro De Contagione, descreve doenças epidêmicas e faz referências ao contágio de doenças. Declara que as doenças surgiam devido a microrganismos que podiam ser transmitidos de pessoa a pessoa, segundo informações colhidas dos marinheiros que testemunhavam a propagação das doenças nas expedições, na era Colombiana(1-3). (FERNANDES 2000).
Em 1546, Francastorius, defende a teoria de que certas doenças se transmitiam através de corpúsculos que ele denominou de semente da moléstia (seminária prima) e que essas sementes transitavam de um corpo a outro através do contato direto ou através de roupas e objetos. Descreve o mecanismo de transmissão das doenças infecciosas, de três modos: a) por contato direto, pelo simples contato como na escabiose, tuberculose e hanseníase; b) por contato indireto, pelos fômites como roupas e objetos e por transmissão a distância; c) sem contato direto e sem fômites, como na peste e na varíola. (RODRIGUES EAC 1997)
1.1. INFECÇÃO
A infecção é o ato ou efeito de um microrganismo corromper ou contaminar um organismo superior, desencadeando um conjunto de fenômenos biológicos no organismo agredido, com liberação de toxinas, acarretando uma série de reações locais e generalizadas de natureza imunológica e inflamatória em diversos níveis. As infecções podem ser superficiais, profundas, localizadas ou generalizadas. Várias são suas causas e ela pode ser principalmente de natureza viral, bacteriana e micótica (fungos).
1.1.1 AGENTES INFECCIOSOS
• Vírus,
• Bactérias,
• Fungos,
• Protozoários.
Os mais simples são os vírus, cuja estrutura é muito rudimentar, pois nem sequer são compostos com os elementos necessários para obterem energia e para se reproduzirem por si próprios, o que os obriga a invadir as células do organismo, tornando-se patogénicos.
As bactérias são igualmente simples, já que são constituídas por uma única célula completa, embora mais primitiva do que as presentes no nosso corpo. Existe uma grande variedade de bactérias, a grande maioria felizmente inofensiva ou benéfica para o ser humano, mas outras são patogénicas e algumas extremamente perigosas.
Os fungos são um pouco mais complexos, já que podem ser unicelulares ou pluricelulares e são capazes de se reproduzirem por vários mecanismos. Apesar de existirem igualmente milhares de espécies, apenas cerca de uma centena pode provocar doenças infecciosas no ser humano.
Os protozoários são organismos unicelulares pertencentes ao reino animal, embora muito primitivos no interior deste grupo de seres e com uma vida parasitária. Do total de protozoários conhecidos, poucas dezenas atuam como parasitas do ser humano, provocando doenças.
1.1.2 INFECÇÕES COMUNITARIAS X INFECÇÕES HOSPITALARES
Infecção comunitária: é a infecção presente ou em incubação no paciente, desde que não relacionada com internamento anterior no hospital.
Infecção hospitalar ou Infecção Nosocomial: é toda infecção (pneumonia, infecção urinária, infecção cirúrgica, ...) adquirida dentro de um ambiente hospitalar. A maioria das infecções hospitalares são de origem endógena, isto é, são causadas por microrganismos do próprio paciente. Isto pode ocorrer por fatores inerentes ao próprio paciente (ex: diabetes, tabagismo, obesidade, imunossupressão, etc.) ou pelo fato de, durante a hospitalização, o paciente
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