A Saúde E A Segurança Operacional E O Aumento Da Produtividade Do Fator Trabalho Nas Organizações"
Dissertações: A Saúde E A Segurança Operacional E O Aumento Da Produtividade Do Fator Trabalho Nas Organizações". Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: simeibacelar • 8/4/2014 • 1.121 Palavras (5 Páginas) • 511 Visualizações
Quais são as barreiras culturais que perpetuam os antigos padrões de produção praticados na primeira revolução industrial e durante o fordismo?
Com a Era da Máquina o mundo passou por grandes transformações na forma de produzir e a produção em série aumentou a oferta de bens de consumo. As invenções transformaram o mundo em uma aldeia global e a Revolução industrial consolidou definitivamente o sistema capitalista. Neste contexto, a mão-de-obra era abundante e barata. “Pobres diabos dispostos a aceitarem a dura disciplina do trabalho fabril.”
Apesar da Revolução Industrial ter inaugurado uma nova era para o mercado e sistema de produção, por outro lado trouxe graves problemas sociais, entre eles o trabalho opressivo que os operários tinham que se ajustar, salários irrisórios que eram pagos em vales trocáveis nos estabelecimentos dos patrões, jornadas de trabalhos que podiam chegar até 16 horas diárias, mas por outro lado, a miséria e doenças eram tantas fora das fábricas que sempre havia uma multidão disposta a aceitar as péssimas condições de trabalho impostas na época.
“Olhai para elas quando vêm pra a cidade de manhã e partem à noite. Há muitas mulheres pálidas, magras, descalças na lama(...). E há também crianças – mais do que mulheres – não menos pálidas, não menos sujas, cobertas de farrapos, besuntadas do óleo dos teares que as esparrinhou durante o trabalho. (Dr. Villermé, apud HENDERSON, W.O. A Revolução Industrial. Lisboa/São Paulo/Edusp, 1979, p52).
A partir da segunda fase da Revolução Industrial, os ramos metalúrgico e químico e a indústria automobilística assumem grande importância nesse período. Nesse contexto, surge o fordismo, sistema de técnica e de trabalho que irá transformar profundamente o modelo de produção capitalista . O termo em si, se refere ao empresário Ford, criador da empresa homônima de automóveis em Detroit. Com o fordismo, surge um trabalhador desqualificado, que desenvolve uma função mecânica, e para a qual não precisa pensar. Pensar é a função de um especialista, o engenheiro, que planeja para o conjunto dos trabalhadores dentro do sistema da fábrica. Era o emergir do triunfo da linha de produção de massa, conceito e forma que aos poucos foram sendo questionados, vide exemplo o toyotismo .
Infelizmente, no mundo contemporâneo ainda existem empresas e países que, por diversas questões culturais, econômicas e sociais, como falta de interesse ou barreiras em investir no capital intelectual e humano, além da economia instável e periférica que gera uma corrida excessiva pela redução de custos, ainda é comum encontramos organizações que trabalham aos moldes verticais do fordismo.
A saúde e a segurança ocupacionais dependem do nível de desenvolvimento da sociedade onde são praticadas? Países subdesenvolvidos apresentam padrões de produção, no que diz respeito ao trabalhador, piores que os desenvolvidos? Por que?
Apesar da norma OHSAS 18001 ser aplicável a qualquer organização, de qualquer tamanho e tipo, existem muitas discrepâncias desta ordem em especial nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que na grande maioria, não tem como prioridade a saúde e segurança no trabalho. Nota-se que países em desenvolvimento ou emergentes, como o Brasil, vem crescendo o número de empresas que se voltam para este aspecto, mas o universo das empresas que encontram dificuldade ou não aderem a este modelo de trabalho, ainda é maior. Se mencionarmos alguns países subdesenvolvidos da América Latina, e outros como a Índia e Indonésia, o quadro é bem pior, em decorrência de aspectos sociais e econômicos.
Muitos países desenvolvem as suas próprias linhas orientadoras de avaliação de riscos, utilizadas muitas vezes para fins reguladores ou para desenvolver normas aprovadas internacionalmente.
No Brasil, algumas pequenas e médias empresas podem não ter um SGSST totalmente documentado, no entanto, são capazes de demonstrar um entendimento sobre os perigos, riscos e medidas de controle eficazes. A aplicação de um SGSST em empresas de pequeno porte continua a ser um desafio que provoca receio, porque exige um nível médio de competências, de conhecimento técnico e de recursos.
Alguns programas foram criados para ajudar neste controle, embora não sejam um modelo de SGSST, mas se baseiam em metodologias de prevenção primária básica, apresentada de uma forma simples a empresas de pequena dimensão.
As empresas multinacionais têm um papel particularmente importante no
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