A Paixão por Política

PAIXÃO PELA POLÍTICA

Quando o idealismo encontra com a paixão

Sempre que se pergunta a alguém, como por exemplo, a amigos, a familiares ou em uma conversa de botequim sobre o assunto POLÍTICA, a reação do ouvinte quase sempre é de incomodo.

Há aquelas exceções em que o interlocutor de opinião, enfrenta o assunto com muita destreza ao argumentar seu ponto de vista sobre a questão, pronto, ali naquela ocasião surgiu o fervoroso debate.

Mas se perguntamos até aqueles que não morrem de amores pelo assunto, todos sem exceção têm uma opinião própria sobre POLÍTICA.

Agora o que leva o indivíduo a se apaixonar a ponto de ingressar na carreira política é uma grande questão ainda a ser debatida, principalmente nos tempos atuais em que cada vez mais os políticos caem em descredito com a sociedade.

O apaixonado, toma sua decisão muitas vezes por idealismo próprio, por seus princípios, por suas crenças, por seu talento e porque não dizer com sua irracionalidade.

Tomada a sua decisão, com seu idealismo planejado em mente, o sujeito se depara com o primeiro grande conflito: Qual partido escolher?

Muito sobre essa escolha o sujeito, agora pré-candidato, leva em conta antes de decidir. Começando pela infinidade de Partidos que existem, bem como suas doutrinas, afinidades, propósitos, histórias, enfim o pré-candidato neste caso de pouca ou nenhuma experiência irá enfrentar.

A começar pelas siglas, muitos de vocês devem se perguntar o que significam todas aquelas siglas que aparecem no horário eleitoral?

Obviamente como decisão de Marketing e até facilidade visual, os partidos encurtam seus significados através de siglas, muitas vezes desconhecidas do grande público e até mesmo do pretenso candidato.

A decisão de escolha de um partido, dentre outras questões, está naquela que melhor abriga o candidato, que lhe trará melhor conforto para difundir seu idealismo, pôr em prática seu projeto político, que até o momento está apenas em sua mente.

E quando o Idealismo encontra a Paixão?

Recentemente em artigo publicado na revista ÉPOCA o filósofo Fernando Schuler citou que: “O passionalismo partidário é um tanto ridículo ainda que eficiente para quem se aproveita para chegar ou se manter no poder”

De fato, quando o pretenso candidato de primeira viagem se encontra com inúmeras siglas e seus conceitos, inúmeros conflitos acontecem em seu pensamento. É possível ser comunista, socialista, liberal, conservacionista, de esquerda, de direita hoje em dia? Parece confuso, mas é o que pregam muitos dos partidos aí existentes em nosso organismo político.

Além do mais, é possível “torcer” por um partido? Assim como no futebol existem os torcedores, nos partidos existem os militantes, que mesmo que optem por não se candidatar, militam pela causa, pela filosofia partidária.

Muitas vezes filiados, estes se tornam ferrenhos torcedores dos ideais daquela agremiação, da qual agora fazem parte.

Quando sua instituição defende a volta da CPMF, estes, revestidos de argumentos torcem apaixonadamente por sua volta, por um bem maior e coletivo que transcendem os limites partidários, estes sim são apaixonados vorazes.

E você caro leitor? É apaixonado por um destes?

Faço essa pergunta, pois muitas vezes nossa paixão se encontra com decisões que vão além de nosso entendimento, de nossa compreensão, muitas vezes com ou sem argumento, você não concorda com a decisão que seu partido, ou aquele que você escolheu para torcer toma.

E nessa hora? Você deixa de torcer ou segue confiando no time?

Em outras ocasiões você se depara com aquele Político do qual você nutre grande admiração, mudando para um outro time, ou seja, você torce por aquele time porque ele está lá, de repente você o vê mudando para um time totalmente oposto aos ideais em que ele estava. Daí você se pergunta: Continuo torcendo por ele e por consequência pelo novo time em que ele ingressou, ou você permanece no time que o político abandonou, muitas vezes por não compactuar com a ideologia do partido?