A Violência Contra Mulher e Behaviorismo
Por: robertamauro • 30/10/2018 • Trabalho acadêmico • 950 Palavras (4 Páginas) • 224 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Escola de Direito
Curso de Direito
Disciplina: Psicologia aplicada ao Direito
Professora: Patrícia V. R. Monteiro
Estudante: Roberta Ignêz da Silva Mauro
Turma: B
TDE 1: Escolha uma das três notícias (anexadas junto à atividade) e empreenda uma análise da notícia a partir de uma abordagem psicológica (Psicanálise, Behaviorismo, Fenomenologia ou Psicologia Histórico-Cultural) à sua escolha. Relacione os aspectos psicológicos identificados no caso apresentado pela matéria de jornal com possíveis intervenções na área do Direito.
O seu texto deve ter de 2 a 4 laudas (no máximo 4), contendo:
- Uma breve descrição do caso apresentado na matéria;
- Análise do caso a partir da abordagem psicológica escolhida;
- Relação com o pensamento jurídico ou com possíveis intervenções no âmbito do Direito.
O caso Rosa de violência doméstica é só mais um exemplo de muitos que acontecem no Brasil e no mundo. Onde a mulher é violentada dentro de casa, as vezes na frente dos próprios filhos e acaba não se desvinculando do agressor pois um dia ele já a fez feliz, ou as vezes as mulheres são economicamente vinculadas com os homens por causa dos filhos, ou quando são economicamente independentes, gostam e se sentem “seguras” com o agressor, e isso se torna um ciclo de dependência psicologia.
Além da violência física ainda existe a violência psicológica aplicada, que as vezes pode ser até mesmo pior que a física, deixando sequelas permanentes. Atualmente, a grande visibilidade do fenômeno da violência tem fomentado o interesse de pesquisadores das mais diversas áreas, valendo-se com objetivos principais de identificar seus agentes, fatores pertinentes e consequências.
O problema da violência contra a mulher não depende apenas da análise do comportamento dos dois indivíduos que se relacionam, mas sim do contexto de do ciclo em que os dois estão inseridos. Avaliando o caso pela visão behaviorista podemos observar o comportamento operante da mulher, este refere-se à fórmula através da qual é visualizada uma resposta na mulher através de reforço diferencial com aproximações sucessivas. É onde a resposta gera uma resposta e esta resposta afeta a sua probabilidade de ocorrer novamente, se a resposta for reforçadora, aumenta a probabilidade, se for punitiva, além de diminuir a probabilidade de sua ocorrência futura, gera outros efeitos colaterais. As respostas que geram mais reforço (um reforço pode ser uma recompensa tangível, pode ser um elogio ou uma atenção, ou pode ser uma atividade, como poder usar o carro em seguida que a louça estiver lavada, ou ter um tempo livre depois de uma hora de estudo), tendem a aumentar de frequência e se estabelecer no repertório, ou seja, em um contexto semelhante tendem a acontecer novamente. O tipo de consequência que aumenta a probabilidade de ocorrência da mesma função de resposta em contextos semelhantes, é denominada reforço. O reforço pode ser positivo, quando há a adição de um estímulo no ambiente que resulte no aumento da frequência da resposta que o gerou; ou negativo, quando a resposta emitida remove algum estímulo aversivo, que a pessoa tende a evitar, do ambiente. Então se a mulher tem uma atitude que o parceiro não gosta, e ele a repreende com uma punição negativa e logo após a presenteia com uma flor (reforço positivo), por exemplo, ela vai ter todos os estímulos para não mais repetir o que seu companheiro não gosta, mesmo que seja uma atitude sem relevância e corriqueira. Pois este comportamento operante nada mais é que uma análise de um método onde consequências tendem a modelar a aprendizagem. O tempo necessário para que a resposta deixe de ser emitida dependerá da história e do valor do reforço envolvido, podendo levar dias, ou anos de recuperação física e psicológica.
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